Capítulo 59 - Arco 5 Mundo Percy Jackson e os olimpianos (6)

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Depois de caminhar um tempo, William chegou até a Casagrande, para encontrar Percy, Annabeth, Grover e o ciclope irmão de Percy chamado Tyson.

Eles estavam de partida para entrar no labirinto para impedir Luke de agir, e rapidamente partiram depois que Annabeth desceu do sótão após receber a profecia do oráculo.

William observou de longe todos eles afundarem numa rachadura no chão, e desaparecerem quando o labirinto os engoliu completamente.

William suspirou quando enfim olhou para os lados, e percebeu os olhares temerosos dos outros campistas, e até alguns olhares de raiva, por causa de sua mãe ser Hera.

William também queria gritar que preferia que sua mãe fosse a própria Afrodite, do que ter um relacionamento tão complicado, com sua mãe sendo a rainha dos deuses.

Tirando o fato de que ele com certeza estaria na lista negra de Zeus por finalmente ter se tornado um corno, algo que ele merecia ser há muito tempo, mas ele acreditava que ele não faria algo as claras, pois a fúria de Hera cairia direto na cabeça dele.

Enquanto caminhava pelo grande acampamento, observando o grande lago a distância onde várias ninfas brincavam na água, com alguns sátiros flertando nas pedras, outros campistas jogando bola na quadra de esportes, outros escalando a montanha de lava, e várias garotas bonitas ao longe cuidavam do pomar de morangos, que cresciam quase do tamanho de uma abóbora e não de um morango.

Observando os cabelos dourados como trigo, e a obsessão de todas pela agricultura, deveria ser filha de Demeter. Suspirando ao sentir a solidão que os campistas agora lhe davam, não querendo falar com ele, William ignorou todos do mesmo jeito, sentou encostado numa árvore, e conjurando uma cesta de picnic, com vários sanduíches de queijo e presunto, suco de laranja, bolo, biscoitos, um pudim, e várias geleias de frutas, com um monte de torradas frescas, William estendeu uma toalha xadrez branca e vermelha na grama, e sentou em cima para aproveitar o clima de paz, antes que tudo fosse para o caos.

Enquanto comia algo delicioso, estendeu o dedo no ar a sua frente, e com muito cuidado, moveu seu poder do estômago onde sentia que sua faísca divina estava alojada, e começou a cortar o espaço a sua frente, formando um pequeno buraco.

O espaço dentro do acampamento era muito resistente, pois os doze deuses do olimpo lacravam com força toda a terra, e com esse esforço, William sentia seu domínio na habilidade de manipular o espaço crescer horrores.

Mas William tinha que manter o cuidado de não abrir um buraco grande demais, ou seres que não devem ser mencionados vagando no espaço podem sentir seu poder, e tentar invadir através da brecha que ele estava treinando para abrir.

Outra coisa que ele começou a testar, foi aplicar o poder espacial a uma arma. Pegando sua espada, fez com que ela se transformasse numa agulha senbon ninja transparente como se fosse feita de vidro, aplicou o conceito espacial na agulha, e a atirou contra a pedra grande que ficava próximo dele.

No lugar onde a agulha atravessou, um buraco várias vezes maior que o diâmetro da agulha surgiu, como se abrissem com uma furadeira gigante no centro da rocha.

Se ele combinasse com todas as suas armas, ele poderia mandar um Spam de ataques, que destruiriam os monstros rapidamente, apesar que isso gastava sua resistência.

Enquanto William continuava descobrindo seus poderes, percebeu dois garotos de 14 anos se aproximando dele, com olhares hesitantes, mas curiosos.

Eram irmãos gêmeos. Cabelos pretos com tom arroxeado, rostos lindos, mas pequenos com um tom suave, olhos púrpuras, corpo meio alto, e um pouco de músculo leve. Vestiam roupas pretas com detalhes roxos, e ambos cheiravam a uvas passadas, ou vinho.

- Olá, William. Nós somos Castor e Pólux, filhos de Dionísio. Podemos conversar com você? – Os dois garotos falaram ao mesmo tempo, expressando curiosidade ao garoto de cabelo castanho e olhos chocolate ao leite que parecia solitário comendo e brincando sozinho.

- Claro, sentem. Aproveitem e peguem o que quiser da cesta. Sei que já me conhecem, mas vou me apresentar. Sou William Wilson, filho de Hera. Muito prazer. E agora fiquei curioso. Porque vocês se aproximaram de mim? Pelo que eu percebi, todo mundo aqui tem medo de se aproximar de mim, como se eu estivesse contaminado com alguma doença. – William perguntou de modo calmo, enquanto olhava os dois irmãos gêmeos se entreolharem, quando o irmão que tinha uma cicatriz em forma de x na bochecha, Castor, começava a explicar.

- Eles apenas estão com medo do que pode acontecer a eles, se sem querer eles machucarem você de alguma forma, e sua mãe venha atrás deles em vingança até a morte. – Castor respondeu com um sorriso divertido enquanto deitava a cabeça no colo do seu gêmeo que sentou encostado na árvore com William, e acariciava o cabelo do irmão com um sorriso gentil.

- Isso eu posso admitir, que vejo acontecer. Mas então porque vocês vieram? – William perguntou curioso ao ver os dois, e um pouco de inveja por não ter um irmãozinho para mimar.

- Queríamos propor uma aliança entre nossos chalés. Você sabe que ninguém espera nada de nós, como filhos do deus do vinho. Nós ainda somos um pouco respeitados aqui, porque nosso pai é o diretor do acampamento. Se não fosse isso, nem ao menos seríamos recrutados aqui, pois não somos poderosos. Podemos crescer uvas e vinhas, e outras frutas, e algum poder mental, mas em batalha contra monstros, somos péssimos. Portanto, queríamos nos aliar a você que está sozinho, e que ninguém vai aceitar tão rapidamente. – Pólux que acariciava o cabelo do irmão castor no colo falou de modo calmo, ao garoto que os observava de lado. Pólux tinha que admitir, que mesmo ainda sendo criança, ele era fofo parecendo um pequeno adulto.

- Tudo bem. Eu aceito a aliança. Que nós três juntos façamos a diferença na batalha que vai chegar em breve. Que tal treinarmos um pouco? Não em luta corporal, mas nossos poderes mentais. Vocês podem se tornar magos poderosos. Esqueceram os domínios de seu pai? Ele não é apenas o deus do vinho, ou festas. Ele também é conhecido como o deus da loucura ok? O que acham que aconteceria, se uma onda de loucura caísse nos monstros, e eles começasse a se matar? Ninguém e nenhum poder é inútil. Apenas falta criatividade. – William falou com um dos braços atrás da cabeça, enquanto pegava uma torrada e passava geleia de morango por cima, e comia sorrindo satisfeito com o gosto.

Castor e Pólux se entreolharam com surpresa. Em tantos anos, todos disseram que eles eram inúteis em batalha, e só serviam para cuidar da agricultura do acampamento, mas as palavras ditas por William abriram suas mentes.

Isso mesmo. O pai deles, era o deus da loucura, portanto como seus filhos, ele tem o mesmo poder, numa escala menor, mas eles estavam tão concentrados no poder corpo a corpo, que nem pensaram por esse lado.

Os gêmeos assentiram e colocaram as mãos juntas, recebendo a de William por cima, e jogaram para o ar enquanto sorriam. Pólux apontou para a perna livre dele, e mesmo William tendo ficado surpreso, aceitou o colo livre, deitando sua cabeça nas coxas firmes, mas macias de Pólux que começou a brincar com seu cabelo sedoso, o fazendo sonolento enquanto o cheiro de uvas e o cheiro doce de vinho permeava seu olfato, e caía no sono, junto de Castor que há muito tempo estava dormindo.

Pólux observou os dois garotos dormindo em seu colo, e sorriu e rezou ao pai para que todos eles pudessem sair vivos dessa batalha, para que pudessem aprofundar ainda mais a amizade com seu novo amigo, para poderem gravar muitas memórias juntos.

Transmigração Rápida: A Lenda de WilliamOnde histórias criam vida. Descubra agora