1 - cinzas de um passado

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- PRÓLOGO -

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- PRÓLOGO -

"A dor que está disposto a pagar por aqueles que ama é o mesmo preço da dor na qual eles estariam dispostos a pagar por você?"

Uma pergunta interessante para quem arrisca a própria vida amando para sentir ternura em alguém. Contudo, Amar ou ser amado, é apenas mais uma fantasia que o mundo criou para esconder o ódio e o caos que criamos ao longo do nosso curto tempo na Terra.

No fundo nunca existiu o sentimento do "amor" dentro daqueles que querem se beneficiar por cima dos outros para depois descartá-los. Tudo não se passava de uma doce ilusão que com o tempo foi amargando lentamente.

Na verdade, quando se gosta de alguém "verdadeiramente", você está disposto a se sacrificar por ela a todo instante para vê-la bem a qualquer custo. Porém, e quando é falso? Acho que a maioria das pessoas do mundo passam por essa experiência pelo menos cinco vezes na vida. A pessoa na qual te "ama" faz de tudo para usá-lo para benefícios próprios e depois te descartar como um lixo insignificante.

A dor de ter sido usado por alguém que achava ter te amado verdadeiramente, é algo que nunca se apaga facilmente da memória e é algo que faz a confiança se desmoronar aos poucos.

Entretanto, uma criança na qual o mundo a fora é um desconhecido por completo saberia a diferença entre um "verdadeiro" e de um "falso"?

[...]

— Pai! Por favor, eu não quero! Me ajuda! — o garoto tenta se soltar da cadeira na qual estava amarrado pelos punhos e pernas.

— Jisung, meu bem, se acalme! — o homem o observa de longe através de um painel feito de vidro.

— PAI, ISSO DÓI! — choraminga de dor enquanto refere a seringa que estava perfurando seu braço lentamente.

— Perfeito. — o cientista retira a seringa do braço do menino e logo solta o garoto para que pudesse sair da sala.

O garoto sai correndo para fora da sala e abraça a perna de seu pai enquanto seus olhos estavam marejados.

— Cadê o dinheiro? — uma cientista aparece ao lado do homem.

— Aqui está. — entrega um malote de dinheiro para a mulher que não estava ligando muito para a criança que estava chorando enquanto se mantia abraçado no homem.

— Pai... Eu quero ir embora... — resmunga sentindo o seu corpo ficar estranho e pesado e de repente sua visão ficar cada vez mais turva.

— Se ele acordar ele realmente tem algo incomum. — a mulher diz. — Você tem certeza de que não se arrependerá caso ele venha a óbito? — questiona olhando o menino desmaiar no chão.

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