𝑚𝑎𝑖𝑠𝑎 𝑠𝑖𝑙𝑣𝑎

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point of view s/n

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point of view s/n

- De quem foi a maldita ideia a merda desse vôo pra 7 da manhã? - pergunto pra mim mesma enquanto ando pelo aeroporto de São Paulo.
Eram 5:30 da manhã, meus pais estavam fazendo o check in do nosso vôo enquanto eu e minha irmã esperávamos perto do portão de embarque.

Estávamos indo pra Orlando, e apesar de parecer mal humorada agora eu estava muito animada quando levantei da cama as 3 da manhã. Tá, mas por que estamos indo para os EUA? Minha irmã e eu vamos fazer 19 anos em três dias e sempre foi nosso sonho ir pra Flórida, claro que eu queria ir por Universal Studios mas minha irmã gêmea feia e chata prefere a Flórida só pq lá é verão, uma besteira na minha opinião.

- Meninas, não querem comprar nada pra comer? - mamãe perguntou assim que se sentou ao lado de Luiza.
- Estou bem aqui. - a adotada disse.
- Eu vou pegar um café ou sla - Disse me levantando.
- Cuidado meu bem. - mamãe disse me dando o cartão de crédito.
Caminhei pelo aeroporto o mais devagar possível como se isso fosse apressar o relógio e nosso vôo fosse ser chamado. Ao chegar em um Starbucks, me posiciono na fila e espero por minha vez.
- Próximo! - escuto uma voz gritar. Era minha vez. FINALMENTE.

Fiz meu pedido e fui me sentar em umas das mesas ali. Estava tudo tranquilo, a demora da entrega do pedido me fazia fechar os olhos em deleite querendo dormir, porém a abrupta interrupção de um líquido quente respingando sobre minhas costas me fez levantar e perder o sono na hora.

- MEU DEUS! ME DESCULPA! - a voz Exclama assutada. - Eu moça, tá tudo bem? - me perguntou agr mais calma. Estava tão avoada que nem prestei atenção no q ela disse. Me assusto quando ela coloca a mão em meu ombro esquerdo me fazendo virar assusta pra ela. Se eu n tinha acordado com o líquido quente caindo em mim, agr eu acordei mesmo.

- PUTA MERDA! - Digo ao ver quem estava na minha frente. - Tu é a Maísa Silva - Tô chocada, passada, revirada na Polly Pocket.
- É... Sou. - sorri mas logo seu sorriso vai embora. - Vc está bem?
- Por quê? - pergunto confusa.
- eu derramei café quente em vc. - diz como se fosse óbvio. E até era.
- ó ! É mesmo. - ri nervosa. Minha lerdeza parece ter divertido ela pq ela soltou uma risada baixa. - tá tudo bem, sério, não se preocupe com isso. - disse rápido tentando olhar o estado da minha blusa atrás.
- tem certeza? Eu posso comprar outra pra vc se quiser. - disse me olhando nos olhos.
- Não preci - fui interrompida pela minha irmã.
- S/n , que demora praga, papai pensou que vc se perdeu aqui, oq vc ... MEU DEUS VC É A GAROTA DE CARROSSEL NÉ?! - Luiza gritou tão alto que eu tenho certeza q até quem estava do lado de fora do aeroporto ouviu. Que anta viu.
- Grita mais resto de aborto, acho q quem tá no Alaska ainda não ouviu - disse dando um tapa em sua nuca.
- Aí.. desculpa - disse esfregando onde eu bati. - Desculpa... Maísa né? É que eu me empolguei. - Riu Sem graça.
Quando eu ia falar alguma coisa meu pedido foi chamado.
- É o meu - disse e me virei pra caminhar até a moça que me esperava. Quando eu ia entregar o cartão uma mão me para.
- Deixa que eu pago . - Maísa disse, eu ia recusar mais ela foi mais rápida - eu preciso me desculpar de alguma forma pela sua blusa.
-oq houve com sua blusa. - Luiza perguntou. Me virei de costa. - Ah!
- Pse. - disse balançando a cabeça.
- Pensa pelo lado bom S/a , foi sua crush de infância que fez, pode guardar de lembrança. - A boca aberta do resto de aborto que eu carinhosamente chamo de irmã disse.
- Crush de infância? - Maísa pergunta me olhando divertida. Olho de Maísa pra Luiza e de Luiza pra Maísa.
- Ops.. - minha irmã diz colocando a mão na boca.
- Cara eu só não te mato pq mamãe e papai ficariam arrasados. - disse entre dentes.
- Foi mal - sussurrou e saiu andando.
- Então... Crush .. - Maísa prendia a risada. Claro q ela tá adorando isso.
- É ... Minha irmã n sabe oq fala, liga pra ela n - Disse querendo sumir dali. Por favor deus abra um buraco no chão e me engula. Pensei.
- É fofo. Não precisa ficar envergonhada. - Ela ainda sorria pra mim. Será que as bochechas dela n dói?
- ahm... Eu preciso ir. - disse apontando pra direção onde minha irmã havia saído.
- ok. Me desculpa de novo tá. - disse e me abraçou.
- tá tudo bem - sussurrei ainda estática no abraço.
Quando nos separamos ela me olhou e soltou um riso soprado. Eu sei que tô tão vermelha quanto um tomate.
- Tchau S/n! - acenou pra mim e saiu.
Fiquei ali, parada que nem idiota olhando a porta por onde ela saiu.
- Vamo logo praga, vai ficar aí até quando? - me assusto com a voz da minha irmã.
- Cala a boca - digo e saio andando.
Durante todo o vôo e a vagem Luiza ficou enchendo meu saco pelo que aconteceu no aeroporto e meus pais ficaram rindo em vez de me apoiarem. Onde já se viu isso? Eu hein!
Pelo menos eu conheci minha crush de infância. Até q n foi TÃO ruim ter acordado cedo naquele dia.

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