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Acordo meio tonta e enjoada pela bebedeira de ontem.

Eu estou consciente, mas meus olhos não se abrem. A luz é forte demais.

Tento me sentar na cama, porém um braço está cercando minha cintura.

— Puta que pariu -me levanto assustada e logo sinto tontura, cambaleando e sentando no sofá- Richarlison? -o homem abre um olho-

— Helô? -se senta- o que...

— Ah Deus, eu me envolvi com um paciente? -arregalo meus olhos-

— Nós fodemos?

— Que delicado -falo ironica e percebo que estava nua ao reparar seu olhar- oh caralho -coloco duas almofadas em meu corpo-

— Hum... é melhor que você... -se levanta e eu tapo meus olhos. Não quero olhar para o... o negócio dele- eu vou te dar uma roupa. Quer tomar banho antes? Sabe se usamos camisinha?

— Por que está agindo como se fosse algo totalmente normal? -pergunto confusa-

— Porque é normal!

— Você é meu paciente!

— Vai querer um banho ou não?

— Tá, pode ser... pode me dar uma toalha? -espio entre meus dedos e vejo seu tronco forte e largo-

Memórias invadem minha mente e me lembro de estar abaixo dele. O som de seus gemidos, misturados com carícias e sorrisos alegres.

Ah Deus. Por que eu fui encher a cara?

Quando falamos tacar o foda-se, não era no sentido de foder.

— Usa a minha toalha, ela tá limpinha, peguei ontem.

— Mas ela é do seu corpo. É algo íntimo.

— Se o que fizemos ontem não foi íntimo, eu não sei o que foi.

— Tá, mas fica coberto e fecha os olhos para eu enxergar a porta.

— Beleza -se move- pode ir, Helô.

Quando eu o olho, ele estava de costas e coberto. Ele é respeitoso.
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RECUPERAÇÃO - ℝicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora