RECUPERAÇÃO - ℝicharlison

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- Sabe, pombo, não queria falar nada não, mas a minha irmã é.. -Paquetá inicia um assunto diferente-

- Cara, a gente tava conversando sobre a lesão, o que a sua irmã tem a ver? -Neymar pergunta e Paquetá suspira-

- Deixa eu terminar de falar, porra!

- Ok, paquita. -rio da cara dos dois-

- Vou falar não, fica aí me chamando de paquita, agora tu contrate um desconhecido aí -dá de ombros-

- Contratar um desconhecido? Do que tá falando, mano paquita? -Neymar-

- Deixa o cara falar -dou risada-

- A minha irmã descobriu que eu queria ser jogador e assim ela descobriu o que queria e tinha talento, ser fisioterapeuta. Ela é incrível, pombo. Desde cedo, ela sempre cuidou de mim. Ela não é muito de fisio esportiva, mas tá precisando de trabalho.

- Eita ele faz a propaganda dele. Vou pensar direitinho, viu paquita. Ela mora em Londres né? -pergunto-

- Não exatamente. Ela mora em Birmingham, é uma das cidades mais baratas aqui da Inglaterra. Ela não quer depender do meu dinheiro, sabe?

- Sei sim. Uma parte da minha família também é muito orgulhosa. Acho que eu posso ver o que vou fazer. Não ficaria bravo talvez se eu escolhesse outro profissional, né?

- Relaxa, eu entendo... só pensa bem, ela é muito boa -Paquetá sorri-

- Tudo bem -suspiro- eu vou pensar com carinho. Só quero voltar pra casa.

- Você deveria arrumar um lar melhor -Paquetá fala-

- Como assim? Acho que minha casa é boa, ela é mil vezes maior do que eu as que eu tive quando criança.

- Eu falo uma casa que te acompanhe omde você for, entende?

- Um trailer? -pergunto não entendendo onde ele quer chegar-

- Uma família -Neymar fala como se o que Paquetá estivesse falando fosse extremamente fácil e previsível- eu vou casar com a minha Bruna linda maravilhosa e tenho o Davi.

- A Biancardi é gata demais mesmo -admito e recebo seu olhar de ciúme- desculpa, só falei verdades.

- Voltando ao que eu estava dizendo. Todos da seleção estão criando raízes, famílias, o que acha de arranjar uma esposa e construir uma família?

- Ah... eu não sei... -suspiro- é muito pra cabeça. Não sei se quero ou aguento.

- Pode ser, mas no momento que você não tiver mais cabeça para futebol, eles estarão lá por você -Paquetá fala- eu preciso ir ver os meus filhos. Melhoras aí, pombo, pensa bem.

- Vou pensar... -olho para a mão na qual geralmente se coloca uma aliança e lá está ela, nua, sem um adereço sequer, nem nada significativo como uma aliança. Na verdade, minhas mãos estão vazias. Elas deviam carregar um troféu agora, mas não é isso o que está acontecendo. Eu não tenho mais nada-
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