Capítulo 61 - Arco 5 Mundo Percy Jackson e os olimpianos (8)

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Depois do fim daquele primeiro confronto contra o exército de Chronos, a vida não ficou mais fácil, e sim mais complicada. Para dar um jeito de tomar a dianteira contra os numerosos inimigos, e o principal culpado de toda essa bagunça, todos os campistas estavam desesperados para dar um jeito em Luke Castellan, principalmente se isso envolvia decapitar a cabeça dele com uma espada.

Graças ao coração mole de Percy Jackson, o último seguidor que o grupo do inimigo precisava para que o senhor do tempo revivesse em um novo corpo, sendo esse o de Luke, quando a hora chegasse, foi concluído, com o traidor Ethan Nakamura se juntando as fileiras dos titãs.

Pelo menos foi isso que William conseguiu captar dos pensamentos e memórias de Percy, Annabeth, Nico e Grover quando leu suas mentes para ficar informado de onde estava o rumo do destino atualmente.

Sua vida no acampamento encontrou uma espécie de rotina atualmente, e ele não era mais temido como uma doença contagiosa, e agora era respeitado e admirado como um dos principais heróis que lutou ativamente na defesa do acampamento.

Seus amigos gêmeos pela primeira vez ganharam reconhecimento por sua bravura em batalha, e respeito pelos novos poderes despertados na batalha, com ninguém se atrevendo mais a zombar deles por serem apenas os filhos do cara do vinho.

Dionísio, ou Sr. D como todos chamavam, ficou muito surpreso e radiante quando ouviu os louvores em relação aos seus filhos na batalha, e também veio falar com William em particular e o abençoar para nunca ficar com fome em casos de sobrevivência, pois a natureza sempre o protegeria e o alimentaria.

E visto que Dionísio era basicamente considerado o deus da natureza no lugar de Pã, isso foi basicamente uma ampla proteção para William. Ele apenas não sabia se essa benção o seguiria para as próximas vidas.

O fim do verão chegou, e era hora de retornar para a casa no mundo mortal, e para a escola novamente. William se despediu dos amigos gêmeos que tinha formado laços muito fortes esse ano, e também ganhou sua primeira conta de acampamento, preso num colar.

Por causa do fim do antigo labirinto, a conta tinha o desenho de um intrincado labirinto, por causa da batalha do labirinto que todos os campistas resolveram nomear, e nas laterais, tinham duas penas verdes de pavão, simbolizando a entrada histórica do primeiro filho semideus da rainha do Olimpo, nunca antes nascido na história mitológica.

William voltou para a casa, encontrando seu pai, Richard Wilson, ainda tão grande e seguro como ele sempre lembrava. Dando um largo sorriso por poder retornar vivo para encontrar seu pai, William foi correndo do portal para o outro lado na colina para os braços de seu pai que o esperava fora do carro, onde ele o segurou firme quando ele pulou nos braços dele e o abraçou.

- Eu senti sua falta, pai. Muito. – William disse meio choroso enquanto abraçava o pescoço do pai, que o segurava como um bebê.

- Pronto filho. Você está seguro agora comigo. Venha, temos muito o que por em dia. – Richard falou com um sorriso de saudade e amor, apesar de seus olhos ficarem cheios de preocupação com as mudanças que percebeu no filho.

Um ar mais valente, mesmo com a expressão de alegria do filho e seu jeito infantil, Richard ainda percebeu a mudança na aura. Seu filho de um mercenário qualificado, um assassino treinado por ele e seus parceiros, agora tinha o ar de um herói ao seu redor. Um guardião e um protetor.

Se Richard apostava bem, seu filho passou por uma grande batalha de vida ou morte nesse verão, e com isso amadureceu no processo.

Ao voltar para a mansão Wilson, que ainda estava do mesmo jeito que deixou, toda branca do estilo americano, com mais espaço do que os dois homens poderiam usar na vida, depois de deixar o mordomo estacionar o carro na garagem, ambos tomaram banho juntos como antes, e foi lá que Richard percebeu algumas cicatrizes novas, pois ele já tinha na mente as outras que o filho recebeu viajando pelo mundo com ele.

Depois de jantarem, Richard trouxe seu garoto para dormir com ele na cama, pois queria ouvir pessoalmente tudo o que tinha acontecido no verão.

E depois de ouvir seu filho terminar de contar tudo, expressões de choque, medo, espanto, aceitação e orgulho foram amplamente expressadas em seu rosto, o fazendo suspirar no final.

- Não tem jeito de você apenas viver normalmente, não é filho? – Richard perguntou num tom sem esperança, sentindo a mão do filho alisar seu cabelo em consolo.

- Desculpe pai. No momento que um herói nasce, o destino dele é lutar para sempre até chegar o dia de ser entrevistado pelo deus do submundo, onde eu serei julgado para ir para os Elíseos ou o tártaro. – William falou com um sorriso sem medo algum.

- Eu entendo. Não vou lamentar nada. Eu sou pai de um herói. O que eu devo fazer, é estar preparado para lutar por você se precisar, e dar minha vida para protege-lo. Mas o que eu nunca imaginei, foi que sua mãe seria a própria rainha dos deuses. – Richard falou com um sorriso nostálgico ao lembrar e agora poder ter um nome para associar a mulher divina que o presenteou com seu filho, que foi seu pequeno milagre.

- A mãe falou muito bem de você pai. Afinal, você foi o único homem em toda a mitologia grega, a fazer a senhora do Olimpo aceitar quebrar seus votos, e a entregar um pouco do verdadeiro amor e carinho. Quando ela falou de você, ela tinha um sorriso gentil. E isso é muito quando se fala dela. – William falou com um sorriso, enquanto bocejava de leve, esfregando os olhos.

- Pronto, vamos dormir. Você está quase dormindo aí. – Richard falou ao notar seu filho quase desmaiando de sono. Ajeitando o garoto para ficar confortável no travesseiro ao seu lado, o cobriu com o lençol branco, e fez carinho no cabelo do filho, enquanto se acomodava também.

- Will. A batalha que virá para nós, será tão feia assim, não é? – Richard fez a última pergunta que fez William abrir seus olhos por um tempo.

- Sim, pai. Lutaremos contra os titãs, e o próprio senhor do tempo. Da mitologia grega, você deve saber quão poderosos são esses monstros. Eu vou fazer tudo o que puder para voltar para você, mas você deve estar preparado para o pior. Lembre-se que o destino de um herói quase que na maioria das vezes é trágico. Mas eu vou lutar. Por você. Eu te amo, papai. – William disse sonolento, mas com uma voz determinada.

Se aconchegando nos braços do pai, ao sentir aquele porto seguro o manter em segurança, ouviu as batidas do coração do pai que eram lentas e calmas, e assim sem preocupações dormiu como um anjo.

Richard olhou de forma complicada para o seu querido garoto dormindo como um bebê em seus braços, e seu coração não podia deixar de ficar preocupado e ansioso ao imaginar seu garoto morrendo numa guerra com monstros e titãs. Mas por outro lado, ele torceria por ele, e rezaria para a mãe dele protege-lo.

- Querida Hera, se você pode me ouvir, por favor proteja nosso menino. Eu só tenho ele que ilumina minha vida depois de sua partida. Não o deixe morrer, meu bem. Eu o amo demais. O proteja, por favor. – Richard, que não era um homem de rezar, pela primeira vez orou para sua ex-mulher, uma deusa, e mãe do seu filho, pedindo proteção para ele.

Olimpo.

Hera no momento, estava com dor de cabeça preocupada com o rumo da guerra que se aproximava de estourar, enquanto ao mesmo tempo, estava orgulhosa das conquistas do seu filho na batalha do labirinto recente.

Zeus não gostava que ela ficasse observando, mas Hera o ignorou como sempre. Ele deveria ficar grato que ela largou um pouco o pé daquela garota irritante que se juntou a Artêmis.

Hera observou a interação do filho com os filhos de Dionísio, e sentiu que o destino de um dos gêmeos tinha mudado graças ao filho, e sorriu, mesmo que estivesse preocupada com que o destino faria.

Enquanto estava perdida em pensamentos, ouviu uma oração de uma voz familiar, e usando sua divindade, encontrou a fonte, e sorriu para a imagem calorosa e cheia de amor.

O único homem que a fez sentir o que era realmente ser amada, e que ela podia totalmente ver como seria se ela fosse uma mortal junto dele. Uma esposa que não seria traída, decepcionada, sendo amada, mimada, e feliz por um curto tempo até seus cabelos ficarem brancos juntos.

Hera ouviu a oração dele pedindo para proteger William, e sua expressão se tornou firme. Em troca de ver o filho e o homem dormindo abraçados com um sorriso relaxado, Hera abençoou o homem que lhe mostrou o amor, confiança, respeito e carinho para que ele encontrasse uma esposa amorosa, para que ele tivesse uma verdadeira família.

Transmigração Rápida: A Lenda de WilliamOnde histórias criam vida. Descubra agora