21 - Banheiro

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    P. O. V.  Simon
   
    Acho que nunca vim a um restaurante com um ambiente fechado tão agradável como esse

    Estávamos nos andares mais acima, as janelas eram gigantes deixando o ambiente super arejado. As cadeiras eram de veludo e tinha muitas flores lindas, contrastando com a imagem fria do lado de fora

    — Você realmente tem bom gosto, Wille!

    — Eu sei vai, afinal, eu gosto de você! Como não teria bom gosto?

    — Nossa, você se elogiou e me elogiou ao mesmo tempo, é o bicho — digo rindo e ele também ri

    Escolhemos uma mesa bem próxima a janela e uma mulher logo veio entregar o menu

    Eu pedi uma pizza Marguerita e um drink chamado "Sgroppino"

    Wille pediu almôndegas ao molho de mostarda, "Meatballs Aldo", e um Paradiso Verde como bebida

    — Estamos parecendo dois cachaceiros, pedindo essas coisas em plena hora do almoço — Digo quando a mulher se retira com nossos pedidos

    — Hoje é um dia especial! — o loiro diz em um tom refinado

    — Ah sim, entendi senhor Wilhelm

    Ele estende uma mão em cima da mesa, com a palma pra cima, e eu coloco a minha sobre a dele. Wille acaricia minha mão como se fosse feita do material mais sensível do mundo e me olhava, com o queixo encostado na outra mão, sobre a mesa

    Olho nos seus olhos, então digo

    — Eu... vou ao banheiro... ok? — me solto de sua mão e sorrio

    Ele retribui

    Me levanto da cadeira e começo a procurar onde seria o local, que não foi difícil de achar

    Entro, fecho a porta e espero por um tempo, o restaurante estava vazio, então provavelmente ninguém entraria ali

    Ninguém além de Wilhelm, que acabara de atravessar pela porta

    Ótimo, ele entendeu

    O mais alto entra com as mãos no bolso, me olhando calmo, e eu vou em direção a ele sorrindo

    Junto nossos lábios depressa, levando a mão até sua nuca e sentindo algo se mexendo dentro de mim, talvez borboletas? Não sei

    E porra, eu não sabia que eu queria tanto isso até fazer

    O beijo dele é suave, mas necessitado. Seu corpo estava colado no meu e suas mãos estavam indecisas entre meu queixo e minha cintura

    No banheiro de um restaurante, nos beijamos sem parar, cessando a vontade por todos os beijos que não demos em público mais cedo

    Encosto o quadril dele na pia com as mãos, me pressionando contra ele em busca de ainda mais contato, e ele abre os lábios nos meus, soltando o ar do fundo dos pulmões

    Sorrio da sua situação

    Faço movimentos com as minhas mãos, acariciando e apertando seu quadril com vontade enquanto ele segura com força meu cabelo entre seus dedos, deixando meu corpo e o ambiente quentes

    — Eu acho melhor voltarmos para lá, ou eu vou surtar aqui dentro — ele diz ofegante, separando nossas bocas somente o suficiente

Continuo o beijando na mesma intensidade, sentido cada parte do meu corpo pedir por ele, implorar por ele. A última coisa que eu queria agora era soltá-lo

Writing my (love) story Onde histórias criam vida. Descubra agora