Ela parecia que finalmente estava respirando, seus ombros se relaxaram e para minha surpresa, ela me deu um abraço apertado. A princípio me assustei, mas então a abracei forte, conseguia sentir todo o corpo dela tremendo.
Tom: vem, vou te tirar daqui...
Ela grudou no meu braço e eu abri a porta do carro pra ela. Ela ficou em completo silêncio, parecia estar pensando no que tinha acontecido. Eu não sabia pra onde levar ela nesse estado, então fui até uma lanchonete que estava aberta no meio da noite.
Tom: prefere comer aqui no carro? Olhamos em direção a pequena lanchonete que por ser umas duas da manhã, estava completamente vazia além da funcionária já um pouco idosa no balcão. Sn: podemos ir lá, mas não quero te incomodar Sr. holland Tom: você pode me chamar de Tom
Ela sorriu ainda nervosa e eu corri pra sair do carro e abrir a porta pra ela. Entramos na lanchonete e a garçonete veio trazer o cardápio. Sn: eu preciso fazer uma ligação pro hotel... meu celular tá sem bateria Tom: pode usar o meu! Sn: obrigada
Ela pegou o aparelho e digitou o número e se levantou da mesa para ter mais privacidade. Ela ficou no mínimo uns 40 minutos falando sem parar no telefone. Parecia nervosa, mas não com medo, apenas resolvendo algum problema. Quando voltou ela agradeceu de novo e devolveu o celular. Eu já tinha pedido um café e uma rosquinha cor de rosa cheia de açúcar pra ela. Ela sorriu assim que viu.
Tom: o que aconteceu? Sn: eu e uns colegas de trabalho saímos para beber e descontrair, como ficou um pouco tarde, eu fui dormir na casa de um amigo, mas assim que cheguei lá, recebi uma ligação do hotel falando que precisam de mim... Tom: já deviam ser umas duas da manhã... Sn: cuidar de um hotel não é fácil Sr. Holland Olhei para ela com cara feia Sn: tom... Sorri e ela riu
Sn: então, achei que seria uma boa ideia ir andando a pé um pouco para ir pensando no problema, mas então aqueles dois caras se aproximaram de mim... achei que só iriam querer minha bolsa... mas então... Tom: não precisa falar. Tá tudo bem agora tá? Sn: muito obrigada por ter me ajudado, como você sabia que eu estava ali? Tom: eu não sabia.... Você só apareceu... como mágica? Sn: talvez você seja mesmo um super herói Ela mordeu o último pedaço de sua rosquinha e ficou com a boca suja de açúcar.
Tom: tá um pouquinho sujo aqui Peguei o guardanapo e limpei seu rosto, ela ficou imóvel Tom: desculpa... sou o mais velho de quarto irmãos, é meio força do hábito Sn: obrigada Tom: se você falar obrigada mais uma vez pra mim terá que me pagar outro café Ela riu
Sn: desculpe Tom: você se machucou? Sn: não, se não for te incomodar, você poderia me levar pro hotel? Ou para um ponto de táxi? O que for melhor para você Tom: não vou te largar sozinha num ponto de táxi no meio da madrugada.
Antes que ela fosse falar alguma coisa, eu me levantei da mesa e fui pagar a conta.
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