07 | Senhorita Íris

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Mas nada vai me impedir de sorrir e me alegrar
Eu posso confiar
Pois em todo tempo, meu Deus comigo está
Eu tenho paz, em Cristo eu tenho paz
— Tenho Paz, Pedro Valença

Mas nada vai me impedir de sorrir e me alegrarEu posso confiarPois em todo tempo, meu Deus comigo estáEu tenho paz, em Cristo eu tenho paz— Tenho Paz, Pedro Valença

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Martin havia conseguido capturar minha atenção com maestria. Minha ansiedade para vê-lo novamente só aumentava.

Na segunda-feira, várias horas antes de pegar o ônibus para ir para a universidade, Gabriela veio até minha casa para conversarmos. Eram raros os momentos que conseguíamos ficar juntas agora, já que ambas tínhamos nossas obrigações diárias. E, como não tínhamos o costume de trocar mensagens e no culto de domingo não havia dado tempo, seria somente naquele momento que eu lhe contaria sobre Martin.

— Tenho uma novidade! — anunciei, sentando-me de pernas cruzadas na minha cama. Gabriela analisava os livros que eu estava lendo, em cima da minha escrivaninha.

— Hum, sinto cheiro de perigo. — Ela se virou para mim de imediato. Suas box braids pretas estavam presas num coque, e ela usava um vestido amarelo simples.

— Não está errada — respondi, rindo. — Conheci um rapaz.

— É mais sério do que pensei. — Ela se sentou ao meu lado, por cima de uma perna. — Quem é?

— Martin. Já mencionei ele para você. É um colega de sala.

— O cara que se veste bem ou o que tem uma voz engraçada?

— O da voz engraçada é o Matheus. Martin é o que se veste bem.

— Tá. E como aconteceu isso? Conta tudo, cada detalhe.

Não deixei nada de fora, inclusive minha dúvidas, minha lista sobre o futuro marido e minhas orações. Gabriela era a minha confidente, minha irmã de outra mãe.

— Caramba, ele combina com tudo isso? — ela perguntou, tão surpresa como eu. — Meu Deus, Thamyres, e se for seu futuro marido?!

— Eu não sei! — Ri, nervosa. — Se for eu não sei o que faço.

— Ora, se for você casa com ele — disse, como se fosse óbvio. — Sabe se ele tem o mesmo propósito?

— Não, não faço ideia. — Suspirei levemente. Aquele era um ponto muito importante, que poderia colocar tudo a perder, a depender de Martin. — Mas vou tentar descobrir de forma discreta. Tipo perguntando se ele já namorou e essas coisas.

— Tá, só toma cuidado. Vai que o cara acha que você está dando um sinal verde antes do tempo — avisou, o que me fez rir, mais uma vez. — Mulher, você percebeu que ele pode ser mesmo o seu futuro marido? Meu Deus, eu não tenho roupa para o seu casamento!

Gabriela me fazia rir sem nem se esforçar. Passamos o resto da tarde conversando, ela ouvindo minhas novidades, eu ouvindo as dela.

Quando chegou a hora de me arrumar para ir para a universidade, minha melhor amiga foi embora. No horário de sempre, eu estava no ônibus rumo à cidade vizinha, pronta para mais um dia de aula — e para ver um certo rapaz.

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