Grunge

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- Eu sou Gren de Castil.
- Pai? Eu disse assustada me levantando e dando um passo para trás.
- Você me conhecê? Ele disse se aproximando.
- Se afasta!  Disse Webert que apareceu apontando a sua espada.
- Não, ele é o meu pai!
Webert ficou surpreso e assustado observou o homem, que só coçava a cabeça. Parecia confuso sem entender nada.
- O rei de Castilla está morto, majestade! Disse confuso Webert confuso.
- É oque dizem! Não o viram mais, não sabem. 
Tentei encontrar uma explicação, porém eu desconfiava daquele homem muito estranho.
Webert radiava o homem observando suas veste e se tinha arma. Então acertou uma pedra na sua cabeça.
- Você matou ele? Eu disse assutada.
- Não. Ele esta desmaiado.
Webert saio e eu fiquei olhando o homem. Me ajoelhei ao seu lado e observei seu rosto.
- Pai! Você voltou!
Disse emocionada alisando seu rosto.
- Você é fraca! Disse o velho que apareceu do meu lado do nada. - Mata ele! Você é a rainha. Mata ele!
Disse repetida vezes.
- Sai daqui! Eu disse empurrando ele.
Então ele apareceu enforcando meu pai com as mãos eu vi ele sufocando. Ele ficava roxo.
Eu pulei em cima dele e peguei uma faca que guardava e enfiei varias vezes em seu pescoço.
- Eu não sou fraca! Não sou. Eu dizia enquanto esfaqueava seu pescoço. - Eu não sou! Eu gritei.
Quando Pitter me tirou de cima dele e me agarrando pela cintura.
- Está tudo bem agora! Você é forte.
E eu continuava dizendo que não era fraca. Fiquei perdida sem controle e os pés de coco começaram a balançar e a água a criar ondas enorme, e no céu raios e trovões começaram a surgir.
- Calma! Pitter dizia enquanto eu gritava. Me debato até cortar o braço de dele sem querer com a faca e ele me soltou.
Eu parei e olhei para Pitter que segurava o braço. Continuei dizendo que não era fraca.
O grande barco que havíamos conseguido estava no mar onde eu criava grandes ondas.
- Olha lá! Hanna disse apontando para mar enquanto carregava meu pai com os outros. Eu olhei e vi  Grunge como era chamado o mostro do mar. Fui andando até sua direção.
- Não, não. Para. Dizia Pitter tentando me puxar. Mas sua força não chegava nem perto da minha, quando estava sendo controlada pela fúria.
Eu entrei flutuando no mar e olhei pro lado sem piscar em nem um momento. Joguei o barco para fora do mar com o vento.
Parei no meio do mar e não vi mais Grunge. Avia desaparecido. Como?
Eu olhei para frente e vi de longe suas barbatanas como de um tubarão mas eram espinhos enormes. Estava vindo em minha direção, eu comecei a rodar fazendo um grande moinho de água. E joguei todo sobre Grunge. Ela se ergueu ficando maior que eu. Ela tinha enormes dentes e vários olhos. Era como uma grande serpente. Abria a boca e fazia um barulho muito grande. Eu Ergui minha mão e joguei na boca dela uma grande chama de fogo. Assim ela entrou na água e desapareceu. Quando percebi que ela não iria mais voltar eu fui caindo na água.
Algumas horas depois...
Eu abri meus olhos quase sem conseguir. Doía as minhas pálpebras. Estava escuro e não avia lua. Ainda estava na praia. Me levantei lentamente e olhei para todos os lados e não vi ninguém. Eu não estava mais perto do meu exército.
- Ei! Eu gritei desesperada e ninguém apareceu.
Eu andei por algum tempo. Minha boca estava ficando seca, estava com cede e a noite estava muito fria, estava gelada, molhada e tremendo.  Andei mais um pouco e vi de longe uma mulher.
- Majestade!  Ouvi a voz de Hanna que gritou correndo em minha direção. Hanna se aproximou e eu desmaiei em seu colo. Fraca e com cede.
Acordei um tempo depois deitada no colo de Hanna que secava meu rosto com um pano molhado quente. Eu ainda de olhos fechados senti o pano úmido passando delicadamente na minha boca.
- Água. Eu pedi a ela que imediatamente ergueu meu pescoço e colocou água na minha boca. Eu abri meus olhos e não vi nada nem o navio e nem os homens. Eu ia me levantando mas Hanna não deixou me colocou deitada e se levantou.
- Estão todos do outro lado da ilha. Você foi trazida para cá pela correnteza. Temos que ir agora ou você ira morrer de frio.
Eu não respondi levantei e ela colocou um coberto de couro em minhas costas. – Vamos! Ela disse e eu apenas a segui sem questionar.
Andamos um pouco em silêncio mas a minha cabeça estava em meu pai.
- Onde está meu pai? Eu disse com dificuldade de falar com os dente batendo um no outro.
- Fique quieta! Ela disse parando e pegando sua espada. Eu fiquei assustada e me aproximei dela. - Foi só um barulho. Disse baixando a guarda. – Seu pai está bem!
- E Pitter? Eu perguntei e ela se esquivou.
- Pitter está a sua procura do outro lado da ilha. Ela disse parando e sempre olhando o movimento. – Vamos fazer uma fogueira, ou você não ira aguentar. Ela saiu e voltou com algumas toras de madeira. Foi mexendo para acender o fogo.
- Quando você caiu na água ele queria ir atrás de você. Webert não deixou. Ele a ama, majestade.
Hanna disse com olhar triste.
- E você o ama! Eu disse desconfiada do seu olhar de decepção ao dizer que ele me amava.
Hanna deu um passo para trás. Assutada e com vergonha me olhou.
- Perdão majestade. Disse se ajoelhando.
- Não me pesa perdão. Ninguém controla os sentimentos.
Eu disse pegando em sua mão e ela se sentou mais próxima da fogueira.
- Quando eramos crianças, saiamos para caçar esquilos. Tomávamos banho no rio. Ele dizia que íamos nos casar quando fôssemos maiores.
Hanna dizia de cabeça baixa. - Mas ele era um príncipe, e eu? Eu era a filha da criada, eu estava lá para servi-lo. Quando adolescente ele foi embora  e eu não o vi mais. Fiz um teste para guarda real. E eu sirvo ão seu rei. Nós reencontramos e ele não sente o mesmo.  Hanna olhou para min já com lágrimas nos olhos. – Ele te ama, desde que soube que viria.
Hanna se levantou limpando as lagrimas dos olhos. Pegou em sua sacola umas frutas e pão. – Coma, vamos parti a pouco. E você está fraca.
Hanna se afastou e foi para beira do mar.
- Amy! Ouvi uma voz gritando vindo de longe. Era Pitter vindo correndo de um lado da ilha. Eu me levantei e ele veio correndo e me abraçou. Caímos e ele ficou em cima de min, sorrindo e olhando em meus olhos. – Eu te amo, em perdoe.
Ele disse tirando o cabelo do meu rosto e me beijando. Eu fiquei preocupada com Hanna e seus sentimento mas eu não poderia fugir dos meus. Eu amava Pitter e por mais que estávamos brigando ele não me abandonou esteve sempre preocupado e a posto para me salvar.
Eu abracei Pitter e ele colocou sua testa em meu ombro. Senti sua respiração cansada em meu pescoço. Olhei para Hanna ela não estava olhando, estava de cabeça erguida. Ela era forte, uma verdadeira guerreira.
– Eu também te amo. Eu disse e Pitter se levantou e me puxou. Sentamos mais perto do fogo e ele me abraçou. Hanna se aproximou e sentou mais longe de nós, mas perto da fogueira.
- Coma! Você vai morrer de fome.
Pitter pegou o pão e me deu na mão. Hanna observava com um olhar triste. Hanna olhou para Pitter e ele para ela.
- Coloque nela o coberto, ela ira morrer de frio. Hanna disse jogando o coberto que estava no chão para Pitter.
Ele não questionou, apenas pegou o cobertor e colocou em minhas costas. - Coma! Hanna insistiu.
Pitter me abraçava com força, cheirando meus cabelos.
- Vou buscar mais lenha. Hanna disse se levantando e saiu andando.
-  Ela te ama! Disse me sentando e encostando minha cabeça no ombro dele.
Pitter observou ela indo andando até não a ver mais.
- Eu sei! Ele disse alisando minhas costas. - Mas eu amo você.
- Eu sei. Eu disse com firmeza.
Pitter me abraçou e beijou minha cabeça. Se levantou tirando as roupas e indo pro mar.
- Você vai morrer de frio. Ele não me escutou.
Olhei pros lados. Rindo dele mergulhando. Procurei Hanna que tinha  buscar lenha e não voltou, fazia tempo.
Um tempo depois, escutei um barulho, como se alguém estivesse se aproximando com cautela.
- Pitter! Eu disse quase sussurrando.
Ele estava muito longe. Nem escutou por isso não se virou para me olhar.
Assustada eu me levantei e observei os movimentos. Quando senti uma mão na minha boca.  Me virei. Era Hanna. Fiquei mais aliviada e Hanna fez um sinal com a mão, supostamente me mandando ficar quieta. Olhei para o mar e não vi Pitter.
- Onde está Pitter? Hanna perguntou olhando para todos os lados. De repente ouvimos algo atrás de umas pedras. Hanna foi até lá com sua espada na mão. Silenciosamente ela foi se aproximando. E Pitter saio de trás das pedras, vestindo sua roupa.
- Oque foi? Ele perguntou assutado, pegando sua espada no chão e segurando minha mão.
- Temos que sair daqui. Eu vi um deles! Hanna disse recolhendo as coisas.
- Onde? Podemos pega lo! Pitter disse saindo e olhando para a mata.
- É um da noite.
Pitter ficou assustado, recuando seus passos, recolheu suas coisas e segurou em minha mão.
- Vamos!
- Do que estamos fugindo? Perguntei sem intender a situação.
- Os corvos de Tyrty. Eles estão procurando informações de você e isso não basta.
Ela disse parando de arrumar as coisas e pegando sua espada. - Ouvi alguma coisa! Ela disse se levantando pois estava ajoelhada.
Pitter abriu os braços deixando as coisas cair no chão, segurando sua espada e ficou na minha frente.
- Xii! Ele disse.
Talvez estivesse ouvindo o som auto da minha respiração. Pois era a única coisa que fazia barulho naquele momento.
- Prende o ar. Hanna disse amedrontada olhando para todos os lados, como se estivéssemos cercados.
- Prender o ar? Vamos morrer! Eu perguntei confusa.
- Prende agora! Hanna gritou quando saíram da escuridão, homens que pareciam sombras, eram rápidos e negros. Eu fechei os olhos e um grande escudo se fechou ao redor de nós. E as sombras lá fora caíram e sumiram na areia.
- Quem fez isso? Eu perguntei depois que o escudo fechou. Hanna deu as costas e saio andando. Pitter juntou as coisas. Fui atrás de Hanna que a cada passo ela andava mais rápido.
Toquei em seu ombro e ela se virou.
- Você fez aquilo? Pergunto surpresa.
- Não, você fez aquilo! Ela disse com firmeza.
Eu olhei em seus olhos e ela se firmou segura em sua espada.
- Eu prendi o ar! Eu disse tentando convence lá dizer a verdade.
- Você fez aquilo! Hanna insistiu com voz firme.
Eu não questionaria mais, isso seria inútil. De nada adiantaria.
- Eu sei e você sabe que não foi eu que fiz aquilo. Disse dando as costas para ela que continuou de cabeça baixa.
Andei até Pitter que nos observava.
- Temos que ir!
Olhei para Hanna que já não estava mais no mesmo lugar. - Vamos! Conclui.
- Ela vai nos seguir! Ela é uma boa rastreadora. Pitter disse pegando as coisas.
Saímos. Eu andava atrás de Pitter seguindo seus passos. Estava com frio e cansada. Eu andava observando os coqueiros balança. As vezes parava e olhava para trás, com a esperança de ver Hanna, mas nada dela. Pitter sempre em silêncio.
Chegamos no acampamento e apenas alguns guerreiros de vigia e os outros dormiam. O sol já ia se pôr, quando Pitter saiu sem dizer nada, sem olhar para min parecia hipnotizado. e eu fui para uma barraca, me deito. Dormi um pouco, me levantei e sai da barraca e observei a procura de Hanna ou de Pitter.
- Princesa! Ouvi uma voz estranha que se aproximou de mim em passos lentos.
- Princesa? Perguntei em tom de duvida, sem entender, já que só me chamavam de majestade.
- Meu rei, seu pai a espera em seus aposentos.
- Quem é você? Perguntei observando rapaz que aparentava ter 16 anos.
- Sou do seu exercito de ladrões, majestade.
- Porque me chama de princesa e  agora de majestade?
Ele abaixou a cabeça.
- Seu Pai disse que você é a nossa princesa. Embora estejamos acostumados a ter como majestade, será difícil acostumar.
Apenas balanço a cabeça. Entendo.
- Me acompanhe! Ele disse andando em passos longos e rápidos.
O segui lentamente observando todos o guerreiros que sorriam ao me ver e eu retribuía com o mesmo sorriso e acenando. Todos por certo tinham adoração por mim.
- Por aqui, Majestade. Ele disse me deixando na porta da Barraca e se retirando, sem nem esperar um obrigada.
Entrei meio tremula, pois era o meu pai. Pitter e Webert estavam do seu lado, em pé cada um de um lado.
- Está com armas? Perguntou o rei apontando para mim e Pitter veio em minha direção me revistando.
- Não me toca, sai! Disse o empurrando e batendo as mãos na mesa. – Eu sou a sua filha! Olha para mim. Estava frustrada.
Eu dizia em lágrimas e Webert me tirou da barraca me puxando pelos braços e me empurrando para fora e me jogou no chão.
Todos rodearam a barraca e um dos guerreiros me ajudou a levantar. Trish se aproximou com seus soldados e me olhou fixamente e eu entendi seu olhar de que algo estava errado com o rei.
- Covardes! Eu gritei olhando para barraca. Trish me segurou pelos braços me puxando para fora.
- Acalme se majestade. Disse me sentando em uma pedra e ordenando que pegassem água.
- Vou mostrar a eles como se faz no meu mundo.
Disse indo para barraca, onde meus guerreiros estavam tampando a passagem. Olhei para eles confusa. Me tratariam da mesma forma? Me virei para sair e eles liberaram a passagem e eu sorri.
- Filhos da... Ia dizendo quando Trish colocou a mão em minha boca e me arrastou para longe.
Pitter e Webert saíram para fora com suas espadas na mão.
- Desculpa. Eu disse para Trish e o joguei para longe com uma grande força vinda do ar. Me aproximei da barraca onde só estava Pitter e Webert.
- Não nos obrigue a mata lá. Pitter disse com tom ameaçador.
- O que esta fazendo?
- Defendendo o meu rei.
Disse ele apontando sua espada para mim.
- Então eu defenderei o meu reino do seu rei.
Eu disse abrindo os meus braços e os jogando para longe com um vento forte. Entrei na barraca em seguida, apontei mão no pescoço do rei, ele levantou sua cabeça me olhou fixamente.
- Sabe oque faço com quem  ameaça meu reino? Eu disse firme e ele sorriu de lado.
- Seu reino? Quem pensa que é? Este não é seu mundo e nem seu reino.
Eu não me abati, peguei minha mão e aperto enforcando com todo ódio que sentia.
- Você não é meu pai! Eu gritei quando alguém bateu na cabeça e não pude ver mais nada.
Algumas horas depois...
Acordei assustada com uma dor horrível na cabeça amarrada, olhei ao redor e via todos me olhando com olhares triste. Sem entender oque estava acontecendo eu gritei por ajuda desesperadamente e ninguém se move.
- Guerreiros e ladrões aqui vocês vão presenciarar a partida de Amy Gren de Castilla a sua majestade. Ela voltará para onde nunca deveria ter saído. Olhei para Pitter que estava sério sem piscar, por alguns segundos pude ver dentro dos olhos dele uma tristeza profunda e o brilho dos seus olhos apaixonados ao me olhar por um breve momento, olhei novamente para meu pai que ficou exposto ao sol por alguns minutos e eu pude ver uma sombra negra sobre ele.
- Bruxa! Eu disse olhando fixamente no olhos da bruxa que se passava pelo meu pai. Ela riu alto e lançou em mim uma luz branca.
- Você vai queimar. Eu disse e ela sorriu.
- E quem ira me queimar?
Eu levantei a cabeça e sorri debochando e joguei uma chama de fogo em sua roupa e ele gritava queimando.
- Amy! Pitter gritou vindo me desamarra.
E tudo foi desaparecendo aos poucos, como da primeira vez que cheguei.
- Eu estou indo embora. Peguei na mão de Pitter que já quase não existia e sorri. Beijei sua boca pela última vez e tudo sumiu.
Virou um branco, como se nunca houvesse existido tudo oque vivi.

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