𝔐𝔞𝔩𝔡𝔦𝔠̧𝔞̃𝔬

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Olá, alteza! É bom te ver por aqui!

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Xiao seguiu os passos curtos de Yibo, pararam na frente da porta de seu ateliê

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Xiao seguiu os passos curtos de Yibo, pararam na frente da porta de seu ateliê. O mordomo nunca havia entrado ali, foi terminantemente proibido, assim como nos quartos de seus pais e tios, onde o pesado cheiro de enxofre residia. Respeitou isso. No entanto, Xiao havia observado de uma maneira pouco ortodoxa o que encontraria ali, então não estaria surpreso ao conferir o todo.

Yibo parou na frente da porta, soltou a mão de Xiao e tentou controlar seu coração. Subitamente ficou nervoso, era a primeira vez que mostraria a alguém suas atividades transgressoras e também contaria sobre o que originou sua maldição. O conde girou a maçaneta e a porta, que nunca esteve trancada, se abriu lentamente.

O nobre deu um passo para o lado, oferecendo que Xiao adentrasse primeiro, queria dar-lhe a chance de negar ou sair para sempre antes que demais esclarecimentos fossem necessariamente feitos.

Mordomo entrou sem cerimônias, olhou tudo que já havia visto, os bonecos presos na parede, a névoa purpúrea parecia ter vida própria naquele cômodo. Então observou o que não conseguiu enxergar do alçapão, uma mesa de estudo. Ali tinha agulhas, tecidos, palha, mechas de cabelo e uma caixa de costura de aparência sofisticada. Enfim, ele estava no local onde Yibo passava boa parte do tempo quando sumia.

O conde criança vendo que o mordomo parecia fascinado ao invés de apavorado, entrou com seu boneco falecido nos braços. Parou em frente a parede de bonecos, o abraçou contra o peito e fechou os olhos como se fizesse uma oração.

Beijou o topo da cabeça do boneco e enquanto o prendia na parede com um alfinete, contou-lhe:

— Essa dependência da casa nunca foi um ateliê... Era uma sala de brincadeiras antes de ser uma sala de estudos.

Xiao sentiu que deveria se aproximar para inspecionar aquela parede de bonecos horripilantes. Havia muitos mais do que aparentavam, presos um sobre o outro, uns mais envelhecidos e sujos que outros. Olhando atentamente via-se como Yibo foi aprimorando sua arte de costura e bordados, agregando e misturando tecidos e texturas.

O conde continuou, também observando os anos de trabalho e dor acumulados:

— Meus tios elaboraram para mim, eles me tratavam como um filho. Um dia desejei que eles fossem, reneguei meus pais que me negligenciavam. Eles me educaram e me deixaram ser uma criança antes de um grande nobre, até esse tempo nunca me sentia rejeitado. Então eles morreram e meus pais tiveram que assumir a reponsabilidade de cuidar de mim, mas eles não me amavam e foi nesse tempo que essa sala de brinquedos tornou-se uma sala de estudos.

Yibo suspirou deprimido, seria inevitável não reviver o que passou ao contar como chegou a esse estado lamentável. Olhou para o mordomo que estava o tempo todo escutando atentamente seu relato.

𝔗𝔥𝔢 𝔖𝔱𝔯𝔞𝔫𝔤𝔢 𝔅𝔬𝔶 [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora