Movimentos, rápidos, certeiros e sincronizados, como se ela fosse uma chefe profissional. Catra está se saindo melhor do que eu esperava. O bom é que ela aprende com facilidade e sabe fazer do jeito que a ensinei.
- Pode cortar um pouco mais grosso, amor.
Catra apenas assente e volta a cortar os morangos. Volto a apoiar meu queixo em seu ombro e agarro seu pescoço. Estou em suas costas, pendurada como um bebê coala, mas minha esposa não reclamou agora, então, provavelmente, não estou a atrapalhando. É sábado e decidimos fazer uma torta de morango. Catra insistiu em ficar encarregada de prepará-la, mas ela queria fazer do jeito que eu faço.
- Toma. - Abro a boca para aceitar o pedaço de morango que Catra me oferece. Mordo a ponta de seu dedo antes que ela o retire da minha boca e sorrio, mastigando o morango e quase suspiro ao sentir o gosto maravilhoso. - Canibal.
Termino de mastigar o morango e viro a cabeça para morder o pescoço de Catra. Ela gargalha e balança um pouco o corpo, como se quisesse me derrubar, mas me agarro nela com mais força.
- Sou canibal mesmo, mas isso é tudo culpa da esposa gostosa que eu tenho. - Catra vira a cabeça para me olhar pelo canto do olho e esboça um sorriso como se dissesse "você não vale nada". - Amo você... - Sussurro e aproximo minha boca de sua orelha enquanto desço minhas mãos até os seios dela. - Gostosa.
- Safada. - Ela sussurra em meio a um suspiro quando eu aumento a pressão das minhas mãos em seus peitos. Capturo o lóbulo de sua orelha entre meus dentes e o sugo, lentamente. - Adora...
- Viu? Você é irresistível.
- Desse jeito essa torta não vai ficar pronta nem tão cedo.
- Tudo bem. - Volto a apoiar meu queixo em seu ombro. - Vou me comportar agora.
[...]
Depois que Catra, Finn e eu praticamente devoramos a torta de morango, que eu tenho que confessar, estava tudo maravilhoso, inclusive os beijos que nós duas demos enquanto nosso filho tomava banho, fomos os três para o quarto do nosso pequeno filho, brincar de astronautas. Por insistência do Finnie? Não, quem decidiu que iríamos brincar disso foi minha esposa. Sim, ela mesma, a mulher super madura de trinta e um anos de idade.
Mas eu gosto disso nela. Se Catra fosse uma daquelas pessoas sérias demais, nós duas provavelmente não daríamos tão certo. Porque convenhamos, eu não sou a pessoa mais madura da face da terra, principalmente quando me junto com meu filho. Somos o trio perfeito.
Porém logo nós seremos um quarteto.
A vida poderia ser mais bela do que isso?
- Mamãe a senhora está roubando!
- Eu não estou. Você que não sabe defender sua nave espacial!
Catra e Finn estão debatendo um contra o outro, porquê, segundo meu filho, ela está o roubando, e segundo minha esposa, é nosso filho quem não sabe se defender. Eu fiquei tão sem reação ao ver os dois brigando como se fossem irmãos, que nem ao menos consegui rir. Mas a situação está realmente engraçada. Porque é muito incomum ver uma mãe e um filho discutindo dessa maneira por causa de uma brincadeira.
- Não quero mais brincar.
- Nem eu.
Catra rebate e cruza os braços da mesma forma que Finn. Os dois estão com a cara emburrada e um enorme bico em seus lábios. Boquiaberta, eu nego com a cabeça, sem acreditar que isso tudo está realmente acontecendo. Por Deus! Eles parecem duas crianças. E tem mais, minha querida esposa consegue ser pior do que nosso filho no quesito "pirraça".
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Stupid Wife | Catradora
FanfictionVocê já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida? Adora também nunca havia imaginado isso. Muito pelo contrário. Era para ter sido apenas mais uma manhã normal. Adora acordaria, tomaria seu café com sua família, depois iria para...