A presença da música.

508 44 6
                                    

Já se passavam das duas da manhã quando todos decidiram que deveriam dar continuidade a festividade em um bar qualquer e um dos moradores da cidade que também era um figurante disse que conhecia um lugar na beira da estrada onde as pessoas iam para dançar sem se preocupar com câmeras ou fofocas de celebridades lá. Todos não pensaram duas vezes antes de concordarem em ir e logo começaram a guardar as coisas para partirem em direção ao clube. Se fosse onde Olívia estava pensando, o lugar mais parecia um lugar da roça cercado de caipiras e caminhoneiros, mas ainda sim tinha música boa.

— Você vai com a gente, não é? — Savannah indagou fazendo biquinho e pegando as mãos da amiga que estava sentada nos degraus da varanda de trás. — Vamos dançar a noite toda como antigamente.

As duas quando eram adolescentes costumavam ir lá para beber e dançar a madrugada inteira, voltavam para casa de manhã exaustas e com os pés doendo. Olívia era uma boa dançarina na verdade, embora escondesse esse segredo da maioria das pessoas. Ela havia puxado esse traço de sua mãe, que dizia que inclusive conheceu o pai da mulher dançando em um dos clubes antigos que existia na época dela ainda em Boston quando fazia faculdade. Ela passava noites acordadas quando era mais nova imaginando quando seria sua vez de encontrar uma pessoa que pudesse dançar sem se preocupar com o amanhã, mas conforme foi crescendo, percebeu que viver um romance como as pessoas viviam antigamente talvez não fosse para ela.

— Pois é, Bennett, você já ficou parada aí a noite toda, que tal se divertir um pouco? — Jenna disse se aproximando depois de ter ouvido a outra a chamando.

Olívia se deu por vencida. Afinal, todos já estavam bêbados o suficiente para se lembrarem de alguma coisa no dia seguinte.

— Tudo bem, eu vou com vocês.

As duas mulheres de pé na frente dela comemoraram batendo palmas chamando a atenção de algumas pessoas que passavam por ali no momento, inclusive Austin, que tinha passado a maior parte da noite olhando Olívia sentada no degrau sem interagir com eles. Ele queria saber mais sobre ela, mas sentia que a mulher não lhe daria espaço para tal coisa.

O clube de dança country era um lugar vibrante e animado, com um ambiente acolhedor e descontraído. Localizado na estrada a caminho da cidade vizinha, o clube era frequentado por pessoas de todas as idades que compartilhavam a mesma paixão pela música e dança.

Ao entrar no clube, todos foram recebidos pelo som de uma música animada e pelos movimentos sincronizados dos casais que dançavam no salão de dança espaçoso. O chão de madeira brilhante e as luzes coloridas adicionavam um toque de autenticidade ao ambiente rústico.

As pessoas estavam vestidas com roupas típicas do estilo country, incluindo botas, chapéus de cowboy e jeans. Os casais estavam dançando em pares, executando passos complexos e graciosos que se harmonizavam com a música.

O bar do clube servia bebidas alcoólicas e não alcoólicas, incluindo coquetéis de assinatura como o "Moonshine Margarita". Os frequentadores aproveitavam as pausas entre as músicas para ir até o bar e desfrutar de uma bebida refrescante.

Olívia sentou-se na banqueta vazia de frente para o bar e pediu uma bebida, não iria mais ficar sem beber nada. Ela girou, observando as pessoas que tinham vindo com ela se misturando com os outros que já estavam ali dançando e sentiu vontade de ser menos tímida para também ir dançar, mas seu corpo não respondia a sua mente.

Ela escutou uma música animada começar a tocar e observou sua amiga dançando com um cara que não conhecia, se continuasse assim ela seria a próxima a chorar no colo de algum homem.

— Você não dança? — escutou a voz de Austin e olhou para o lado, vendo-o se apoiando no balcão. — Uma cerveja — pediu com o barman. Então sua atenção virou-se totalmente para Olívia.

Love Me Tender | Austin ButlerOnde histórias criam vida. Descubra agora