por acaso | foi um acaso te encontrar e um prazer te amar (pri e bibi)

só não esquece que eu também sei brincar

Capítulo 4

por acaso
# foi um acaso te encontrar e um prazer te amar. ♡︎

Priscila narrando on
Assim que eu cheguei na faculdade, eu peguei um capuccino na cafeteria e fui até o laboratório dar uma olhada em algumas coisas, e quando eu menos esperava ouço uma voz familiar chamando por mim.

- Priscila, posso entrar?

Olha pra trás e a Bianca estava na porta me olhando.

- Bianca, claro que pode.

Falei sorrindo e ela entrou vindo pra perto de mim. Ela me abraça e eu sinto seu perfume que me deixa com vontade de me grudar em seu pescoço, eu fecho os olhos no abraço e apenas sinto.

- como você sabia que eu tava aqui?

Perguntei assim que nos afastamos.

- uma amiga sua me disse.
- hm, entendi.
- você adivinhou, hoje a aula será aqui mesmo.
- sério? você é bem previsível.
- poisé, e como eu cheguei bem antes das aulas começarem, creio que podemos ficar aqui sozinha por um tempinho.

Ela fala fechando a porta e se virando pra mim.

- eu já te disse que você não vai conseguir tão fácil assim.
- eu sei bem disso, e em momento nenhum eu disse o que faríamos sozinhas aqui.
- acha que eu não sei?
- sim, eu acho, na real, eu tenho certeza.

Ela fala toda cínica me fazendo revirar os olhos.

- você tá linda.
- eu sei, mais obrigada.

Falei fuzilando ela com os olhos.

- não esquece que eu amo desafios.

Ela fala em meu ouvido me fazendo arrepiar cada fio de cabelo do meu corpo.

- e vamo ver até onde você vai aguentar.
- o suficiente pra poder te chamar de minha.

Ela fala apertando minha cintura, e naquele momento a porta se abre e a gente se afasta.

- opa desculpa, eu pensei que a sala estava vazia, eu não queria incomodar.

Uma formando qualquer falar assim que se depara comigo e com a Bianca na sala.

- tá tudo bem, você pode chamar o resto do pessoal? acho que já podemos começar a aula.
- claro.

Ela sai e eu e a Bianca nos olhamos e demos risada, ela se aproximou de mim novamente e disse:

- só não esquece que eu também sei brincar.

Ela fala em um tom rouco no meu ouvido e da um leve mordida na minha orelha, eu mordi meus lábios e respirei fundo, eu precisava me controlar.
Alguns minutinhos depois todos os alunos se encontravam no laboratório, na aula de hoje a Bianca ensinaria como fazer uma cirurgia 𝒆𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒑𝒓𝒆𝒕𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒎𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒂𝒓 𝒏𝒆𝒔𝒔𝒂 𝒂́𝒓𝒆𝒂, 𝒎𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒊𝒂 𝒆𝒏𝒔𝒊𝒏𝒂𝒓 𝒆𝒓𝒂 𝒂 𝑫𝒓𝒂 𝑩𝒊𝒂𝒏𝒄𝒂, 𝒆𝒖 𝒇𝒊𝒛 𝒒𝒖𝒆𝒔𝒕𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒓 𝒂𝒍𝒊.
Ela ajeitou cada um em sua bancada, e tinha corpos deitados em cada bancada, ela explicou o que era preciso ser feito e foi auxiliando os alunos, até que ela veio até mim e me abraçou por trás, ela pegou nos meus braços e me ensinou o que deveria ser feito com cada mão, eu olhei para seus olhos e em seguida para seus lábios e ela retribuiu o olhar, senti ela cheirando meu pescoço, e eu fechei meus olhos enquanto respirava fundo. Estava todo mundo tão concentrado em sua bancada que acabou que ninguém percebeu 𝒈𝒓𝒂𝒄̧𝒂𝒔 𝒂 𝒅𝒆𝒖𝒔.
Depois a Bianca ensinou como reagir á um paciente que deve um ataque cardíaco, ela ensina super bem, sem contar que seus olhos sempre estava direcionados para mim, 𝒆𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒆𝒊 𝒑𝒐𝒓𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒖, 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒆𝒊 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒂 𝒗𝒊𝒖 𝒆𝒎 𝒎𝒊𝒎, 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒆𝒊 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒂 𝒆́ 𝒃𝒂𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒇𝒊𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒇𝒐𝒄𝒂𝒅𝒂 𝒆𝒎 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒐𝒃𝒋𝒆𝒕𝒊𝒗𝒐𝒔, 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒂𝒄𝒂𝒃𝒂 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒍𝒂 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒆𝒏𝒕𝒆.
Um tempo as aulas se encerram, e cada um vai pro seu canto, eu fui a última a sair da sala, mas senti o olhar da Bianca vindo desde a minha nuca até a minha bunda, eu nem olhei pra ela, apenas continuei andando.
Encontrei minhas amigas e vi a Bianca entrando no banheiro.

- sua namorada que não é sua namorada ainda entrou no banheiro, vai lá pra vocês se pegarem.

Maria Luiza fala convicta e eu dei risada.

- calma que a gente nem se beijou ainda.
- então vai lá e faz isso acontecer.

Clara fala com um sorriso.

- eu não, tô me fazendo de difícil, a Bianca deve pegar todo mundo, e preciso que ela entenda que eu sou diferente, não quero ser apenas um troféu pra ela, entendem?
- claro, e você tá certa, só toma cuidado com isso de se fazer difícil, talvez ela esteja realmente interessada em você, mas sem paciência pra qualquer tipo de joguinho.

Carolyna fala e eu concordo com a cabeça, no fundo ela estava certa. Peguei meu celular e um tempinho depois sinto um calor na minha nuca, uma respiração suave em meu ouvido, olho para minhas amigas e todas estavam sorrindo, eu soltei um sorriso bobo e mordi meus lábios.

- oi minha princesa ruiva, oi meninas, licença.

Ela fala se sentando ao meu lado, as meninas cumprimentam ela e eu apenas á encaro com um sorriso.

- que sorriso lindo, pode continuar sorrindo assim pra sempre.

Ela fala em um tom brincalhão, fazendo todas da mesa darem risada.

- bobona.

Falei rindo, e ela riu de volta.

- eu vim aqui te fazer um convite.
- que convite é esse?
- ainda não é o do nosso casamento, infelizmente, mas é um convite pra você passar o resto do dia comigo.
- você não tem que fazer plantão hoje?
- hoje não, eu dei meus pulos e consegui um tempinho de folga.
- você é maluca.
- você que tá fazendo isso comigo, pensa bem nessa resposta.
- claro que eu quero, como vou recusar um convite desses.
- perfeito, eu só vou terminar de resolver algumas coisas que eu tenho pra fazer aqui e a gente já vai.

Ela fala se levantando.

- tá bom, sem pressa.

Trocamos olhares sorrindo, ela beija minha testa e sai.

- gente, não quero estragar felicidade de ninguém, mas não é errado professor ficar com aluno?

Carolyna pergunta com um tom de preocupação.

- nos já somos maiores de idade, carolyna, pode ser errado aqui dentro, mas não lá fora.
- tem razão, esquece o que eu falei, aproveita e seja muito feliz.