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— Droga de cama... eu perdi o horário e... minha moto tá aqui? -pego uma maçã. Meu cabelo estava molhado por causa do banho e eu estou com cheiro de sabonete e roupa nova-

— Dormiu mal? Quer que troquemos a cama? -Lucas pergunta preocupado-

— Na verdade eu dormi bem até demais... não posso dormir com esse conforto. O despertador tocou umas 7 vezes e eu não acordei...

— É melhor se acostumar. Vamos vender sua casa e te dar o dinheiro.

— O que? Mas...

— Você vai morar com seu irmão favorito -ele me abraça. Os cortes já estavam começando a cicatrizar, porém os hematomas ainda doíam-

— Lucas.. -faço uma careta-

— Desculpa... eu esqueci de novo, né?

— Eu te perdoo se me deixar voltar pra minha vida antiga. Eu não sirvo pra esse negócio de rica. Sem contar que não quero depender de você -suspiro-

— Maninha, relaxa e deixa eu cuidar de você -sai sem que eu possa rebater-

— Teimoso -reclamo-

— A motorista já está te esperando -Duda fala e me abraça, fazendo com que a dor me atinja novamente-

— Os hematomas.. -cerro meus olhos e ela se afasta-

— Desculpa, Helô. -suspiro antes de abrir meus olhos novamente. Não aguento mais essa dor. Porra-

— Tudo bem... então é uma motorista?

— É. Achamos que depois de tudo você ficaria meio ansiosa estando sozinha com um homem -Duda segura minha mão, logo reparando que sua lateral está toda ralada e levemente inchada-

— Eu entendo que não vai ser todo homem que vai tentar me estuprar. Aquele foi um caso isolado e aleatório. Tipo... eu nunca vi eles na vida.

— Entendi. As crianças me ajudaram a fazer o lanche da tia lô -ela sorri e me entrega uma lancheira da patrulha canina- ignora a lancheira, Pippo achou que você iria preferir a da patrulha canina do que a lancheira do peixonalta. -ela fala como se fizesse total sentido. Mas aí eu me lembro, ela é mãe. No universo deles, faz sentido-

— Hum... agradeça a eles -sorrio e vou pra fora da casa, encontrando uma senhora que tem cara de ter uns 50 anos.- bom dia -falo em inglês-

— Bom dia -ela sorri e abre a porta para mim-

— Eu prefiro ir na frente. Fico menos enjoada -ela sorri e fecha a porta e pede para que eu a espere. Ela quer me impressionar-

— Qual é o seu nome? -pergunto-

— Martgareth Bennet -ela sorri e entra no carro- você gosta de rock? Talvez pop?

— Eu amo rock. Sempre vou no show das minhas bandas favoritas. Eu entro de penetra. Já fui pega umas 3 vezes.

— Mas você é rica! Por que faria isso?

— Eu não sou rica, meu irmão é.
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RECUPERAÇÃO - ℝicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora