Writing my (love) story

22 - Linhas

  P. O. V.  Simon
     
    Peço um uber, que demora cerca de 5 minutos para chegar, e nós vamos embora conversando sobre qual parte do dia gostamos mais

    — Eu não consigo escolher Wilhelm, já disse que foi tudo perfeito

    — Não é possível, deve ter algum lugar que você preferiu, ou alguma atividade

    — Ok então, gostei mais de te beijar escondido no banheiro, vale?

    Ele cora, depois responde rindo

    — Não, não vale Simme — o loiro me dá um empurrão com os ombros e eu sorrio para ele

    Pago pela corrida e nós descemos do carro, já indo em direção ao hotel

— É claro que vale, a melhor parte de tudo é sempre quando eu te beijo

— Ok ok, você venceu — o loiro responde irônico

    Descemos do elevador e eu já abro a porta do meu quarto. Pego a sacola do tênis de sua mão e coloco em um canto, junto com a minha

    — Acho que não preciso dizer pra você ficar a vontade, preciso? — falo enquanto tiro meu moletom e meu tênis

    — É... Acho que não — ele tira o casaco caramelo e coloca na cadeira

Observo atenciosamente seus movimentos, a forma como ele se vira, como observa o ambiente já conhecido por ele, e como volta o olhar para mim

    — Você fica ótimo inteiro de preto, sabia? — digo me aproximando

    — Agora eu sei! Obrigado

    Sorrio e puxo seu queixo, com o dedo indicador, pra perto de mim, selando nossos lábios sem receio dessa vez, como se essas paredes pudessem nos proteger de todos os problemas externos

    Envolvo seu corpo para não deixar nenhum espaço entre nós e ele intensifica nosso beijo. As correntes elétricas passam em alta velocidade pelo nosso interior, os neurotransmissores estavam uma loucura, propagando cada sensação e transformando elas em reações corporais

    Corro meu dedo pelo seu maxilar, sentindo o desenho perfeito feito de ossos e pele. Eu queria beijá-lo, queria beijá-lo por inteiro, beijá-lo até eu morrer. Toco meus lábios onde minhas mãos estavam agora mesmo e vejo seu pescoço se arrepiando, não consigo não sorrir com o efeito

    Suas mãos pareciam confusas, iam de um lado para o outro, até que elas finalmente param na minha cintura e me empurram até a parede, onde minhas costas se chocam com força me fazendo suspirar e sentir algo queimando no meu interior, ardendo como brada

Sua respiração, assim como a minha, estava diferente agora, parecia revolto, pesado, forte

    Em um movimento rápido, ele tira a minha blusa, permitindo o contato dual entre a parede gelada e a minha pele quente, mas tudo isso, todas as sensações eram ínfimas perto da sensação de suas mãos em mim

    Ah, essas mãos que eu observo há tempos, parecia um delírio sentir elas descendo devagar a minha calça enquanto aqueles olhos cor da terra me observavam famintos

    Isso está longe do sublime, aliás, está muito além

    — Ah, Wille — os suspiros saiam do mais profundo do meu ser quando ele beija minha clavícula e me pressiona mais forte na parede

    Isso é um pecado

    Retiro também suas roupas com toda a euforia que crescia dentro de mim. Eu preciso de contato, preciso dele, preciso agora