Transmigração Rápida: A Lenda de William

Capítulo 21 - Arco 3 Mundo Naruto (4)

Depois de três horas de espera, quando todos os Genin foram levados por seus jonin sensei, o trio finalmente ouviu passos chegando até eles. Inosuke acordou quando Naruto saltou da cadeira até a porta, e colocou o apagador entre a porta e a entrada, como uma pegadinha para castigar o sensei.

Inosuke apenas bocejou, mas mantendo os olhos abertos com a cabeça deitada nos braços, esperou, e logo um ninja alto, robusto de cabelos brancos, com uma máscara cobrindo quase todo o rosto apareceu.

O apagador caiu na cabeça dele, mas ele apenas olhou para os três com um olhar entediado, os avaliando. Sentindo os olhos dele em si, Inosuke apenas levantou a sobrancelha e bocejou despreocupado.

- Minha avaliação de vocês, é que não gosto de vocês. Me sigam até o telhado. – Kakashi disse apático, desaparecendo numa nuvem de fumaça branca.

- Exibido. – Inosuke murmurou usando o jutsu Shunshin, desaparecendo ao mesmo tempo que Sasuke e Naruto, surgindo poucos segundos depois no telhado sentando nos degraus na frente de Kakashi que ficou surpreso pela velocidade dos três.

- Bom, formaremos um time até que vocês sejam promovidos a chunin, então se apresentem. – Kakashi falou sentado com as pernas cruzadas olhando para os garotos.

- Porque você não começa sensei, assim temos uma base do que dizer. – Inosuke falou enquanto colocava os braços atrás da cabeça e deitava no chão despreocupado.

- Eu? Bom, eu sou Kakashi Hatake. O que eu gosto? Gosto de muitas coisas. O que eu desgosto? Nah, não to afim de dizer pra vocês. Você o da direita, comece. – Kakashi apontou para Naruto, ouvindo o do meio resmungar que no final só tinha dito o nome e nada mais.

- Eu sou Naruto Uzumaki, gosto de lámen, e de treinar para ficar mais forte. Meu sonho é me tornar o maior Hokage. Assim toda a aldeia vai passar a me respeitar e não me desprezar. – Naruto falou confiante com um sorriso largo.

- Hm, agora você. – Kakashi apontou para o segundo loiro.

- Eu sou Inosuke Yamanaka, eu gosto de dango, e ficar com meus amigos. Meu sonho e objetivo, é ser o maior ninja médico do mundo, ultrapassando a velha sanin, Tsunade, para apoiar Naruto quando ele se transformar num Hokage um dia. – Inosuke revelou o seu objetivo atual, fazendo Naruto ficar comovido, que o fez ficar ainda mais determinado a virar um Hokage.

- Interessante, vai ter que trabalhar muito, Inosuke. E por fim, você. – Kakashi apontou para o garoto de cabelo preto.

- Eu sou Sasuke Uchiha. O que eu gosto é de ficar com esses dois. E meu sonho não é um sonho, pois é meu objetivo. Matarei uma certa pessoa, restabelecerei meu clã, e se for possível, virarei o comandante da ANBU no futuro. – Sasuke falou com a cara séria, enquanto seus olhos ficavam sombrios ao lembrar do assassino de sua família.

Kakashi avaliou que a dinâmica dos três era muito interessante, pois parecia que o jovem Yamanaka era o pilar que juntava os três, apesar dele poder sentir a rivalidade de Sasuke e Naruto. Ele olhou por mais alguns segundos o loiro deitado olhando pro céu, antes de voltar a falar.

- Nossa primeira reunião será amanhã no campo de treinamento 7, as oito. Não comam, ou vão vomitar. Adeus. – Kakashi deixou o aviso e desapareceu com o vento.

- Pelo menos essa chatice terminou, vamos pra casa pessoal. – Inosuke disse alto ao se espreguiçar, e juntos os três desapareceram num instante.

Depois de deixar Naruto e Sasuke em casa, Inosuke foi pra casa, onde foi recebido com o abraço esmagador de sua mãe, que o parabenizou por ter se tornado um Genin.

Depois de comer um grande almoço, Inosuke aproveitou que seu pai estava em casa, e foi colocar sua primeira ideia em prática. Andando pelo corredor extenso, chegou até a porta do escritório do pai, que ele podia sentir que ele estava lá dentro.

- Pai, posso falar com você? – Inosuke falou fora da porta, ouvindo o barulho de papel sendo assinado parar, com a voz firme do homem sendo ouvida.

- Entre, filho. – Inoichi falou surpreso, mas curioso para saber o que seu filho queria agora. Desde criança, ele sabia que seu filho era mais inteligente que o normal, e muito independente, se recusando a obter qualquer coisa fácil demais, se ele pudesse conseguir sozinho.

Inosuke entrou na sala, fechando a porta ao passar, sentando na poltrona em frente a mesa, encarando seu pai, que parecia quase uma versão mais velha sua.

- Qual o problema Suke? – Inoichi perguntou curioso ao sair de trás da mesa, chegar na cadeira ao lado do filho, o pegar nos braços colocando em seu colo, enquanto o abraçava e fazia carinho em seus cabelos loiros.

- Eu preciso da sua ajuda, pai. Como me tornei um Genin hoje, aposto que depois do teste de Kakashi-sensei amanhã, começaremos as missões. Eu preciso da sua ajuda para aprender jutsu médico no hospital. Teria como arranjar um professor para mim pai? Eu quero ser capaz de curar aqueles dois, se precisar. – Inosuke falou de olhos fechados, relaxando contra o abraço aconchegante e seguro do pai, aproveitando o carinho paterno.

- Hm, isso pode ser arranjado, filho. Mesmo que nosso clã não tenha muita experiência com Iryoninjutsu, como você já dominou todas as nossas técnicas yin, não vejo problemas em você se especializar em jutsu médico. Poderia até trazer uma nova coleção de jutsus, para repassar ao clã para quem estiver interessado em aprender, quando você se tornar um mestre na arte. Eu vou falar com o diretor do hospital de Konoha. Com seu controle de chakra atual, acredito que ele vai aceitar você como aluno. Mas se prepare, filho. Ser um Iryo ninja é um trabalho difícil, onde você será o primeiro alvo dos inimigos, e sempre terá que lutar contra o deus da morte para salvar seus pacientes. – Inoichi alertou o filho preocupado, mas orgulhoso pelo rumo que seu filho tomou para crescer no futuro.

- Não se preocupe pai. Eu vou me tornar o maior ninja médico do mundo, superior a Tsunade Senju, que quando todos mais precisaram das habilidades dela, nem deu as caras, quebrando a norma de um médico de salvar vidas. – Inosuke falou determinado. Ele não pode deixar de perceber, que parecia que as habilidades para salvar as pessoas tinham sido gravadas em sua alma, para sempre.