Aimi era uma garota com uma condição considerada 'burguesa' pelos outros, mas o padrão de sua familia era forte. Com seu apoio sendo seus animes, ela esquecia seus problemas e gastando com seus mangas, ela ficava em paz. Isso é, até que após sair do...
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Um ano após o início do treinamento intensivo eu me encontrava me arrumando para mais um dia. Meu interior se revirava como se algo ruim fosse acontecer e eu não gosto desse sentimento, entretanto ignorei tal sentimento focada totalmente em me arrumar. Vestindo uma camisa cinza de manga longa e um shorts soltinho preto pego meu tênis, descendo rapidamente as escadas. Uma meia alcançando minhas panturrilhas de modelo largo que eu acho adorável em meu pequeno e fofo corpo.
Estalando o dedo papai rapidamente apareceu na minha frente sentindo meu aviso mental. Foi então que finalmente partimos em direção a casa dos Todoroki, entretanto ao chegarmos quem havia nos atendido era Fuyumi o que eu inicialmente estranhei. Quem sempre nos recebe é Rei, com um lindo sorriso e olhos carinhosos.
"Vocês chegaram cedo. Por favor, entrem." Sua voz carregava medo, como se estivesse assustada com algo.
"Fuyu-san o que houve? Você parece abalada." Inclino a cabeça para frente curiosamente, por algum motivo consigo ler os sentimentos das pessoas dependendo de minha proximidade a eles.
"Não aconteceu nada, querida. Eu estou bem." Diz suavemente me fazendo cafuné o que respondo com um arrulhar suave. Ela descobriu meu ponto fraco droga. "Que adorável~"
"Vocês vieram." A voz retumbante de Endeavor me faz olha-lo inexpressiva. "Você será útil no final."
"O que você fez?" Pergunto friamente vendo sua raiva direcionada a mim.
"O Shoto esta impedindo que qualquer um entre em seu quarto." Rosna me encarado. "Vá lá e o convença a sair e treinar. Com os dois lados de preferência."
Eu me irrito, um sorriso malicioso nascendo em meus lábios enquanto flexionava os dedos de ambas as mãos. "Fuyu-san, o que aconteceu aqui? Pode me contar detalhadamente?"
Com um suspirar e encolher de ombros ela comenta que Shoto havia escutado uma ligação de sua mãe com a avó dele e, nela Rei comentava sua repulsa ao lado esquerdo. Mas ao escutar a criança ela se assusta acabando por jogar uma chaleira com água quente sobre seu olho turquesa causando ali uma queimadura feia.
"Desde então ele se trancou no quarto e ignora todos que tentam conversar com ele." Olhando Endeavor por cima dos ombros, meus olhos inexpressivos brilham compulsivamente.
Eu já comentei que por causa de minha individualidade, minha mente é suavemente quebrada? "Como eu queria ter poder para destrui-lo." Murmuro friamente, meu rosto completamente em branco. "Infelizmente eu seria presa por atacar um herói profissional."
Quando uma mente quebrada me atinge eu olho em direção ao quarto do Shoto em meio ao corredor extenso. Ignorando os rosnados de Enji sigo para lá logo tocando suavemente a porta, minha voz suave e baixa.
"Bebê? É a Ayumi." Encostando minha testa na porta penso no que dizer. "Abre aqui, vamos conversar." É engraçado meu 8 ou 80 de agora há pouco, mas sei que Shoto é meu ponto fraco e sempre seria.
Alguns segundos de relutância depois vejo o rosto de Shoto com lágrimas sobre seu lindo olhar cinza enquanto seu turquesa se encontrava enrolado pela recente queimadura. Sinto meus próprios olhos se encherem de lágrimas enquanto rapidamente o abraçava. Meu peito extremamente apertado com seu olhar triste, quebrado.
"Yumi..." Sua voz quebrada não consegue completar e acaricio seus fios bicolores suavemente.
"Shiiu, estou aqui. Não precisa dizer nada." Minha voz aveludada cantarola suavemente. "Sua Yumi está bem aqui, ao seu lado bebê."
Logo sua voz se torna forte o suficiente para gaguejar o que aconteceu no dia anterior. Seu medo de ter quebrado sua mãe dói em mim. Aperto nosso abraço ainda acariciando seus fios tranquilamente, até que suas lágrimas se acalmam somente deixando seus soluços.
"Quer que eu lide com seu pai?" Separando do abraço inclino a cabeça, sem expressão no rosto. "Por você eu faria com prazer." Sorriu acariciando sua bochecha.
"Não precisa." Nega lentamente me abraçando novamente, sua bochecha apoiada no meu ombro. "Só você estar aqui é o suficiente. E você machuca-lo não resolveria nada, eu só iria perde-la também." Suspiro ficando cabisbaixa.
"Sempre estarei aqui tudo bem? Sempre, sempre, SEMPRE vou te proteger. Pode vim All Might que não deixarei ninguém mais toca-lo. Você é meu neném favorito afinal." Ele ri baixinho assentindo.
"Você gosta das minhas duas individualidades?" Penso sobre isso.
"Só porque você herdou a individualidade dele, não significa que você seja ele." Digo entrelaçando nossos dedos. "Claro que amo seus dois lados. Pois eles mostram quem você, Shoto é. Quem liga se você herdou do Endeavor? Se você quiser usá-lo use, se não, não use é simples assim. Agora que tal treinarmos? Não queremos nos tornar heróis preguiçosos, queremos?"
"Hai." Ainda segurando sua mão puxo seu corpinho em direção a sala de treinamento onde os adultos já se encontravam nos esperando.
"Deixando bem claro." Apontando o maior com meu indicador livre falo firmemente. "Não ouse mexer com meu neném, não irei me responsabilizar se vê-lo machucado porque você decidiu abusa-lo, estamos entendidos?" Enji me ignora completamente e olhando Shoto sorriu. "Agora! Vamos treinar?"
O dia seguiu completamente caótico. Estudos e treinamento durante as próximas horas e como punição por ter protegido Shoto e confrontado Endeavor fui queimada sem poder me defender. Ter que forçar as defesas a recuar levou toda minha energia e agora eu cambaleava pelos corredores em direção ao carro. Não jantaríamos aqui hoje como outra parte da punição e eu quero chorar. Queria ajudar Fuyu. Brincar com Natsuo. Apertar Shoto. É maldade demais comigo otousan.
Outra coisa que percebi foi o sumiço de okasan. Faz meses que ninguém na mansão a vê e eu estou com medo. Queria seus carinhos durante seus momentos de folga onde ela cantava suavemente me fazendo dormir. Ou nossas conversas durante a tarde quando não tinha treinamento. Sentia falta de seus abraços quentes e calorosos onde ela me diria algo sobre seu antigo sonho, antes que querer se tornar heroína. Se tornar arquiteta. É tão simples mas me deixou feliz saber que ela confiava em mim para compartilha-lo comigo.
Acho que é um dos motivos do porque minha quirk se tornou mais quebrada do que já era. Ela leva ao emocional então, quanto mais quebrada você for mais mortal ela é. Eu não queria que fosse assim, mas percebi que com minha proteção e fraqueza para com Shoto era inevitável que eu lentamente descesse ainda mais.
Sempre foi inevitável, era meu destino desde o início. Meu destino me tornar mortal e, acima de tudo perfeita. E somente lembrar a expressão chorosa de Shoto me faz encolher na cama apertando meu peito com angustia.
"Era para ser uma vida comum, onde no futuro eu salvaria o mundo da destruição." Um resmungo inaudível escapa dos meus lábios. "Mas um eu de 20 anos esta se lembrando do quebrado Shoto do futuro." Fechando os olhos sinto grossas lágrimas escaparem dos meus olhos dourados. "Isso não é engraçado. Não é, Naomi. Definitivamente não." você me prometeu um crescimento comum, mas isso não é comum.
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