Capítulo 2_ Empatia ao próximo.

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Ajeito a mochila na minhas costas, torcendo para que ninguém repare no seja lá o que fizeram no meu casaco, sou a última a Air da sala, sempre fui

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Ajeito a mochila na minhas costas, torcendo para que ninguém repare no seja lá o que fizeram no meu casaco, sou a última a Air da sala, sempre fui.
Isso evita que eu passe por constrangimentos ou chame atenção, quando o barulho no corredor diminui é a minha hora de sair.

Ando até a saída e não olho para trás, sigo meu caminho para casa, sei que meu irmão vai reclamar comigo,pois obviamente ele deve está me esperando no estacionamento, mas desde o último episódio que levei um tombo na frente de todos os playboys e patricinhas dessa escola pelo simples fato que a Kelly botou o pé me fazendo cair, bem... É um novo trauma, então eu apenas saio de fininho quando sei que meus pais e nem o motorista virar nos buscar.

E não acho nada mal caminhar até em casa,observar as pessoas, algumas com pressa, outras nem tanto, me impressiona o fato de ver tantas pessoas bem vestidas caminhando pelas calçadas aonde tem pessoas que não tem roupas no corpo, pedindo o mínimo de atenção, e as bem vestidas ? Bem, apenas passam, para lá e para cá. Ninguém presta atenção na pessoa ao lado, ninguém é empático com quem precisa e ninguém se importa com outra pessoa além de si mesmo.

Paro no meu ponto de sempre quando sou obrigada a caminhar até em casa. A pequena Eli sorri pra mim assim que nota minha presença.

__ Como vocês estão ?_ Pergunto a Eli e sua mãe que ali estava sentada terminando de comer sua quentinha e eu sorrio feliz que ao menos alguma pessoa prestou atenção nelas.

__ Sim Malu, estamos muito bem, um moço nos deu dias quentinhas hoje, isso não é maravilhoso ? Temos comida para o almoço e para a janta, estou muito feliz._ A pequena fala com um sorriso que mal cabe em sua pequena boca, me fez sorrir.

Tiro minha mochila das minhas costas e a abro, pego um livro de colorir e uma caixa de lápis de cor e entrego para Eli.

__ Isso é para você pintar e passar o tempo, hoje eu não pude trazer roupas para vocês pois fui pega de surpresa de manhã, não sabia que iria passar por aqui._ Digo e eli apenas dá de ombros e fica no livro, enquanto sua mãe me olha agradecida mesmo que eu não tenha dado muito.

__ Não tem problema,pequena Luísa, você já deixou minha filha muito feliz com esse presente, agradeça a tia Malu,Eli!_ Diz grata e eu queria a abraçar apertado, mas eu conheço a Cíntia, ela acharia que estou com pena,coisa que ela detesta.

__ Posso levar a Eli ao mercado para ela escolher alguns biscoitos para vocês ?_ peço, sempre tento ajudar de alguma forma,mas sempre com a autorização da mesma, eu odeio invadir o espaço das pessoas.

__ Tudo bem,Eli vai ali com a tia Malu escolher um biscoito para você, obedeça ela e não pegue nada caro!_ Reviro meus olhos com suas últimas palavras e pego na mão da Eli.

Atravesso a rua e entramos no mercado, vejo ela observar ao redor de tudo.

__ Vocês estão precisando de arroz, feijão,sabe Eli ? O básico em casa._ Pergunto e ela afirma.

Vivendo a adolescência- Com Maria Luísa Onde histórias criam vida. Descubra agora