Capítulo 9

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- Sim, meu amor, eu também quero ser sua namorada!

E foi assim que se iniciou o namoro delas: Eve emocionada mal conseguindo responder aquela pergunta e se jogando nos braços de Villanelle.

A loira tomou o rosto dela em suas mãos e a puxou para um beijo apaixonado, selando as promessas proferidas.

As mulheres ansiavam por mais contato e permanecer ali se tornou impossível para a intensidade dos beijos e dos seus toques.

De mãos dadas, elas saíram da cafeteria, o lugar que marcou o início de sua história, e foram para a casa de Villanelle, comemorar aquela nova etapa da vida delas.

E depois disso, elas facilmente entraram numa nova rotina.

Seus momentos livres eram preenchidos com encontros casuais ou algum evento de última hora para participar.

Os grupos de amigos foram se misturando e convivendo juntos cada vez mais.

Apesar de serem o típico casal que não se desgrudava, elas mantinham alguns momentos separadas para si, seja para desfrutar de algum espaço pessoal, seja para encontrar separadamente com seus amigos.

Mas bastava uma noite sozinha em seu apartamento sem ver Eve que Villanelle corria para os braços da mulher no dia seguinte.

E Eve também não fazia diferente. Um dia sem ver a loira já a deixava morrendo de saudades.

No dia que elas completaram exatas três semanas de namoro, contagem de Villanelle, foi a noite que Eve conheceu Konstantin pela primeira vez.

Dizer que estava nervosa era um eufemismo.

A loira até conseguiu a deixar mais tranquila nos dias que antecederam o encontro, mas assim que acordou naquele sábado, o nervosismo voltou com tudo.

Eve resistiu muito a vontade de pesquisar sobre o homem na internet. Mas ela achou que seria trapacear e no fundo temia encontrar algo que a assustasse.

Então com toda a coragem que lhe restava, ela sai do elevador, toma uma respiração profunda, bota seu melhor sorriso e toca a campainha do apartamento de Villanelle.

Eve ansiava pelo olhar tranquilizador e a postura confiante da namorada para a acalmar nessa noite, mas não é a loira que a recepciona.

Uma ruivinha adolescente abre a porta com uma certa pressa e a encara com olhos grandes muito curiosos.

Por um segundo Eve fica sem reação, pega desprevenida com aquele encontro repentino, mas rapidamente ela se recupera e abre um sorriso, pronta para cumprimentar sua cunhadinha.

Porém a menina é mais rápida e fala, sem pudor nenhum:

- Você realmente existe!

Eve acha engraçado a expressão genuinamente surpresa da menina, mas precisa fazer um esforço homérico para não cair na gargalhada quando ela escuta um grito indignado de Villanelle ainda perdida dentro do apartamento.

- Você é muito bonita! – a menina continua falando – bonita demais para a minha irmã.

- Obrigada, Irina! Você é muito bonita também – Eve acha fofo o jeito que ela reage ao seu elogio – Deixa eu me apresentar, me chamo Eve e sou a namorada real e bonita demais da sua irmã!

Irina abre um sorriso enorme, já gostando da mulher e vendo ali uma grande parceira nas suas implicâncias com Villanelle.

- Dá licença, sua peste.

Villanelle finalmente chega à porta, empurra a irmã para o lado e toma Eve em seus braços.

- Hey, você chegou! – Villanelle carinhosamente abraça Eve e lhe dá um selinho, ignorando o "dã!!" proferido de forma sarcástica por sua irmã.

It's such a cliche...Onde histórias criam vida. Descubra agora