Coroa invernal

Глава двенадцатая - 12

O destino do garoto foi parado em uma família em meio a comunidade leste de Illyuziya. A suposta mãe não queria uma criança, mas o pai deixou claro que quando ele já estivesse na sua pré-adolescência ele já poderia ir embora, deixando claro que uma criança pelo menos não poderia morrer. O pequeno garoto foi nomeado de Mikhael pelas pessoas mais próximas que se reuniram, não sabiam a origem e nem seu rumo. Podemos afirmar que ele cresceu sem atenção de muita gente, mas com os cuidados necessários para sobreviver.

     Quando completou 13 anos saiu de casa, sem rumo e sem ter para onde ir, mas o garoto sabia muito bem como se virar nas ruas. Encontrou sua vontade de viver quando se juntou a um grupo de jovens mais ou menos da mesma idade dele que vagava pelas ruas sem rumo, mas conseguindo sobreviver. Esse grupo era bem conhecido pela zona leste por não ser tão bem visto pelas pessoas que vagavam de noite pelo local. Usavam máscaras veniziana para esconder identidades, roubavam a comida quando ninguém oferecia ou até mesmo dinheiro. Há rumores de que eles matavam, mas nunca foi algo comprovado. Mikhael nunca teria sua má influência se não fosse por eles.

    Sentado encima de algumas caixas de madeira aleatória, sentindo a neve cair sobre si, o silêncio da noite aonde não tinha ninguém andando por ali pelo perigo que andar sozinho de noite pode proporcionar. Mikhael levantou sua máscara e pegou o isqueiro que seu parceiro ofereceu, e um cigarro, aonde ele ascendeu o cigarro pela ponta e colocando na boca, segundos depois tirando da boca e sentido a fumaça sair, de primeira ele já tossiu, todos riram e um deu o pequeno tapa nas costas de Mikhael, e ele continuou a fumar até se acustumar. Na mesma hora uma mulher passou e todos ficaram sério, olhando para ela e guiando o olhar enquanto ela passava, o desconforto dela era percebido por todos e então ela saiu correndo de medo e na mesma hora um garoto falou "pega ela" e então ele correu seguindo ela, mais outro garoto que acompanhou. As vidas nas ruas não era tão fácil assim.

    Desde de que se entendia por gente, nunca teve uma vida direito. Seus 13 anos foram cercado de remédio, o cigarro, as facas que ele usava cortando seu próprio corpo, tentativas falhas de suicídio, e ele só chegou a esse nível por sua criação que nunca foi uma das melhores, já que na maioria das vezes era culpado pela sua "família" por algo que não fez, era julgado de todas as formas e muitas das vezes era expulso de sua casa, mas logo voltando por conta do pai. Um momento marcante foram seus 15 anos, nunca iria se esquecer.

    Em uma casa vazia, aonde não se sabia estar o dono, era lá que ele se aconchegava, não tinha muitas coisas, talvez ele estivesse viajando? Um assunto que não importava para o mesmo.

    Tirou sua camisa de manga longa revelando o corpo bem formado e treinado, com marcas de cortes superficiais por toda a parte, se sentou na cama e se olhou no espelho que tinha a frente de uma penteadeira. Se olhou, vendo o que era e pensando ainda no que era. Na penteadeira pegou seu pequeno recipiente aonde tinha os remédios, comprou de forma ilegal em um lugar que nem mesmo ele sabia, despejou várias pílulas na sua mão, cada um deles eram redondos e uma parte era branca e a outra era vermelha, mal se sabia se aquilo trazia malefícios ou benefícios, ou se iria estragar sua vida, mas ele não teria ninguém pra ajudar ou para julgar. Ecstasy era o nome escrito no rótulo, é uma substância usada frequentemente como droga recreativa. Os efeitos desejados mais comuns são aumento da empatia, estado de euforia e sensação de prazer. Apenas colocou na boca e engoliu tudo, bebendo um copo de água, por um momento sentiu uma dor indescritível de cabeça. Encima da penteadeira pegou uma faca e ficou olhando para ela, a visão fazia com que a faca se multiplicasse. Ele enfiou a faca na sua barriga rapidamente, resmungando pela dor, ele tentava rir mesmo quase morrendo com as mãos sujas de sangue, ele ria e chorava ao mesmo tempo, ele tirou a faca sentindo o sangue escorrer mais ainda. Derrepente ele vomitou uma quantidade grande de sangue no chão e se deitou na cama pensando que estava no céu pelo tamanho de dopamina consumido. O mesmo não morreu por um homem que chegou em sua casa, parecia ser o dono, o cara ficou perplexo de primeira e estava tentando pensar como um estranho chegou ali depois de dias foras e como o estranho estava morrendo.

    O homem socorreu ele o levando para um hospital, aonde foi tratado, devidamente, mesmo contra a vontade do Mikhael. Após todo aquele acontecimento deixou Mikhael em sua casa para viver, e fez uma série de perguntas, percebendo que o adolescente apenas era mais um sem ninguém e que precisava de ajuda. O que Mikhael não esperava era que o grande homem fosse o general do exército de Illyuziya, o que mudou tudo. Sua vida começou a ser muito diferente, Mikhael sempre fugia de casa já que o general dizia para ele ficar e estudar, ainda não tinha largado sua cida nas ruas, seu grupo, nada do seu passado. Infelizmente ele se afastou do grupo quando o general se mudou e aos 16 anos teve que aprender a ser um recruta de um soldado, para futuramente ser um general. O homem confiava em Mikhael mesmo ele sendo uma adolescente depressivo e quase não falava nada, ele sabia o quanto era forte, e pode provar tudo isso ao longo dos treinamentos, já que o mesmo dedicava muito aos treinamentos. De todos os soldados, então pouco tempo já venceu o general, e foi assim que sua vida mudou completamente.

    Após anos de treinamento e finalmente conseguindo superar seu general ou susposto pai conseguiu virar o novo general de Illyuziya aos comando da rainha. Mas dias após a cerimônia o homem morreu dormindo, de infarto. Após sua morte começou a viver mais diferente tentando esquecer dele, e descobriu o ballet que quando tinha tempo até gostava de dançar no espaço de pequeno de sua casa. Dançou ballet, voltou a se auto mutilar e a tomar seus remédios, começou a fumar escondido novamente, agora o que se aquietava era o som do violino que tocava em festas, mas infelizmente não podia voltar ao seu grupo, já que o exército e eles eram algo incompatíveis. Pensou que não deveria estar segurando uma espada tão pesada.

    Foi quando ficou mais familiarizado com a princesa de Illyuziya que sua saúde mental aumentou, e ficou mais calmo, e tentando parar todos os seus vícios que adquiriu com o tempo, ja que agora ele deveria morrer como um herói e com objetivos, um general morrer para salvar a soberania de Illyuziya. Ambos eram tão distintos, mas eram tão próximos um do outro. Como ele parou ali depois de tanta coisa? Não sabia nem seu próprio sobrenome.

Marielly Vassiliev.