•Isso é um pesadelo•

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Kim


Estou parado na varanda do meu apartamento, com um cigarro entre os dedos e os pensamentos longe, mais precisamente na casa da primeira família onde o meu anjo está morando agora. Fazia um bom tempo que eu não fumava, mas desde que eu deixei o Chay, a minha ansiedade voltou no nível máximo, me fazendo voltar com os velhos e maus costumes.

Lembro mais uma vez do nosso beijo, era puro sentimento, só de lembrar da sensação de tê-lo em meus braços faz com que o meu corpo se arrepie. De repente sou arremessado dos meus pensamentos por alguém tentando botar minha porta abaixo.

- Mas o que... - nem terminei a frase e vejo Khum entrar na minha sala como se fosse um furacão.

- Por que demorou tanto pra abrir essa porcaria seu desnaturado?? - reviro os olhos pelo drama do meu irmão mais velho.

- Pode se retirar Alec. - dispenso o meu guarda que estava na sala e abriu a porta pra gralha dos infernos. - Agora eu posso saber do motivo dessa invasão?

- O motivo é simples. Você é um burro e vai perder o meu baby Chay pra aquele aprendiz de guinomo do Macau. - ao ouvir essa afirmação dou um pulo do sofá e paro em sua frente.

- Do que você tá falando Khum?

- O Macau pediu uma chance pro meu filhote e o pior aconteceu, ele disse que ia pensar, e o pior eu tenho certeza que ele de fato está considerando esse absurdo, porque eu ouvi ele pedindo conselho sobre isso pro ameba do Porsche. Você tem que fazer alguma coisa Kimhan, eu já perdi o Pete pra aquele enviado das trevas, se eu perder o Chay pro aprendiz dele eu juro que te deserdo. - eu não posso acreditar no que esse lunático tá falando. O Chay não faria isso, faria? Ele não pode considerar ficar com aquele merdinha.

- Aquele desgraçado não vai colocar as patas em cima do meu Porschay. - deixo a criatura colorida para trás e saio em disparado pra casa da segunda família. É hoje que eu mato aquele idiota.

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Macau

Tô ajudando o P'Pete a preparar o almoço, agora que ele e o Vegas descobriram que eu posso entrar em uma cozinha sem botar fogo nela, eles se juntaram pra me explorar, isso é um abuso de poder.

- É isso aí Cau, o molho que você fez tá uma delícia, porque a gente não descobriu essa sua habilidade pra cozinhar antes? Seu irmão bem que podia ter puxado esse dom pra cozinha também.

- Dá pra parar de reclamar de mim? Meu miojo é uma iguaria.

- Querido, o seu miojo é trinta porcento macarrão e setenta porcento água, assim não tem quem aguente.

- Verdade Hia, você na cozinha é uma tragédia. - eu e P'Pete riamos enquanto Hia xingava a gente de algumas palavras que não conseguimos decifrar porque ele estava sussurrando, ele sabe quem é que manda e sabe que se P' escutar algum xingamento ele tá frito.

- MACAU, SEU DESGRAÇADO!! - olho pra trás e vejo aquele cosplay de slenderman entrar na nossa cozinha soltando fogo pelo nariz.

- Perdão Kum Vegas, a gente tentou impedir dele entrar mas não conseguimos. - Nop tenta se desculpar e deter a fera que parece descontrolada.

- Tá tudo bem Nop, o que diabos você tá fazendo aqui e pior, por que porra você se acha no direito de xingar o meu irmão?

- Deixa Hia, eu já sei porque ele tá aqui.

- Já sabe né seu merdinha...

- Faço uma idéia, e eu acho melhor você ter boas maneiras porque você está na minha casa.

- Gente, vamos tentar manter a calma e conversar como pessoas civilizadas. - P'Pete tenta apaziguar a situação.

- Olha aqui seu merdinha, como você ousa entrar na minha casa e xingar o meu irmão? Perdeu a noção ou as paradas que vendem no seu show já corroeram o seu cérebro? - P'Vegas tenta me defender, mas esse assunto só pertence a mim e a barbie rockeira.

- Hia, eu vou cuidar desse assunto, Nop pode soltar o cabeludo. - assim que Nop ó larga, ele vem em disparado pra cima de mim, mas eu desvio do seu golpe dando um soco na sua boca.

- Vai Macau!

- Vegas! - P'Pete ó repreende.

- Olha, eu acho que é melhor a gente ir conversar lá em cima no meu quarto, ou você realmente vai querer expor o motivo da nossa briga? - ele me manda um olhar feroz que foi igualmente retribuído, mas concorda e nós nos dirigimos para o meu quarto.

- O que você quer com o Porschay, Macau? E não vem com mentiras por que eu não tô com paciência.

- Olha aqui Kimhan, o único babaca aqui nesse recinto é você. Eu diferente de você, me aproximei do Chay por um único motivo. Ele! Eu não tô enganando ou usando ele como você fez.

- Você não sabe de nada, nem de mim, nem dos meus motivos e muito menos do que eu sinto pelo Chay.

- Não interessa o motivo por trás de tudo isso, o que importa é que você jogou uma chance incrível de ter ele do seu lado no lixo, e pode ter certeza priminho que burrice não é de família.

- Eu sei que eu errei, mas você nunca vai entender o que eu e o Porschay somos um pro outro.

- Ah não? Porque pelo o que eu sei, ele pra você é só um pedaço da sua investigação e você pra ele é o imbecil que quebrou o coração dele em mil pedaços e jogou fora.

- Como eu disse, você não sabe de nada.

- O que eu realmente tenho que saber é fazer a diferença na vida do Porschay, uma diferença boa, algo que você não foi capaz de fazer, tratar ele como ele merece ser tratado e amado, e pode ter a plena certeza que se ele quiser, eu vou estar aqui pronto pra fazê-lo feliz nos meus braços.

- Se pensa que eu vou permitir que você ponha essas suas patas no Chay você tá muitíssimo enganado.

- Você não tem que permitir absolutamente nada, você não tá entendendo Kimhan? Você já era! - ele dá um sorriso anasalado, o que me deixa confuso.

- Esse é o verdadeiro dom da segunda família, sempre com inveja da família principal, sempre correndo atrás do que pertence à nós. Primeiro o seu pai que sempre quis usurpar o poder da primeira família, depois o seu irmão que sempre quis tudo que pertencia à Kinn até os amantes, não satisfeito roubou o Pete, e agora é você que tá querendo roubar o Porschay, mas ele é meu. - não aguento a provocação dele e perco o controle, o socando no nariz, ele me dá uns dois socos mas eu consigo derrubar ele e antes que eu desse mais um soco nele a porta do meu quarto se abre.

- JÁ CHEGA!

- Porschay! - Kim se manifesta surpreso em ver o Chay no meu quarto, o que eu não posso negar que também me pegou de surpresa.

- Levantem os dois. - obedecemos na mesma hora sem hesitar.

- Chay..- tento me pronunciar mas sou cortado.

- Calado, os dois calem a porra da boca! Mas que caralho vocês pensam que estão fazendo? Kim.. - ele se aproxima dele e desfere um tapa em seu rosto. - Nunca mais ouse me comparar à um objeto que pertence a primeira família, eu sou uma pessoa e eu NÃO SOU SEU! E Macau, eu aceito te dar uma chance, mas no primeiro vacilo eu mando você pastar também. - Isso é só pode ser um sonho.

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Kim

Isso só pode ser um pesadelo!

É oficial! Eu perdi o homem da minha vida.

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