Capítulo sem título 8

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As próximas duas semanas pareciam não terminar nunca. Marília estava cheia de felicidade por ter atravessado suas próprias barreiras. Ela estava tão excitada que queria compartilhar isso com todo mundo, mas principalmente com Maraisa. O ciúme mostrou a face feia quando Marília pensou sobre ela com outra mulher em São Francisco. Ela sabia que existiam clubes de BDSM lá e submissas disponíveis, com muito menos bagagem.

Ajustar-se a sua nova sexualidade sem a parceira que ela queria era intolerável. Então, três dias antes do prazo das duas semanas estarem terminadas, isso se revelou.

Marília a amava. Apaixonadamente, sem perguntas, sem reservas.

E Maraisa a amava?

Ela pensava alternadamente que ela poderia amá-la e mergulhou em desespero quando convenceu a si mesma que não.

Henrique era um bom amigo principalmente apenas escutando. Finalmente, ele disse, "Ela sabe o que isso significa para você, cisne. Você descobriu sua sexualidade verdadeira, não uma dominada pelo medo e uma experiência sexual horrível. Ela quer que você se sinta confortável com isso."

Frustração queimando seu cérebro. "Ainda não entendo. Eu tirei a máscara. Tornei-me a submissa que verdadeiramente sou."

"Mas você não sabe seus limites. Que tipo de submissa é você? A que distância você está disposta a ir? Estas são coisas que você não teve que lidar. Vestir a máscara deu a você proteção de ter que levantar-se e dizer Suficiente!" Ele passou a mão pelos cabelos. "De certo modo, eu não fiz nenhum favor para você, ajudando-a a fazer isso."

Ela avançou e tocou seu braço. "Eu tive que começar deste modo, Henrique. Eu teria ficado louca se você não me ajudasse então."

"Maraisa não fez a você nenhum requisito, perceba isso. Ela essencialmente deu a você permissão para dormir com outra pessoa se é isso que você tem que fazer." Ele agitou a cabeça. "Isto é um presente surpreendente de um Dom de seu tipo."

"Porque ela pensa que eu pertenço a ela?"

"Não, garota, porque ela pertence completamente a você."

Não era nenhum desafio para Marília afinal. Ela não iria dormir com outro Dom. Ela amava Maraisa e queria compreender seus limites com ela e ninguém mais. Por isso ela esperou.

No sábado à noite, ela se vestiu um pouco diferente. Em vez do couro preto e meia-calça sensual, vestiu uma mini saia de seda verde e uma blusa combinando, com decote profundo. Ela ainda usou os saltos altos, mas sua aparência e seu comportamento indicariam que ela era uma submissa comprometida e não estava disponível. Era uma mensagem sutil, mas a maior parte dos participantes da festa entenderia.

Ela soube no momento que Maraisa entrou na sala. Sua respiração travou, e ela engoliu em seco. Deus, Maraisa era magnífica. Cabelo preto, olhos amêndoas, baixa, um corpo magnífico e aquela bunda incrível. Mas ela também registrou as sombras escuras debaixo de seus olhos e a tensão ao redor de sua boca. O alívio inundou seu corpo. Maraisa tinha sentido falta dela.

Conforme Marília cruzava a sala, seus olhos esquadrinhavam os outros convidados. Quando Maraisa caminhou do canto escuro para frente dela, Marília congelou. Ela abaixou os olhos e estudou seus saltos. Os dedos de Maraisa tocaram o rosto dela, e ela inclinou para ela, deliciando-se com seu toque. Elas deslizaram para seu queixo e a forçaram a examinar seus olhos.

"Mestra?" Marília quis dizer a ela que sabia que tipo de submissa ela era. Ela era sua. Só sua.

O que quer que ela tenha visto em seus olhos a surpreendeu. O desespero que Maraisa notou nela aqueceu seu coração. Ela a queria. Ela soube isso.

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