Numa área externa da casa dos Todoroki eu olhava o céu azul com as sobrancelhas contraídas de confusão. Eu não esperava que meu pai me liberasse para brincar. Me liberasse para realmente ser uma 'criança'. Sério, ele esta bem? Estou com medo. Apertando a bochecha do garoto a minha frente inclino a cabeça o encarando curiosamente.
"Posso lhe colocar em um pote?" Pergunto simplesmente, meus olhos brilhando pelo simples fato; quero apertar esta criança, ele é muito fofo.
"Por que, Ayumi-san?" Sua cabeça inclina pro lado e eu quase tive um infarto por tamanha fofura.
"Eu acho você muito fofo. Ouvi que quando você pensa isso de uma pessoa, você deve dizer 'quero coloca-lo em um pote'. Por isso perguntei." Sorriu inocentemente e, ouvir sua risada baixa me fez perder a pressão completamente.
"Não posso deixar Ayumi-san, mamãe ficaria triste." Tem como ter uma criança mais pura que está?
"Ok, não colocarei você em um pote." Faço beicinho desviando o olhar. "Mas irei te sequestrar temporariamente. Um Todoroki só para mim."
"De onde você tira essas palavras difíceis?" Penso em sua pergunta, uma forma de escapar.
"Gosto muito de ler e, papai costuma me deixar assistir algumas de suas reuniões. Acabei aprendendo elas." Coço a bochecha; não é mentira mas não é verdade também. É verdade que amo ler, mas meu pai nunca me deixa entrar em suas reuniões. Mas Shoto nunca irá saber isso mesmo, então tudo bem.
"Entendo." Olhando ao nosso redor ele puxa minha mão. "Vamos brincar logo." Suspiro sorrindo suavemente.
"Sim, vamos brincar."
Foi então que brincamos de pega-pega onde eu era o pegador. Quando eu pegava o Shoto facilmente eu acabava rindo de seu beicinho logo desviando de sua investida tentando aproveitar minha guarda 'baixa' o que resultava em eu mostrar a língua sapecamente a ele. Essa tranquilidade se segue pelo resto da tarde até que meu pai aparece chamando para irmos.
Olhando Shoto sorriu. "Voltarei." Balbucio vendo ele assentir.
"Volte mesmo." Murmura e sorriu.
No carro o pai avisou que a partir daquele momento teríamos treino em conjunto. Uma forma dos Heróis de fortificarem os laços ou algo assim. Pegando meus fones os conecto rapidamente me desligando de suas palavras sem sentido, não me importando com seu longo discurso chato. Papai foi estranho, treino em conjunto, me deixar livre, me deixar brincar. Sinto que ele tem planos em relação a isso, pois ele não faz nada que não o beneficie e com um suspiro vejo a mansão lentamente se aproximando.
Quando a porta é aberta pelo motorista, eu rapidamente saio do carro entrando em casa. Retirando as sandálias coloco ela de canto no hall subindo as escadas ignorando a mente turbulenta do pai. Procurando a mãe pela casa suspiro ao notar que seu uniforme de heroína não estava pendurado ao lado da porta.
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Reencarnei em boku no hero
FanfictionAimi era uma garota com uma condição considerada 'burguesa' pelos outros, mas o padrão de sua familia era forte. Com seu apoio sendo seus animes, ela esquecia seus problemas e gastando com seus mangas, ela ficava em paz. Isso é, até que após sair do...