Estou de Volta

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Acordei assustada, olhando para minhas mãos inteiras, era tudo branco e em uma das minhas mãos havia uma agulha ligado ao um cano pendurada em uma bolsa de soro e alguns curativos no meu corpo.
- Socorro! Eu gritei e varias pessoas apareceram na sala vestidos de branco.
- Alguém! ei...! Eu gritei assustada. E me seguraram com força aplicando uma agulha em meu braço.
Depois de um tempo acordei me sentando na cama assustada e havia uma mulher sentada que se aproximou e pegou em minha mão.
- Quem eu sou?
- Seu nome é Maggi e sofreu um acidente de carro a 1 ano atrás. Exatamente a 1 ano.
Me afastei assustada quase sem lembrar de nada. Apenas me lembrava vagamente de uma luz muito branca em minha direção.
- Quem é você?
- Calma querida, eu sou sua mãe.
Eu assustei e olhei de baixo a cima naquela mulher que era uma estranha pra mim. Comecei a olhar para todos os lados e observava desenhos por toda parede.
- Oque é isso? Apontei para um desenho de uma carruagem preta.
- Eu não sei dizer bem. Você começou mexer as mãos enquanto dormia então, demos a você papel e caneta, esse foi o primeiro desenho que fez.
- O que aconteceu comigo? Eu disse tirando a agulha e me levantando.
- Não! A mulher dizia tentando me colocar na cama eu a empurrei e fui até a parede e peguei todos os meus desenhos e joguei em uma sacola e sai andando ainda com uma agulha no pescoço ainda vestida com roupas de hospital sai pelos corredores a procura de uma saída.
- Espere minha filha! A mulher disse desesperada correndo atrás de mim, outros médicos apareceram para me segurar.
- Eu não sou sua filha, minha mãe esta morte. Eu disse furiosa sem olhar pra trás. A mulher chorando falou desesperada.
- Não, eu sou sua mãe. Maggi por favor tente se recorda.
Por um breve momento todas as lembranças do que eu havia vivido veio na minha cabeça, me virei para mulher.
- Meu nome e Amy Gren de Castill.
Muitos médicos e enfermeiras me rodearam tentando me segurar eu Olhei para mulher que dizia ser minha mãe e ela avia desaparecido do local onde estava.
- Por favor senhora, fique calma.
Eu me debato por alguns segundos, mas alguém que não vi me aplicou um calmante.
Acordei novamente, olhei no relógio era 1hr04mn da madrugada. Tentei me levantar e vi que meus pés e minhas mãos estavam amarradas.
- Eu preciso sair daqui. Como eu voltei? Preciso sair daqui!
Eu disse me debatendo na cama. Eu Fechei os meus olhos e senti minhas mãos queimar e fez se chamas em minhas mãos derretendo as cordas. Então desamarro meus pés, levantei e sai andando carregando a bolsa de soro até a porta. Voltei e peguei a sacola de desenhos e joguei dentro da lixeira colocando fogo em seguida sai do hospital.
Passei em frente uma loja e vi umas roupas pretas. Eu quebrei o vidro o alarme tocou, peguei as roupas rapidamente e sai e vesti em uma rua escura. Voltei pela mesma rua e vi vários carros de polícia.
- Oque aconteceu aqui? Perguntei a uma moça que estava chorando.
- Roubaram minha loja. Ela disse limpando as lágrimas.
- Ainda bem que ninguém se feriu! Eu disse colocando a mão em seu ombro e sai andando. Olhei para trás ela me observava e sorri. E virei a esquina andando lentamente e desapareci da sua vista e de seu olhar desconfiado. Andei por algumas ruas e parei em uma praça, sentei no banco e já amanhecendo observava alguns casais andando em patos de pedal em um lago, com o sol nascendo e sorri meia sem jeito, pois eu nunca viveria essa vida, nunca seria uma pessoa normal e fui separada do meu amado Pitter, coloquei a mão em minha testa e abaixo a cabeça, pensando em todos os momentos que passei com ele.

- Você está bem moça? Uma mulher perguntou colocando sua mão fria em minhas costas. Pulei do banco assustada e virei para ela com olhar assustado. Não poderia confiar em ninguém.
- Quem é você? Perguntei nervosa.
- Meu nome é Joana. Te vi sentada de cabeça baixa e fiquei preocupada com o estado que você se encontra. Ela disse se sentando no banco.

- Eu estou bem, obrigada. Sai andando pela calçada. Olhei para trás a mulher estava me observando. Confesso que fiquei um pouco assustada com os seus olhares, alongo os meus passos e sai depressa daquela praça. Continuei andando pelas ruas, por horas senti como se estivesse sendo seguida. Pela cidade encontrei lugar para comer e descansar. Depois de algumas horas andando, entrei em um beco escuro, já quase escurecendo e me escondi atrás de um muro sujo e úmido. Vi a sombra de alguém passando, segui silenciosamente a pessoa e a empurrei com um vento muito forte na parede e ela caiu no chão.

- Por que está me seguindo? Perguntei com voz tremula. A mulher se virou para mim e com o rosto ainda nas sombra pude perceber que se tratava de Hanna, nada mais nada menos que ela, estava aqui na terra, no meu mundo. Mas como chegou aqui? Corri até ela e abraço bem forte. – Me perdoe Hanna, não sabia que era você.
Ela me abraçou ainda gemendo de dor, a encostei na parede, ela não dizia nada olhou para trás de min, e ai eu senti a presença de uma outra pessoa, atrás de mim.

- Vocês estão bem? Ouvi a voz roca e tensa de um homem que tocou a mão forte e quente em meu ombro. Olhei para trás e não pude acreditar em quem eu estava vendo, meu coração bateu mais forte e senti meu rosto ficar vermelho, não sei se era de raiva ou de vontade de beija lo, seja como for ele é um covarde e traidor.
- Traidor! Eu escandalizo um grito. E Hanna se levantou ainda com dificuldades.
- Não é oque parece. Pitter tentou se explicar e Hanna o interrompeu de se aproximar de mim.
- Escute o, majestade!
- Não escutarei nem se me obrigasse. Eu disse horrorizada por que ele solta uma risada irônica.
- Você entenderá. Ele conclui, logo em seguida pegou uma pedra rocha de sua bolsa e a jogou no chão, formando um enorme buraco de luz que me fez fechar os olhos diante da claridade. Foi como a primeira vez que acordei em Castilla. E realmente eu voltei para lá, quis muito como na primeira vez, que tudo fosse um sonho.

Depois da terraOnde histórias criam vida. Descubra agora