TW: MENÇÕES DE SANGUE/AUTOMUTILAÇÃO
O som do vento batendo nas folhas das árvores era calmo, o sol nem havia nascido ainda, estava frio e a casa escura.
Quem passasse na frente da porta do apê pensaria que estava abandonado ou quem estava ali tinha saído. O garoto estava sentado em um sofá, enrolado em uma coberta e com uma garrafa de vodka em sua mão bebendo sem parar.
Ele pensava, chorava, esperneava, gritava, jogava coisas para a parede fazendo as mesmas quebrarem em milhares de pedaços.- Por que?... - Se perguntava o garoto, o por que de tudo aquilo? Ele estava livre de ter que conviver com alguém que ele o odiava não é? Certo? Errado.
Ele não se sentia livre, mas se sentia magoado, triste e um grande sentimento de culpa o assombrava desde toda a explosão.
"Se eu não tivesse o conhecido, isso teria acontecido?" Fungava o de azul. "Talvez se, eu não tivesse existido?" "Mas ele mereceu aquilo!" "Mereceu?..." "Isso, foi o certo?" "Claro que foi! Ele tentou nos matar!" "Talvez ele não tivesse escolha?" "Claro que teria! Qual seria o motivo para não ter?!" "Ele é um idiota perverso! Eu odeio tanto ele!" Gritava, ele não sabia ao certo se aquilo que ele escutava eram vozes da cabeça dele, ele estava paranóico? Ele estava doente?
Tom se levanta do sofá ainda enrolado na coberta, solta sua garrafa na mesa no centro da sala e vai para o seu quarto. Já lá, ele abre seu armário e pega uma caixa, ele se senta em sua cama e a abre.
Fotos, ah... Adoráveis, engraçadas e cheias de lembranças, das mais feliz até as mais tristes.
Ao olhar para uma foto, onde havia os quatro.Edd
Matt
Tord
Tom
Ao olhar para o mais velho de vermelho, uma mistura de emoções se transformam em lágrimas. Lágrimas que se transformam em pequenas cachoeiras, elas caem sem parar. A expressão de Tom muda de tristeza e várias outras emoções misturadas para a raiva total. "POR QUE ELE FEZ ISSO?!" Jogou a foto para o lado e abaixou a cabeça entre os braços. "Ele não era feliz aqui?..." "Não éramos amigos?..." "Não. Nunca fomos e isso nunca iria mudar." "Mas no ensino médio... Nós não éramos...?" "NÃO! NUNCA HOUVE NADA ENTRE NÓS! ELE MENTIU PARA NÓS! ELE MENTIU Pra mim..." Chorava Tom. Se recompondo um pouco, Tom fungou e pegou a caixa novamente, outra foto.
Nessa foi quando Lilly chegou. Ah... Lilly..
Tom nunca quis admitir, mas enxergava ela como sua filha.
Como que tudo isso foi acontecer? Como tudo desmoronou em poucos anos? Estava tudo tão perfeito...
O garoto deixou suas lágrimas caírem, se levantou e guardou a caixa então logo foi até o banheiro.
Ele se olhou para o espelho com desgosto em seus olhos. Por que ele tinha que ser tão feio? Pensava o garoto. "Por que eu sempre estrago tudo..." "É sempre culpa minha..." Ele pega uma pequena narvalha e posiciona a mesma em seu braço, já com marcas recentes. Era mesmo necessário fazer isso? "Sim, como eu estrago a vida das pessoas, eu deveria me estragar..."O sangue, tão vermelho e vibrante.
Tão, fascinante...
O braço coberto por esse líquido, talvez um corte a mais seja pouco.
Faça mais dez.
Mais treze.
Talvez mais dezesseis.
Isto, exato!
Trinta e oito!
"Apenas trinta e oito?..."
É o necessário por hoje.
"Não é, não acho bom."
Está perfeito, Thomas.
"Tanto faz." Bufou.Thomas soltava o pequeno metal no balcão do banheiro e saia do local indo até sua cama. Logo se jogando na mesma e desmaiando.
Olá.
...Thomas dorme agora.
Não vou me apresentar, você também não irá.
Não sou narrador. Mas você é o leitor.
Adeus.$#£€¢^¥🦴
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~Crystal tears~ TordTom
Ficción GeneralTom, apenas um garoto de 16 anos, já sofreu tanto que acha que nada pode piorar, bom...Ele acha, talvez uma luz no fim do túnel da tristeza e solidão o ajude? Ele acha que nunca iria ser possível.