10 - Carolina Borges

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Carolina Borges

Já no carro, minha curiosidade bateu e pulou da minha boca.

— Bruno, o que você está querendo comigo? — Olhei bem para a reação dele, e vi surgir um sorriso e aparentou relaxar.

— Bom, Carol, eu quero muitas coisas com você, uma delas é ter você para mim, você ser minha e de mais ninguém, possuir seu corpo, te levar para conhecer vários lugares e hoje vou te levar para conhecer um desses lugares, espero que goste. — Tinha o sorriso de satisfação, talvez fico um pouco na dúvida.

— Já que você disse que quer me ter, eu quero saber o que foi aquela conversa silenciosa que você teve com sua mãe, não engoli sua explicação tão fácil assim... — Agora, sim, vi-o ficar tenso e o sorriso sumir.

— Tudo bem morena, vou te falar o que houve para minha mãe ficar tão brava, antes de te conhecer era um homem mulherengo, tinhas várias mulheres lá no morro, uma delas se a achava a dona do morro e gosta de dizer que temos algo sério, o que não é verdade, acho que você pode perceber que minha mãe não gosta dela e nem a Juliana, justamente por causa disso. — Vejo-o se explicando meio irritado com algo e ainda não consigo entender o motivo. — Ela foi lá agora, por isso demorei a entrar, estávamos resolvendo a situação e coloquei um chega para lá nela, é só isso mesmo... — Ele respira fundo.

— Bruno sei que não temos nenhum compromisso, mas não gosto de ficar no escuro, tente ser sincero e não me esconda nada, quando algo assim acontecer fale na hora, será melhor por que fui ensinada a observar os meus pacientes, então tenho muita prática em observar as pessoas, as atitudes de vocês na mesa me deixaram curiosa, eu queria saber se você seria honesto comigo. — Ele meneia a cabeça confirmando que entendeu o que disse para ele.

— Entendi honestidade e sinceridade, você sempre terá isso de mim. — Ele me responde com um sorriso lindo no rosto que me deixa, mas encantada ainda.

— Por que você nunca teve nada sério com essa mulher ou qualquer outra que tenha aparecido? — Eu e minha curiosidade.

— A mulher que foi hoje lá, ela não gosta realmente de mim, ela gosta do status que minha vida proporciona, ela era só uma foda casual, as outras que tive também não, eram alguém que quero perto da minha família, você Carolina é a primeira mulher que levo na casa de dona Ivone e conhece minha irmã, quero muito que você me deixe provar que não sou somente o dono do morro, traficante e todos os antônimos que existam para o que faço, quero que você conheça outra parte minha que somente minha família conhece. — Sinto a sua honestidade em tudo o que me diz e paro para pensar um pouco.

Eu sentia borboletas dentro de mim, será que isso é uma declaração, como nunca recebi uma nem tenho parâmetros de comparação, mais gostei do que ouvi, sinto meu rosto corar com as palavras dele, estou curiosa para saber onde ele esta me levando.

Finalmente ele estaciona o carro em um lugar cheio de barcos, na verdade, isso não são barcos, são alguma coisa muito luxuosa, ele me ajudou a entrar em um barco, é lindo, são três andares e tem mais um abaixo do nível da água, o andar principal tem uma mesa posta cheia de frutas e lanches, não mexi em nada até por que já tínhamos acabado de tomar café, então ele me levou para o andar superior e me mostrou aonde iríamos por um mapa, fiz a cara de que entendia o que tem nesse mapa, enquanto ele ria de mim.

Até que, me lembrei...

— Bruno não trouxe biquíni, e outra coisa não sei nadar!!! — Ele olhou e ficou sem acreditar no que digo.

— Ué, você não morava na Amazônia, o estado onde é cheio de rios, lá não é cheio de onça? — Ri tanto desse comentário dele que a barriga doeu.

— Sim, nasci e fui criada lá, mais o rio mais próximo dá minha casa ficava a uns 30 minutos da minha casa, morava praticamente no centro da cidade e Manaus é uma capital, outra coisa lá não se vê onça e nem bicho pela rua não e nem tem índio andando por todos os lados. — Continuava rindo e ele ria junto comigo.

— Está já entendi, preciso ir conhecer sua cidade e tirar essa impressão que lá é só mato, animais e índios. — Fui me aproximando dele e abracei sua cintura.

— Vou ter muito orgulho de ser sua guia e de lhe apresentar minha cidade e todos os lugares que eu gosto. — Lhe dei um selinho e ele me abraçou e cheirou meu cabelo.

— Morena, caso você queira mergulhar pode ficar só de lingerie, vamos ser só nós dois aqui, não vamos nos afastar da costa, ficaremos na baía mais longe de outras embarcações, não quero ninguém olhando para você com poucas roupas. — Eu apenas concordei com ele, mais acho que não entraria na água e se aparecer um tubarão onde nos pararmos, melhor ficar no barco mesmo.

— Vem vamos colocar esse bebezinho para andar, quero te mostrar outro lugar ainda pela manhã. — E seguimos o passeio, ele foi me mostrando e dizendo o nome de cada uma das praias que estávamos passando, estava maravilhada em conhecer as praias mais famosas do nosso Brasil por outro ângulo.

Fiquei olhando o Bruno enquanto ele pilotava o Iate e vi que ele gostava dessa sensação de poder, acho que se acostuma com isso, mais quem não ia gostar de ter muito dinheiro e gastar como quiser, pena que o dinheiro que ele tem não veio honestamente, ainda não sei se realmente quero ter um relacionamento com alguém que faz o que ele faz, estou confusa em relação a tudo isso.

— Um doce pelos seus pensamentos! — Me surpreendo com sua pergunta, e me viro na sua direção que estava sentado pilotando enquanto estava sentada nas almofadas de frente para ele.

— Hum, estou pensando, se quero realmente me envolver com o "perigo". — Falei devagar meio temerosa da reação dele, vi que ele ficou surpreso com minha resposta.

— Realmente você é bem sincera. — Um sorriso um pouco envergonhado aparece, e sei que ele espera algo, mas de mim.

— Sim, eu sou, não sei mentir e você ira perceber isso, acredito que mentir abre uma brecha para o outro possa mentir também, sem contar que sou muito esquecida e iria acabar caindo na minha própria mentira, prefiro a verdade. — Estamos nos olhando fixamente.

— Vou ancorar aqui esse bebezinho. — Ele segura minha mão e vai me conduzindo para algumas almofadas e me senta lá.

— Sabe Morena, eu sou um homem que já fiz muitas coisas mesmo, mais já te disse que nunca forcei mulher a ficar comigo, quero que você se sinta a vontade em estar comigo, quero explicar algumas coisas para você. — Fico tensa com a direção da conversa, ele estava mais sombrio e estava muito sério.

— Me diz uma coisa, você tem medo de mim? — Respiro fundo e respondo

— Não sei explicar, mas não, não tenho medo de você, eu estou gostando desse nosso encontro e estou muito feliz por estar aqui com você. — Ele vem e se senta atrás de mim e me apoia no seu peito, ele tem um perfume tão gostoso, ele começa a brincar na minha pele e nas pontas da minha blusa.

— Já é um bom caminho você não me temer. — Ele começou a trilhar beijos no meu pescoço e no lóbulo da minha orelha, comecei a me arrepiar, sinto meu corpo se entregando as carícias dele, fecho meus olhos e me entrego a essa sensação que estou sentindo.

— Bruno. — Gemo bem baixinho, continuo sentada de costa para ele, e ponho minha mão no seu pescoço, ele continua me beijando, meu corpo começa a esquentar, minha calcinha está molhada e cada toque dele, quero ele mais perto de mim, meus mamilos estão rígidos, querendo atenção.

— Vem quero te mostrar a parte inferior, tem uma coisa que quero te mostrar e espero muito que você goste. — Ele me abre um sorrir travesso, um olhar cheio de luxúria, lhe dou a mão e sigo com ele, sinto tesão da forma como ele fala e a cada toque dele meu corpo implora por mais, quero ele e sei que não posso mais evitar isso, está na hora de seguir e eu quero que seja com o Bruno.

AMOR, INSANO AMOR (Livro 01) "AMAZON"Onde histórias criam vida. Descubra agora