RECUPERAÇÃO - ℝicharlison

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— Oi, maninha... -Lucas acaricia minha mão- eu vim assim que a polícia me ligou.

— O que aconteceu, Helô? -Duda pergunta-

— Eu... -suspiro ainda meio confusa-

— Tudo bem, podemos conversar depois, ok? Descansa. -Duda faz carinho em meus cabelos como se eu fosse sua irmã. Logo eu sinto o cansaço e a dor me abater. Pelo barulho de máquinas e os fios em meu braço, eu devo estar em observação em algum hospital-

— Tadinha, Lucas... -a voz de Duda era meio aflita- deve ter sido aterrorizante.

— Eu sei...

— E se trouxermos ela para morar com a gente? -ela propõe-

— Eu acho meio improvável... ela não quer nem um pouco, mas precisamos tentar. Quem sabe depois disso ela não queira vir. Se ela não quiser, vamos contratar seguranças para ela.

— Ok... tadinha... -Duda sempre foi muito gentil e empática comigo. Nós duas temos uma boa relação. Meu problema é restrito à minha família, menos o Lucas porque eu não demonstro, mas eu o amo muito-

— Temos que pegar umas roupas pra ela. Ficar com essa camisolinha é ruim demais. -Lucas afirma-

— Eu vou pra casa e busco as coisas, tudo bem?

— Obrigado, meu amor -ouço estalar de beijos e suspiros. Logo passos ficam mais baixos por causa da distância e uma porta bate-

— Oi mano, Paquita... -é a voz dele. Richarlison. O que ele veio fazer aqui?- eu vim no momento que descobri...

— Valeu por estar aqui, cara...

— O que aconteceu com ela? -sinto uma mão quentinha e meio áspera me tocar-

— Eu não sei. O policial só viu uns caras batendo nela e tirando as roupas dela... -Lucas tinha a voz amarga ao falar-

— Ela tá cheia de cortes e arranhões no rosto e no corpo. -sinto seus dedos traçarem linhas pelas ardências em meu rosto. Ele tem um cheiro de perfume amadeirado misturado com baunilha e bergamota. É uma delícia- sinto muito, se eu tivesse visto, eu... ah é, eu não dirijo.
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