Capítulo 170 - Arco 18 Supernatural Fim (5)

110 18 18
                                    


Sam e Dean dentro das jaulas, sentiram calafrios na espinha, e seus instintos de perigo treinado em várias batalhas de vida ou morte contra monstros nas caçadas, claramente estava gritando que eles deveriam simplesmente correr, ou morreriam no segundo seguinte.

- D-Danny. – Dean tentou começar, mas logo ficou congelado quando aqueles olhos verdes gélidos, e mais brilhantes que o de Sammy o encarou o congelando no lugar.

- Meu nome é Daniel, Dean Winchester. O Danny que você conheceu, morreu no dia que virei um monstro. O que querem dizer? – Daniel apenas rebateu de forma fria, como um assassino impaciente para acabar com os dois, ignorando totalmente que um era o seu pai e o outro seu tio de sangue.

- Daniel. Eu sei que nada do que dissermos aqui, irá desculpar o nosso pecado que cometemos com você. Era pra você ter crescido conosco. O ensinaríamos, o veríamos crescer num homem adulto, lhe daríamos a primeira cerveja, lhe apresentaríamos uma garota para você entrar na vida adulta... – Dean começou a revelar tudo que estava por dentro, mas foi interrompido.

- Eu sou gay. – Daniel disse com um pequeno sorriso malicioso encarando a expressão congelada do tio e do pai, antes de Dean tossir e se recompor com uma expressão meio sem jeito, antes de falar firmemente.

- Um homem então. Apresentaríamos um cara legal, viveríamos juntos e lutaríamos juntos como uma família, pois apenas nós quatro sobramos da família. Minha maior dor, foi saber que você tinha desaparecido. Que o meu querido sobrinho foi levado por aquele filho da puta que estragou nossa família. Matou sua avó, levou seu avô, estragou seu pai, e ferrou comigo. Sei que pode soar inútil aos seus ouvidos depois de tudo que você passou, mas eu sinto muito Daniel. Eu nunca deixei de amar você. – Dean falou sinceramente com algumas lágrimas escapando ao encarar a expressão fria e furiosa do sobrinho que ele tinha pesadelos desde o dia em que ele desapareceu. Ele sempre acreditou que o menino estava vivo em algum lugar, apesar de não imaginar que ele teria passado por tudo isso, mas seus pesadelos, o rostinho pequeno dele sempre aparecia o culpando por tudo.

- Hm, apesar de que eu quero continuar com raiva de você, meu lado anjo me diz que você não está mentindo. Eu aceito suas desculpas, mas não vou perdoá-los tão cedo. – Daniel falou num tom calmo, pois mesmo que ele soubesse de tudo isso, depois de tudo o que ele passou, ele não se deixou levar por uma fúria adolescente acusando o mundo de nunca o compreender.

Ele estava apenas atuando como deveria agir corretamente numa situação dessas, dirigindo a raiva naqueles dois. Mas ele realmente não era um adolescente, e estava calmo por dentro, pois estava acostumado a sempre se ferrar de um jeito ou de outro. Mas ele continuaria agindo no papel.

Daniel então virou seus olhos verdes brilhantes enquanto encarava seu pai, com uma frieza mais forte, e levantou a sobrancelha esperando que ele falasse.

- Eu... realmente não tenho palavras para descrever o quão arrependido e o quanto eu me odeio por ser inútil, e não ter podido salvá-lo, desde aquela noite quando sua mãe... – Sam falou enquanto ofegava por ar, ao sentir a dor no peito familiar ao lembrar de sua amada Jéssica grudada no teto queimando em chamas.

- Morreu por sua causa. Continue. – Daniel rebateu com um sarcasmo frio e sádico, característico dos Winchesters, fazendo Dean na outra jaula segurar o sorriso ao perceber que ele e o sobrinho eram mais parecidos do que ele imaginava.

- Sim, é minha culpa. Não importa o que os outros digam, é minha culpa. Assim como fazer Dean cair no inferno para me reviver com um pacto, também é minha culpa. Começar o apocalipse, também é minha culpa. Fazer Bobby perder o movimento das pernas, também é minha culpa pois não pude protege-lo. Me separar do Dean porque ele não suporta a dor da traição que infligi nele, também é minha culpa. E a razão mais importante. Eu não pude proteger você, meu filho. Essa é a minha maior dor. Ver você abrigar o monstro que eu libertei da jaula, me corta o coração mais do que você possa acreditar. Se eu tivesse aceito a oferta dele antes, você não teria que carregar esse fardo. Tudo é minha culpa. – Sam desabafou pela primeira vez tudo o que estava preso dentro dele na presença do seu filho, que era o primeiro que realmente o culpava e não poupava palavras de conforto para amenizar sua dor. Suas palavras eram como espadas afiadas rasgando seu corpo, enchendo-o de dor, culpa, e arrependimento por seus erros.

Transmigração Rápida: A Lenda de WilliamOnde histórias criam vida. Descubra agora