Capítulo 12 - Desaparecidas?

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P.O.V Narradora

No dia seguinte...

As sete garotas sobreviventes ao atentado estão reunidas no aconchego da sala de estar do Consulado Geral do Brasil em Los Angeles. Cada uma delas está envolta em uma toalha térmica, uma tentativa de combater o frio que se insinua impiedosamente. Ali, no refúgio provisório, encontram-se Kauane, Karynne, Isabela, Anna, Débora, Isabelly e Flávia, unidas pela experiência traumática que acabaram de enfrentar. Os aposentos do consulado se tornaram seu lar temporário, oferecendo-lhes abrigo e conforto após a noite de terror. E agora, vestindo roupas emprestadas do próprio consulado, aguardam em uma sala enquanto tentam processar os eventos que os trouxeram até ali.

Após um momento de expectativa, a porta se abre e a figura da consulesa emerge na sala, trazendo consigo uma aura de autoridade e compaixão. Seus passos são firmes e decididos, mas seus olhos revelam uma profunda empatia diante da situação das jovens.

- Desculpem a demora, meninas. - ela diz com sinceridade, sua voz carregada de compaixão. - Estava em uma reunião com o Consulado sobre o caso de vocês. - explica, seu tom revelando a seriedade do assunto que estão enfrentando. - Me chamo Joyce. Vou cuidar do caso de vocês pessoalmente. - anuncia, oferecendo-lhes um vislumbre de esperança em meio à incerteza que as envolve.

A sala estava envolta em um clima de inquietação enquanto as garotas aguardavam por respostas, cada uma buscando encontrar uma fagulha de esperança em meio à incerteza. Isabela, com uma xícara de chá entre as mãos trêmulas, não conseguia conter a ansiedade que a consumia por dentro.

- Quando vamos poder sair daqui? - questiona, sua voz carregada de preocupação e impaciência.

A consulesa, com uma expressão séria e compreensiva, responde com uma dose de realismo que ecoa pela sala. 

- Não vão sair tão cedo... - afirma, suas palavras pesando como uma sentença sobre as jovens, que absorvem a gravidade da situação em silêncio.

- Como é? Eu tenho que ligar para a minha família! Nessa altura do campeonato eles devem estar preocupados! - Isabela afirma com veemência.

- A minha também! - todas, exceto Débora, dizem em uníssono, expressando a ansiedade compartilhada pela incerteza do paradeiro de suas famílias.

- Vocês têm alguma ideia de quem eles são? Do que aconteceu com eles? Ou pelo menos sabem no que se envolveram? - a consulesa afirma, com um olhar penetrante.

- Na verdade, não... - Kauane responde, sua voz carregada de incerteza e nervosismo, enquanto um nó se forma em sua garganta.

- Foi só um assalto. - Aniston diz e dá de ombros. As meninas a olham e repreendem com o olhar.

- Aquela mulher é Veronica Bianchi, aquele jovem rapaz é Nicolas Bianchi e aquele homem morto era Ravi Schimitz. - fala sério. - Os Bianchi's são conhecidos "apenas" - faz as aspas com as mãos. - como sub-chefes da maior quadrilha brasileira e norte-americana.

Todas ficam em tremendo choque, o desespero começa a tomar conta delas novamente. Como pode? O que vai ser disso agora?

- Schimitz era agente do FBI, estava disfarçado como membro da quadrilha para reunir informações deles, estávamos tentando prendê-los a todo custo! - Joyce afirma.

- Você está literalmente dizendo que nós acabamos nos envolvendo com chefes da maior quadrilha da América e um informante do FBI? Uma perseguição? - pergunta Kauane com tom de preocupação na voz.

- Sim... - responde.

Enquanto a consulesa relatava os fatos, o ambiente na sala tornava-se ainda mais tenso. Cada palavra parecia trazer consigo um peso adicional, uma revelação que abalava as estruturas já frágeis das garotas. O ar pesado pairava sobre elas, sufocando qualquer traço de esperança que pudesse restar.

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