Capítulo 6.

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Alexander sentiu seu corpo incendiar, aquela visão foi a faísca que faltava para que o fogo se alastrasse por cada veia em que seu sangue percorria, em chamas. Sua respiração ficou presa na garganta. Admirava o vale dos seios de Eden, os braços claramente macios e arredondados, assim como suas coxas fartas. Suas pernas eram convidativas, o fazia querer mergulhar no meio delas, explorar seu íntimo como quem desbrava o oceano.

    A loira levou a palma de suas mãos ao rosto afiado de Alexander, colando o corpo nu ao homem paralisado pela beleza grega da mulher. Finalmente, ele a segurou em seus braços, como uma moldura completa uma obra de arte ao adorná-la. As mãos de Doyle desceram lentamente até a cintura feminina, a apertando entre seus dedos, seus olhos azuis não tinham mais o mesmo mistério, pois, a luxúria havia tomado conta de sua íris.

    Ele a desejava.

— Beije-me — o pedido se assemelhou com uma súplica — Alexander, beije-me.

— Se eu o fizer, senhorita, não serei capaz de parar de beijá-la.

— Não controle seus instintos, Doyle, desde o momento em que eu lhe vi, quis ser sua — o polegar da mais nova acariciou os lábios entreabertos de Alexander — Beije-me, e não pare até que queira parar.

    O moreno avançou alguns passos para bater a porta atrás de si, mas os corpos não se distanciaram nem por um segundo. Quando a porta fechou-se em um estrondo alto, segurou a face da mulher, tomando sua boca em um beijo repleto de desejo, intenso como a tempestade que caía naquela noite. Havia urgência naquele ósculo, contudo, não havia pressa. A sua língua dançava harmoniosamente em par com a de Eden, que se deixava conduzir por Alexander.

    O homem sentia-se embriagado, perdido em seus sentidos, sentimento esse que achava que só poderia obter se estivesse bebendo dos melhores vinhos; contudo, os doces lábios daquela mulher eram os responsáveis por fazê-lo experimentar de uma nova safra, cativando-o, deixando Alexander beber daquela fonte. Doyle deitou a loira na cama de dossel do quarto, suas palmas se espalharam nas costas nuas, descendo pela lateral de seu corpo, à medida que ela espalhava seu ser monumental nos lençóis de seda.

    Os rostos se separaram, e enquanto os cabelos loiros escuros de Eden refletiam a luz tímida das poucas velas acesas no quarto, os fios de Alexander eram negros e cortantes. As mãos da jovem moça invadiram aquele pretume, colocando os cabelos para trás, a fim de observar melhor o olhar dominante que Doyle carregava. Hortensius desceu a maciez até os ombros masculinos, fazendo o tecido da veste simples que ele usava caísse, revelando seu peitoral. Suas coxas internas estavam úmidas, e Alexander sentia seu joelho, posicionado entre as pernas de Eden, quente.

Aquele corpo tão exuberante, no meio de tecidos pretos em uma cama enorme, poderia ser a última visão da vida daquele homem. Morreria para ter consigo a imagem exata, sem nenhuma dúvida de que posição seus cabelos enrolados estavam; queria deitar-se em seu leito de morte após fodê-la, entregando-se a paz que só uma sepultura poderia dar-lhe após o ápice de um orgasmo, fruto do deleite que teve ao invadir o corpo daquela mulher.

Inclinou seu tronco em direção aos seios da loira, abocanhando seu mamilo direito, enquanto usava seus dedos longos e frios para estimular o esquerdo. Sentia a carne sensível enrijecer em sua boca; Eden curvava seu tronco em busca de maior contato, respondendo a inebriante sensação de ser tomada pela boca do homem. Alexander cessou, passando a beijar o outro seio, descendo com estes até chegar em suas coxas; agarrou-as com suas mãos, puxando o quadril femineo para si com autoridade. Mordeu a parte inferior com cuidado, já que ao segurar a pele com seus dentes, Eden puxou-lhe os cabelos, temerosa.
    Um sorriso adornou o rosto masculino quando a mulher estremeceu com o calor do hálito de Doyle, que entrou em contato com sua intimidade hipersensível.

Arrependimento e SacrifícioOnde histórias criam vida. Descubra agora