Everything.

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Eu olho para o teto, sentindo as carícias dela na ponta de minha barriga. Olho para baixo, os olhos dela brilham. Catra parece concentrada em alisar minha barriga. Sorrio, conheço aquele olhar. Ela tem me dado ele por muitas vezes durante esses meses. Ele carrega diversas emoções. Mas acima de tudo, admiração e ansiedade.

- Você quer que seja o que? - Pergunto, com os dedos da mão direita eu jogo os cabelos dela para trás, tirando as mechas que caiam em seu rosto. - Menino ou menina?

Catra para de acariciar minha barriga e nossos olhares se cruzam. Ela fica um tempo apenas me olhando, depois um sorriso vai surgindo em seus lábios ao pouco. Ela olha para a circunferência cada vez maior em minha barriga.

- Eu quero muito uma menina. Você sabe disso. - E era verdade. Quando eu descobri estar grávida, Catra ficou um dia inteiro falando que queria uma menina. Na verdade ela fala isso desde muito tempo. - Mas tenho certeza que é um menino.

- O que te faz ter tanta certeza assim?

Pergunto, sorrindo brincalhona. Catra estica o pescoço e sela seus lábios em minha barriga.

- Intuição. - Diz sem desgrudar os lábios de minha pele. - Eu sinto que vai ser um garotão lindo.

- Intuição? Interessante. Agora, será que é pedir demais um pouco de atenção para a minha esposa? Sabe, ela gosta mais da minha barriga do que de mim.

- Uh... - Catra fica em seus joelhos, depois, aos poucos, paira sobre mim. Tomando o máximo de cuidado para não colocar peso em minha barriga. - Que esposa ruim eu sou.

- Não... Na verdade, você é a melhor. - Coloco as mãos em sua nuca. - É só que... Eu estou carente de você.

- Você está? - Pergunta depositando beijos em meu queixo. Eu suspiro e aceno com a cabeça. Catra vai subindo a boca até chegar em minha orelha. - Eu te amo, Lua. Muito. Muito mesmo.

O sorriso em meu rosto some, sinto algo se remexer dentro de mim. Catra se afasta um pouco de mim e me olha preocupada. Eu realmente senti o bebê se mexer?

- Catra.

- O que foi? Está sentindo alguma coisa?

- Amor, acho que o bebê se mexeu. - Ela arregala os olhos e depois olha para baixo. - Fala de novo. Acho que ele gosta da sua voz.

Catra volta a se deitar entre minhas pernas, apoiando seu peso em seus cotovelos.

- Oi, pequena estrelinha. Você pode me ouvir?

- Oh meu Deus, Catra! Sente. - Pego sua mão e coloco em minha barriga, no canto direito onde o bebê está chutando um pouco. Confesso, é dolorido, mas é tão mágico. É a primeira vez que nosso filho se mexe. - Eu acho que ele gosta de você.

- Oi, filho. Aqui é a mamãe Catra. Você gosta da minha voz? - Catra está emocionada, é perceptível em sua voz que ela está quase chorando. - Sua mamãe Adora e eu não vemos a hora de poder olhar no seu rostinho, sabia?

Catra olha para cima, seus olhos cheios de lágrimas. O brilho de felicidade, o enorme sorriso em seus lábios. Sorrio, sinto o coração acelerar dentro de meu peito. Não me arrependo de ter desistido da minha carreira para gerar o nosso filho, porquê, ver o amor da minha vida feliz dessa forma, fez tudo valer a pena. E a minha meta é fazê-la feliz.

Farei tudo que estiver ao meu alcance para vê-la sorrir dessa forma.

Abro os olhos, pisco algumas vezes por causa da claridade ali. Meu corpo parece pesado, estou um pouco ofegante. Zeus! O que acabou de acontecer mesmo?

Stupid Wife  |  CatradoraOnde histórias criam vida. Descubra agora