Fragman 54 (Parte final)

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— Como isso aconteceu, Ilgaz? — Eren tentava entender o ocorrido. Estava no corredor com o amigo, aguardavam o retorno do médico. Ilgaz ainda não tinha avisado ninguém sobre Ceylin, precisava se concentrar nela. Era sua prioridade.

— Não sei, Eren! Não sei... foi tudo muito rápido. Em um minuto estávamos parados no sinal e em outro eu estava vendo esses malditos acabarem com a Ceylin. — Ilgaz passava a mão repetidamente em seus cabelos. Os olhos estavam vermelhos. — Enquanto eu não destruir esses caras, minha família estará em perigo.

— Calma, irmão. Não adianta ficar assim agora, primeiro precisamos cuidar da Ceylin.

— Parece que eu to vivendo em um inferno, Eren. Primeiro o carro explodindo, depois papai sendo esfaqueado e a Defne sequestrada, agora a Ceylin... eles tocaram na Ceylin, Eren. — A voz de Ilgaz estava trêmula e ele não conseguia disfarçar o desespero — A Ceylin é realmente muito forte, você não tem noção de tudo que fizeram com ela. Achei que ela não resistiria. — Ilgaz deu um soco na parede — A culpa foi minha, agora estou de mãos atadas, Eren! Eles falaram que se eu não parar, a Ceylin será morta. Não suportaria algo acontecendo com ela por minha culpa, mas não consigo aceitar que devo deixar bandidos assim impunes.

— Irmão, acreditamos no sistema porque fazemos parte dele, mas sabemos que existem horas que precisamos parar e recalcular a rota. Você não queria, mas chegou a hora de transferir esse caso para outro promotor. — Eren buscava se manter sensato e dar a melhor solução para o amigo.

Algum tempo depois, passando por uma espera angustiante, um médico veio em direção aos dois.

— Como está minha esposa, Dr.? — Por um instante Ilgaz ignorou complemente que em 3 dias assinaria os papéis do divórcio.

— Ela está bem. Sofreu muitos golpes, mas sua esposa é mais forte que aparenta. Teve algumas fraturas e escoriações, mas com certeza irá se recuperar logo. Demos um sedativo e ela está descansando no momento.

— Posso vê-la?

— Sim, claro!

Assim que Ilgaz entrou no quarto e observou Ceylin dormindo, teve vontade de queimar o mundo. Ela estava com uma tipoia no braço, o médico explicou que ela tinha uma fratura na clavícula e duas costelas quebradas, uma de cada lado. O rosto que ele tanto ama tinha hematomas e cortes. Ilgaz queria matar quem tocou em Ceylin e causou tanto sofrimento.

Ele dispensou Eren e informou que passaria a noite no hospital, deixaria para falar com sua família sobre o ocorrido apenas no dia seguinte, com Ceylin acordada. Puxou uma cadeira e sentou ao seu lado, segurou sua mão e a beijou, depois acariciou lentamente seus cabelos e beijou sua testa.

...

Ceylin se sentia enjoada e tinha um peso em seu corpo, sua mente parecia confusa e ela não conseguia processar muito bem que lugar era aquele que estava, lentamente foi abrindo os olhos e começou a se lembrar das últimas horas. Ela tinha levado uma boa surra. E Ilgaz, o que aconteceu com ele? Quando tentou se mexer, viu que o homem estava sentado na cadeira ao seu lado, segura sua mão e apoiava a cabeça em sua barriga. Ela estava em um hospital.

— Ilgaz?

— Ceylin? — Ilgaz levantou a cabeça, confuso e feliz ao mesmo tempo. Finalmente Ceylin acordou e parecia bem, dentro do possível. — Graças a Deus! Como você está se sentindo?

— Não sei... um pouco de dor. Também to tonta e enjoada. Minha cabeça parece girar. — Ela levou a mão que não estava imobilizada à cabeça. — Ai!

— Não se mexe, vou chamar a enfermeira. — Quando Ilgaz estava prestes a levantar, a médica entrou no quarto. — Ah! Que bom que chegou, Dra. Estava indo agora procurar alguém. Ceylin está com dor.

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