29 - laços familiares

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‼️esse capítulo pode ser um pouco violento e até mesmo sensível para algumas pessoas ‼️

‼️esse capítulo pode ser um pouco violento e até mesmo sensível para algumas pessoas ‼️

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"O jogo se iniciará em 5...4...3...2...1...
Boa sorte..."

Minho estava sentindo seu corpo intero congelar assim que se depara com a parte do passado que teria que enfrentar novamente.

— E-eu não consigo... — Minho diz.

— Do que está falando? — Jisung questiona ouvindo pelo outro lado da parede.

— Não dá. Eu não consigo passar por isso de novo...

— Não faço ideia do que seja, mas sei que você consegue sim! Você já enfrentou tanta coisa... só por favor não desiste do jogo.... por mim...

— Jisung, eu tô com medo...

Jisung permaneceu em silêncio.

Nunca em sua vida ele imaginaria que iria ouvir isso de Lee Minho.

— Ah... — foi a única coisa que conseguiu dizer.

— Pequeno, você acha que consegue passar?

— Sim.

— Foi meio idiota a minha pergunta.

— Não. Continua perguntando.

— Gosta de gatos? — sorri bobo.

— Um dos meus animais preferidos. — sorri ladino. — Qual sua cor favorita?

— Menta.

"uma pessoa eliminada."

— O QUE?! — Minho diz.

— Qual seria o melhor lugar para relaxar? — Jisung questiona tentando ignorar o acontecimento por mais que estivesse preocupado.

— Praias. O mar me deixa calmo.

[...]

"comunicação interferida. Boa diversão durante os 20 minutos restantes."

Minho respirou fundo antes de continuar naquela sala.

Ele teria que assistir tudo o que ocorreu em sua infância, sem interferir em nada.

— Minho, seu inútil! Eu já lhe mandei calar a boca! — o homem gritava completamente bêbado.

— Papai, eu só queria te mostrar meu desenho... — dizia animado. — Olha, sou eu, você e a mamãe e o Jung. — sorria.

— Essa merda aí? — ria. — Literalmente um imprestável. — Não é atoa que seu irmão está bem mais avançado que você.

— Então você não gostou...?

— Desse garrancho?

Minho estava tentando se controlar o máximo possível para não sentir nada que não pudesse.

Mas era difícil encarar tudo outra vez.

— Minho, Minho... — a mulher ria. — Isso não é um desenho, é uma assombração composta por traços aleatórios.

— Tá tão feio assim, mãe? — dizia magoado enquanto segurava o desenho.

— Tá péssimo, meu amor. Se esforce, talvez você consiga fazer tão bem quanto o seu irmão.

Ouvir tudo aquilo pela segunda vez era doloroso demais.

Ele podia correr para o lugar mais longe e escondido que fosse, mas não poderia se esconder dos seus laços familiares.

Ele era bom em contar mentiras assim como a sua mãe.

Tinha os olhos do pai e quando chorava tinha os olhos do irmão.

— Mas meu irmão não desenha, mamãe...

— Se ele desenhasse com certeza seria melhor que você. — o homem dizia rindo com uma garrafa de cerveja em mãos.

— Mas eu fiz com amor, papai... — dizia enquanto deixava algumas lágrimas escorrerem.

— VOCÊ TÁ CHORANDO SEU VIADINHO?! — o homem se exaltava. — QUER APANHAR?!

— Ele já vai parar. — a mulher rangia os dentes furiosa.

A comparação era uma coisa tão forte entre irmãos.

Principalmente para uma criança.

Era difícil colocar em palavras como os feriados sempre iriam doer.

Para Minho assistir os pais com seus filhos felizes e sem nenhuma pressão era uma coisa tortuosa.

Ele se perguntava todos os dias:

"O que eu fiz para merecer isso?"

— SEU MOLEQUE! PARE DE CHORAR AGORA! — o homem desferia tapas em Minho.

— PAI! POR FAVOR! EU VOU PARAR! — implorava.

— CALA A MERDA DA SUA BOCA! — gritava enquanto jogava e quebrava a garrafa que estava em mãos na cabeça do garoto.

Foi nesse exato momento que Minho fechou seu olhos e apenas se lembrou da dor.

Por mais que aquilo não havia atingido sua cabeça agora, ele conseguia se lembrar exatamente de como aquilo tudo doía.

E lembrar de que naquele momento foi a última vez que enxergou sua família novamente...

Como ele poderia matar uma criança?

O Lee Minho de agora não conseguia esquecer, não conseguia perdoar.

Porque agora ele tem medo de que todos que ele ama o deixasse.

"Lee Minho, você conseguiu! parabéns, pode se retirar da sala e reencontrar os sobreviventes"

Minho não conseguia se mover.

Havia algo forte dando um nó em sua garganta.

Havia algo forte doendo dentro de si.

Ao ouvir que o jogo havia terminado, a única coisa que pensou foi chorar.

Chorar pela milésima vez e lembrar de que incontáveis vezes ele tentou ser um filho perfeito e todas as vezes que foi comparado com o seu irmão.

Contudo, logo sente um forte abraço por trás.

E só conseguia ouvir:

Está tudo bem! Eu estou aqui, você conseguiu, Min!

— Está tudo bem! Eu estou aqui, você conseguiu, Min!

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lembrando que é tudo uma ficção.

o que estão achando da história?

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