01. Eu reencarnei?

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Caminhando de volta para casa após a escola solto um suspiro aliviado

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Caminhando de volta para casa após a escola solto um suspiro aliviado. Meus ombros doem, minha cabeça dói. Minha mochila pesa como o inferno e somente de lembrar que hoje teve matemática me faz querer morrer. Sério, quem foi o maluco que criou essa matéria? Eu o odeio. Com meus plenos 15 anos eu moro 'sozinha'. Eu considero assim por meus pais não ficarem em casa, eles sendo uma policial e um médico renomado acabam tendo diversos turnos e não os vejo em casa.

Como compensação por sua falta de presença, eles me dão dinheiro extra. Pagando algumas empregadas regulares que eles contrataram para cuidar de mim, para as compras. É claro. E o que resta, o que sempre sobra é somente meu para me divertir. O que sempre é quase mais de 1.000 dólares, o que me deixa extremamente excitada para gastar.

Nestes momentos eu me sinto uma Yaoyorozu ajudando na economia do país. Risos. Eu sei, uso essa palavra somente de escape pro meu lado consumista. Entrando na minha loja favorita de roupas meus olhos brilhavam enquanto eu olhava os arredores, isso é até que meus olhos fixam numa bota simplesmente magnífica. Preta de camurça com uma corrente de ouro no calcanhar. Seu salto agulha e alto me fazem sorrir. Erguendo a mão chamando uma atendente imediatamente.

Mesmo sendo minha loja favorita, acaba que eu sem querer a comprei quando estava excitada demais. Então acabei me tornando gerente. Acontece. E agora quando venho me divertir, as atendentes apenas esperam meu chamado ao invés de vir assim que eu entro.

"O que deseja?" Olhando por cima dos ombros aponto pra bota.

"Esta bota n° 36." Peço calmamente ao qual a atendente assente se curvando.

"Só um momento." Assinto olhando a loja.

Algumas bolsas magníficas, algumas peças de roupas perfeitas. É, o gosto da loja continua impecável como sempre. Os passos da atendente me chamam a atenção e ela me chama em direção ao caixa, ao qual a sigo sem me importar muito.

"1.500 dólares, senhorita." Sorrindo entrego o cartão. "Crédito?" Sorriu negando lentamente.

"Débito." Sempre que eu venho, é pago no cartão preto do papai mas como hoje foi meu dia de 'pagamento' posso não me preocupar com isso.

Pagando pela minha bota pego a sacola escutando seu 'volte sempre' e me retirando da loja com um suspiro. Olhando o shopping vazio inclino a cabeça curiosamente mas dou de ombros saindo do local em seguida.

Na rua pego meu celular ligando rapidamente pro motorista para que ele me buscasse. Meus olhos vidrados no céu azul limpo do dia e então o som de buzina. Quando abaixei meu olhar não consegui registrar o que estava acontecendo até que eu sentisse meu corpo ser arremessado e a dor excruciante que se seguiu. Eu fui atropelada? Mas como, eu estava na calçada.

Um suspiro de dor escapa pelos meus lábios enquanto eu percebia minha visão escurecer. Com minhas últimas forças consigo ouvir que; o motorista estava bêbado por isso perdeu completamente o controle do carro. Babaca. Minha consciência é então engolfada completamente pela escuridão total e eu me sinto impotente.

Reencarnei em boku no heroOnde histórias criam vida. Descubra agora