Salvando Um Estranho

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Depois de brincar muito com Lia, Helena apareceu de novo.

—Liana, vamos minha filha. —chamou Helena e Lia foi até ela. Helena a pegou no colo.

—Ela é sua filha? —perguntou Stiles.

—É.

—Ela se parece com você.

—Obrigada. —agradeceu Helena sorrindo. —Você tem lugar pra ficar? Se não tiver, podemos dar um jeito.

—Não precisa, eu já tenho lugar para ficar. Mas obrigado. —Helena e Lia deram tchau para Stiles e foram embora.

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Stiles se arrependeu de dizer que tinha lugar para ficar, porque agora estava dirigindo numa rua completamente deserta.

Ele estava olhando para um lindo lago que tinha um pouco afastado da estrada e em um dos lados da mesma. Voltando a olhar para frente, ele viu uma coisa estranha no meio da pista.

Parecia um corpo, Stiles se aproximou do para-brisa do carro para ver melhor. Quando percebeu que era realmente um corpo, arregalou os olhos e freiou o carro rapidamente.

Ele saiu do carro e correu até o corpo. Se aproximando, ele percebeu que se tratava de um garoto que não parecia ser mais velho do que ele.

—Por favor, não esteja morto. Por favor, não esteja morto. —pediu Stiles enquanto virava o corpo para que ficasse com as costas completamente contra o chão e verificava se o garoto estava vivo.

Enquanto estava verificando, viu um ferimento na barriga do garoto e vários machucados pelo corpo, ele também estava todo ensanguentado.

Quando Stiles viu que o garoto estava vivo, ligou para a emergência na hora, já que não sabia onde ficava o hospital.

—Central de atendimento, como eu posso te ajudar? —perguntou uma mulher.

—Eu achei um garoto muito machucado e desacordado no meio da estrada. —disse Stiles.

—Você poderia me informar sua localização? —pediu a mulher.

Não, eu sou novo na cidade.

Então continue na linha que vamos rastrear seu celular, tá bom?

Tá.—respondeu Stiles e colocou o celular no chão.

Voltando a olhar pro garoto, percebeu uma coisa.

-Por quê você está molhado?

Stiles então olhou para o chão, o vendo completamente seco.

—Não choveu. —então Stiles se lembrou do lago. —Você não está desmaiado.

Stiles começou a ficar apavorado, o garoto que estava ali na sua frente estava morrendo. Stiles respirou fundo tentando se acalmar. Ele sabia o que fazer.

—Ok, incline a cabeça, veja se há algo bloqueando a garganta, aperte o nariz e sopé na boca dele. —murmurou Stiles.

Ele se inclinou e assoprou, colocando o ouvido no peito do garoto logo em seguida. Nada. Tentou de novo. E de novo. Sempre murmurando palavras de encorajamento, como se isso fosse motivar o outro a voltar a respirar.

Foram preciso cinco tentativas até o garoto se vira de lado e cuspir água misturada com sangue. Depois de cuspir tudo, ele ficou parado no chão.

—Agora você desmaiou. —murmurou Stiles escutando a batida do coração e a respiração do garoto.

Senhor? —a mulher voltou a falar e Stiles pegou o celular do chão.

Oi?

Já conseguimos sua localização e já mandamos uma ambulância, agora é só espera.

Tá bom, obrigado. —disse Stiles e desligou o celular.

Não demorou muito para a ambulância chegar. Depois de colocarem o garoto dentro da ambulância, uma mulher se aproximou de Stiles.

—Gostaria de ir com a gente? —perguntou ela.

—Sim, mas eu vou no meu carro. —respondeu e a mulher assentiu. Ele entrou no carro e seguiu a ambulância até o hospital.

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Chegando no hospital uma médica já veio em direção a eles, e os guiaram até um quarto. Chegando lá, a equipe da ambulância saiu, mas Stiles continuou lá vendo a médica examinando o garoto.

—Oquê é isso? —perguntou a médica, ela virou a cabeça do garoto pro lado e viu uma mordida no pescoço dele. —Meu Deus!

—Oquê é isso? —perguntou Stiles mas foi ignorado.

—Tragam anti-inflamatório, oxigênio, antibióticos e vamos encaminha-lo para um exame toxicológico. —gritou a mulher.

—Oquê tá acontecendo? Ele vai ficar bem? —perguntou Stiles preocupado.

—Você precisa sair daqui. —disse a mulher empurrando ele para fora do quarto. —Se quiser, espere na sala de espera.

Mesmo contra sua vontade, Stiles foi se senta na sala de espera. Depois de um tempo, uma enfermeira veio fazer algumas perguntas e ele respondeu tudo que sabia.

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Depois de duas horas, Stiles já estava ficando cansado e com sono, já que eram mais de meia-noite. Ele estava quase desistindo, quando a médica apareceu e foi até ele.

—Então, como ele tá? —perguntou Stiles preocupado.

—O ferimento na barriga não atingiu nada e os machucados já forma cuidados.

—Ele vai ficar bem?

—Vai. —respondeu a médica sorrindo. —A enfermeira me disse oque você fez, na maioria das vezes a respiração boca-a-boca pode salvar vidas, e foi oque você fez. Você salvou a vida dele.

Stiles sorriu aviliado e ao mesmo tempo orgulhoso dele mesmo por ter conseguido salvar uma vida.

—Eu posso ver ele? —perguntou Stiles.

—Ele está medicado.

—Eu só quero ver ele.

—Tá bom. —a médica levou Stiles até o quarto. Chegando lá, ele entrou sozinho no quarto.

Stiles se aproximou do garoto e ficou olhando todos aqueles aparelhos presos na sua pele. Stiles não podia negar que o garoto era bonito. Moreno, um corpo não muito musculoso, pálido. Realmente muito bonito.

Quando Stiles iria sair do quarto, sentiu uma mão pegando no seu pulso, era o garoto. Ele começou a resmungar, mexer na cama e a puxar o pulso de Stiles. Como se não quisesse que ele fosse embora.

—Hey, tá tudo bem. Eles vão cuidar bem de você. —disse Stiles colocando a mão em cima da dele.

—Obrigado. —agradeceu e soltou o braço de Stiles.

Cansado de tudo que aconteceu, Stiles vai para seu carro e vai embora do hospital. Mas não parava de pensar naquele garoto que salvou.

Stiles sem paciência de procurar um hotel ou pousada, decidi dormir no seu carro. Pelo menos até a preguiça ir embora e ele toma vergonha na cara para ir atrás de um lugar melhor para dormir.

Um Novo AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora