Marília deslizou os dedos pelo zíper da calça e garantiu que ela estava no lugar. Alisou o látex e apreciou a sensação suave dele sobre a pele. Olhando fixamente o espelho, preparando-se para a festa, Marília tentou lembrar quando começou a frequentar estas festas. Como Henrique a tinha encontrado?
Mesmo antes, quando tinha vinte e um anos, sabia que sua personalidade era "diferente." Os poucos encontros sexuais que tinha tido a haviam desapontando, principalmente porque Marília queria coisas que sua própria mente dizia que eram depravadas e estranhas.
Alguma pista de suas diferenças deve ter aparecido porque Henrique a abordou em um bar e a convidou para compartilhar uma bebida com seus amigos. Ela quase recusou, uma vez que ele era aproximadamente 10 anos mais velho e achou que ele estava paquerando com ela.
Claro, ele não estava. Estava iniciando-a, testando-a. Como ela seria sobre as próprias fantasias? Conformava-se com os jogos sexuais normais que o mundo "baunilha" jogava? Ou estava disposta a correr o risco e ser ela mesma?
Depois de meses de reuniões informais, Henrique a convidou para uma festa. Sua primeira festa foi um choque. Existiam doms e subs. Pessoas que gostavam de dor. Outros que gostavam de infligir isso. Tudo que não era convencional estava lá. E Marília se ajustou plenamente.
Henrique até tinha providenciado um quarto, como o que ela usava agora, para se vestir, de forma que aqueles que não quisessem anunciar suas preferências para o mundo inteiro podiam se preparar em sua casa.
Salto agulha negro, calça de látex com uma pequena abertura entre suas pernas, uma blusa totalmente fechada combinando, e o último toque, o acessório que mantinha afastados os seus segredos. Ela fechou o zíper de sua máscara envolvente.
Segurança.
Conforme a máscara bloqueou sua visão e sua boca, a tensão esvaiu de seu corpo. Sua respiração diminuiu a velocidade e seus membros relaxaram. Tinha levado algumas sessões com mulheres dominadoras para perceber que a máscara era necessária para entrar no espaço certo em sua cabeça. Ela não podia deixar acontecer e se submeter sem isso. Seu primeiro orgasmo tinha acontecido quando ela vestiu a máscara.
Endireitando a roupa, abriu a porta do quarto. Henrique estava esperando do lado de fora.
"Temos uma multidão interessante hoje à noite." Ele encostou-se à porta, correndo o olhar sobre seu corpo. Sua pesquisa não era sexual, mas fez Marília subir suspirar nervosamente.
Ela não podia falar por causa da máscara, mas retornou seu escrutínio pelas pequenas fendas ainda abertas. Com mais de trinta anos, Henrique era um homem de boa aparência. Era de altura considerável, pelo menos 1,90 um pouco mais alto que ela, e seu cabelo castanho não mostravam nada do grisalho ou entradas. Eram seus olhos que capturavam a atenção de uma mulher. Eles eram aço acinzentado com um desfalecimento sedutor de suas pálpebras que piscavam pesadamente para a loira.
"É o mesmo esta noite?" ele perguntou.
Ela concordou movimentando a cabeça. Depois de quatro anos, ela e Henrique tinham um acordo. Quando ela chegava, indicava se queria apenas dominação ou sexo submisso. Nas raras ocasiões que quis sexo real, suas necessidades sexuais tinham sido satisfeitas sem perigo para ela mesma. Ele tinha escolhido seu parceiro, alguém desconhecido para ela, alguém que nunca veria. Amarrada e presa a uma cama na parte de trás da casa dele, Marília manteve a máscara envolta ao redor de sua cabeça, bloqueando a visão, a audição e qualquer comunicação verbal, deixando apenas suas narinas de fora para ter informações sensoriais. Seu parceiro sexual só era necessário para fornecer o toque para sua satisfação. O contato emocional com outra pessoa era muito assustador e perigoso.
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A MÁSCARA QUE ELA USA | MALILA
FanficNo estilo de vida BDSM, Marília Mendonça é uma submissa extrema, com bagagem grave. Durante anos, tem evitado sua dor e ocultado segredos sombrios. Agora, um Dom experiente quebrou suas barreiras e a forçou enfrentar seu medo. O sexo sempre foi um...