Doce.

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Doce...
Como ser inesquecível
Ser adorada e nunca dorar.

Doce,
Como acender um Black
Enquanto ele está curvado
Sendo perfurado
Com um salto agulha
E todo amordaçado.

Deixar as cinzas em sua boca
Enquanto ele geme chorando
Era isso que pregavam para se sentir viva?

Tão doce quanto engasgar com minha buceta na boca
Espirrando um jato
Na cara.

Usando a ninfomania como desculpa
Para me masturbar em público
Enquanto ele se preocupa
Com minha face vermelha.

Doce como sempre se satisfazer do outro
Procurando o próprio prazer
Mesmo fazendo ele tremer e gemer no boquete.

O ego inflama
Quando estou por cima
E vejo o meu corpo desenhado
Meus seios perfeitos pulando
E rindo
Com ele se controlando para não gozar.

Meu eu
Meu corpo
Meu tesouro, eu.

Tão doce e insaciável
Tão puta e fiel
E molhada
Tão molhada quanto ele sentindo prazer na dor.

Viciada
E solitária
Tentando me fundir
Mas apenas fudendo
E quem dera se não fosse o psicológico dos outros também.

Não necessito de ninguém.
E eu me sinto tão bem.

Feitiço nos lábios
Magia pesada na buceta
Não preciso de ninguém
Apenas de alguns degraus
Para chegar onde quero.
Pisando e humilhando
Do jeito que eles imploram.

E todas querem ser igual a mim.
Pintam o cabelo perguntando a marca
Abaixam a cabeça diante da minha presença
Ficam chamando atenção gritando e implorando por um pingo de protagonismo
Querendo um dia ser minha cópia.

E tudo isso
Enquanto estou de pernas cruzadas
Fumando meu cigarro.

Ninguém é digno da minha pena.
Eis-me aqui
A poeta maldita
E a vilã que devem ter medo.
[...]
L. W. S. C.

Circe Invidiosa (1892)

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Circe Invidiosa (1892). John William Waterhouse.

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