Parte 1: Dafne - Capítulo 1

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     Sumário

          Parte I:
Dafne — Capítulos 1, 2, 3 e 4

          Parte II:
Raul — Capítulos 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13

          Parte III:
Dafne — Capítulos 14, 15, 16, 17 e 18

          Parte IV:
Raul — Capítulos 19, 20, 21

          Parte V:
Dafne — Capítulos 22, 23, 24, 25

Capítulo extra — Extensão do capítulo 23

          Parte VI:
Raul — Capítulos 26, 27, 28, 29

          Parte VII:
Dafne — Capítulos 30, 31, 32, 33, 34, 35 

         Parte VIII:

Raul — Capítulos 36, 37, 38, 39

         Parte IX:

Dafne — Capítulos 40, 41, 42

         Parte X:

Epílogo

Capitulo extra - Extensão do epílogo

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   "O amor é bom e se sacrifica. O amor não é invejoso; o amor não prejudica; não é orgulhoso. O amor se porta na decência, não visa os próprios interesses, não gera ódio, não condena. Não descansa na injustiça, mas descansa na justiça e verdade. No amor tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha. Tudo constrói, sempre entrega, sempre respeita, sempre cuida e sempre permite escolhas".

Frase inspirada da Bíblia Almeida Século 21 - 1 CORÍNTIOS 13: 4-7 (Copyright © 2008 Edições Vida Nova)

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Capítulo 1:

O mago e o sacrifício


Estava de noite. Uma noite fria e congelante. O vento uivava e os galhos das árvores balançavam aterrorizantemente. Tudo ao meu redor estava em completo silêncio.

Estava caminhando em um trecho do bosque. Por um certo motivo, é claro. Estava indo para me encontrar com um velho mago da vila Burford, a vila a qual onde moro.

Enquanto caminhava, vinham pensamentos do que ocorrera ao longo do dia. Minha mãe tinha me obrigado a consultar o mago devido à grave doença que havia remetido a minha irmã Anastásia. Minha mãe e eu discutimos e chegamos a conclusão de que a única e válida opção era fazer uma visita a esse mago. Só não entendi porque tinha de ser de noite.

Chegando na casa do mago ou na cabana mística, como era chamada e temida pelos habitantes da vila, bati na porta de madeira muito e muito antiga, e esperei. O velho, calvo e com a testa franzida, apareceu e me pediu para entrar. Com um ruído e tanto, ouvi a porta sendo fechada.

Expliquei para o antigo mago o motivo da minha visita e a situação em que minha pequena família se encontrava. O mago disse possuir a solução para aquele problema. Ele possui um antídoto que é bastante eficaz, porém, muito raro.

Sempre havia um porém. Foi por isso que não estava muito determinada a procurar o velho mago. Entretanto, que outra escolha eu tinha? Aquela é, sem dúvida, a única opção disponível que está nas minhas mãos caso eu quisesse ajudar a minha irmã. Contudo, as surpresas não paravam por aí.

Além de ser raro, para obter a eficácia do antídoto, é preciso realizar um sacrifício nobre. Um sacrifício em que é composto por entregar uma alma saudável para restaurar uma alma doente.

Não havia nada mais desesperador do que isso. Se eu quisesse que a minha irmã voltasse o que era antes, alguém teria que dar sua alma em troca. 

Crônicas do Bosque CongeladoOnde histórias criam vida. Descubra agora