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— Finalmente, meu último paciente do dia -suspiro e bato na porta de Richarlison-

— Oi -ele sorri-

— Meu bem, quem é? -uma loira aparece abraçando ele de lado-

— Oi, eu sou a fisioterapeuta dele.

— Ué, mas você já não fez fisioterapia hoje com o moço lá? -pergunta desconfiada-

— Eu tô fazendo duas vezes por dia pra ver se melhoro mais rápido -fala simples. É possível sentir o ciúme dela. Ela me olha como se eu fosse sentar nele-

— Mas eu estive aqui nos últimos 3 dias e ela não apareceu! -o contesta-

— Porque ela estava se recuperando de um... acidente não é a palavra certa... é que um grupo de homens.. -o interrompo-

— Hum... eu devo ir embora? -pergunto para eles dois-

— Sim.
— Não.

Os dois se olham meio indignados e ele me puxa para dentro da casa, me surpreendendo.

— Eu vou pro quarto -diz vermelha de raiva e sobe as escadas rápido-

— Ela... está se sentindo ameaçada? -pergunto enquanto tiro meu casaco-

— Eu acho que sim. Ela parece desconfiada... sei lá.

— Sinto muito. Tem certeza que não quer que eu vá embora?

— Claro que não. Você falou que hoje a nossa fisioterapia seria na água. Tô animado -sorri-

— Beleza então -dou de ombros e retiro minha camiseta, mostrando meu traje de banho. É um daqueles longos e pretos no estilo de surfista-

Seus olhos me analisam enquanto eu tiro minhas roupas.

— Prontinho. Não vai se trocar?

— Eu.. beleza -sobe pro quarto-

Enquanto isso, eu estava arrumando tudo. Meus materiais para usar na água, macarrões de piscina e pés de pato.

— Não enche meu saco, Natália, é só uma fisioterapia -desce de sunga e eu evito olhar em sua direção- voltei. Como vamos começar?

— Entrando na piscina -ele sorri- não acha que está meio gelada?

— Estamos no verão -dá de ombros-

— Se você diz -ele abre a porta e vai até a piscina, logo pulando-

— Porra, era entrar, não pular. Isso podia te causar problemas meio sérios na perna -pulo de uma vez- ai caralho... essa água tá bem gelada -começo a tremer- acho que vou precisar fazer os exercícios junto com você.

— Ah qual é, não está tão fria vai -ele parece normal- está morninha.

— Ai caralho -sinto o cloro arder nos meus machucados- não foi uma boa ideia.

— Quer sair? -pergunta de forma doce-

— Q-quero -ele sai primeiro e me puxa para cima. Quando me levanto, nossos corpos estão próximos e ele está olhando para mim- o-obrigada.

— Você tá gelada -olha ao redor e vê minha toalha, logo a pegando e me enrolando- vou fazer um leite com chocolate quente pra você.

— Mas e a fisioterapia?

— Fazemos mais tarde -ele se seca com sua toalha. Qual
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RECUPERAÇÃO - ℝicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora