Capítulo 126 - Arco 13 Cinderela (4)

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Depois continuar seguindo o caminho que seu amante apontou mais cedo, Adam finalmente viu o fim da floresta maldita que parecia nunca chegar ao fim, e a primeira coisa que ele viu, foi um muro branco baixo, com um portão de madeira sem nenhuma segurança.

O que ele ouviu de longe foi uma cantoria de vozes desafinadas, e um monte de vapor subindo por cima da cerca. Quando Adam passou pelo portão, ficou surpreso ao ver a própria Alice sentada a longa mesa cheia de jogos de chá, bolos e biscoitos com vários potes de manteiga e geleia espalhadas por toda a mesa.

- Como ela chegou aqui antes de mim? – Adam perguntou estreitando os olhos pro seu gato preguiçoso descansando sem seus ombros.

- Miau, quem sabe? Ela é a protagonista aqui. O mundo vai dar um jeito dela chegar aqui. Pode ser cedo ou tarde. O mundo decidiu que seria cedo. – Mestre gato falou enquanto lambia sua pata preguiçosamente deitado como um cachecol no pescoço do seu macho.

- Claro, a maldição do protagonismo. – Adam resmungou insatisfeito e entrou no jardim chamando atenção, pois no momento ele não estava se ocultando.

- Chester! Há quanto tempo não nos visita? Não quer tomar um chá? Hahaha; - A lebre maluca vestida com um terno vermelho perguntou com os olhos girando enquanto ria, e suas orelhas dobravam em variadas formas.

- Não seja mal-educado. Temos um outro convidado. Aceita uma xícara de chá? – O único "aparentemente" humano na mesa falou com um sorriso. O chapeleiro doido com sua cartola verde gigante na cabeça enquanto derramava o chá fumegante numa nova xícara.

- Miau, eu estava guiando esse aqui. Você conseguiu um chá novo miau? – O mestre Gato perguntou com um sorriso largo girando sua cabeça cantarolando, fazendo Adam suspirar internamente que seu gato também não batia muito bem da cabeça nesse reino maluco.

Adam sentou ao lado da garota loira que agora o observava curiosa enquanto ele colocava seu gato em cima da mesa, e o observava encantado sentar elegantemente com o corpo ereto para cima, pegar uma xícara, e derramar o chá de forma elegante antes de tomar com um sorriso.

- Me desculpe, senhor... – Adam ouviu a voz da garota e ainda com um sorriso de observar seu gato fascinado levantou a sobrancelha pelo olhar hesitante da garota.

- Adam. Me chame de Adam. E não precisa me chamar de senhor. Temos quase a mesma idade sabe. O que foi? – Adam perguntou de forma descontraída pegando uma xícara cheia de chá, antes que fosse levada pela lebre que ria enquanto pegava a faca e cortava a xícara com o chá dentro não derramando nada.

Observei fascinado. Como o chá não derramava, haveria alguma magia espacial no controle? Ou parou o tempo do corte para não deixar o chá escapar?

- Eu sou Alice. Por favor, poderia me dizer se tem uma forma de voltar pra casa? – Alice começou cansada de ter sido enganada e não ter resposta ao perguntar aos anfitriões malucos da mesa.

- Acho que a resposta está naquele carinha que está chegando. – Adam apontou para um vulto branco que veio correndo em alta velocidade ao pular o portão.

- É TARDE, É TARDE! – Um coelho branco de colete vermelho saltou correndo até o chapeleiro e falou rapidamente sobre como ele precisava pegar o atalho para chegar até a rainha.

Adam observou divertido os malucos conversarem e mudar de assunto tão rápido que o deixava tonto tentando acompanhar.

As coisas saíram de risadas e chá, para a parte que o relógio de bolso do coelho fosse esmagado por um grande martelo de madeira, depois de tentar consertar o erro passando manteiga e geleia. A parte mais engraçada foi quando Alice começou a contar histórias sobre seu gato, mas isso desencadeou todo o pandemônio quando o ratinho dentro do bule saiu correndo como um doido pelo medo do gato.

Transmigração Rápida: A Lenda de WilliamOnde histórias criam vida. Descubra agora