11. Surpresa

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Depois que Vegas chegou ao resort para encontrar o marido, os assuntos sobre negócios cessaram por um tempo, o homem tinha um ar intimidador e era inevitável que os Wang ficassem o olhando um tanto receosos.

— Mas então, vocês não sabiam sobre o namoro desses dois? — começou Pete durante o jantar — Lá em casa é um pouco difícil de esconder essas coisas, Singapore tem três irmãos mais velhos. Makurdi, que prefere ser chamado de Mek, Wanning, Win, Venice e Singapore, Syn.

— Uau... Todos tem nomes de cidades. — disse Lian sem jeito, tomando um pouco do seu vinho e achando aquela família estranha.

— Quis seguir a linhagem do meu pai. Já que meu nome é Vegas e do meu irmão Macau. — disse Vegas sério, mastigando devagar enquanto olhava para os tios de Nuer.

— Ok, ok. Vocês estão mais estranhos do que deveriam. Estamos namorando a pouco tempo, não tínhamos a intenção disso no começo, por isso não comentamos nada antes. — disse "Nuer".

— É seguro dizer que nos conhecemos por acidente e também nos apaixonamos por acidente. Mas vocês devem ter notado que nos últimos dois meses tudo tem estado diferente, certo? Nos conhecer foi uma coisa boa, fizemos mudanças boas na vida um do outro. — disse "Syn" — Agora se vocês querem fazer negócio juntos, façam, não coloquem o nosso namoro no meio e disso e não ajam estranhos como julgando os nomes da minha família internamente — disse olhando para Lian — Ou tentando colocar medo neles com essa cara fechada, pai.

— Syn está certo. — disse Pete — Desculpe crianças. Já que resolvemos transformar esse jantar de negócios em algo para falar sobre os meninos, deveria ser um jantar agradável para eles.

— Obrigado, pai. — disseram Nuer e Syn em uníssono, causando estranheza em Kuea e Lian pela atitude de Nuer, que nunca chamou ninguém assim além dos próprios pais, mas Pete já estava habituado com aquilo, pois acontecia com frequência.

Os garotos se olharam e suspiraram, mesmo com mais de dois meses naquela vida, parece que ainda não haviam se acostumado a certas coisas.

(...)

Casa dos Theerapanyakul, 22:35

— Ei, posso entrar? — Perguntou Venice, parando no batente da porta entreaberta.

— Claro, pode sim. — respondeu Nuer, fechando o carno onde estava fazendo as anotações e continham inúmeros rabiscos sobre a troca de corpos.

— Papai me disse que vocês encontraram os tios do Nuer hoje, como foi?

— Menos pior do que poderia, nunca imaginei que meu tio julgaria ele assim, foi estranho demais e o jeito que o pai olhava para... para os tios de Nuer, parecia que queriam colocar medo neles. — disse, se perdendo nas palavras e Venice riu.

— Não tem sido fácil para vocês esses meses né?! — sorriu — O que vocês fizeram para acabar assim?

— Você sabe, não sabe? — suspirou frustrado.

— Mesmo que vocês não se embolassem tentando alinhar as histórias, eu acho que descobriria. Eu conheço Syn muito bem e era claro que algo estava errado desde o primeiro dia. — disse rindo — Você não desenha, não ouve as mesmas músicas, não sabe sobre alergias, expõe os braços... entre tantas outras coisas que você fez ao longo desses dois meses completamente diferente de Syn.

— É, eu estou sendo péssimo nessa vida, mas eu tento. Eu quero que ele seja feliz quando a gente descobrir como voltar ao normal, eu quero que ele não tenha medo de nada.

— Eu sei. Eu percebi. — disse Venice, seus olhos encheram de lágrimas — Eu sinceramente percebi todo o seu carinho quando foi para a direção, pela forma como falou sobre ele. Eu estou muito feliz dele ter encontrado alguém como você. — sorriu.

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