13 - Grown Children

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ᶜᴿᴵᴬᴺᶜ̧ᴬˁ ᶜᴿᴱˁᶜᴵᴰᴬˁ

𝑸𝒖𝒂𝒓𝒕𝒂-𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂, 𝟏𝟓 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒏𝒉𝒐, 𝟐𝟎𝟐𝟐

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𝑸𝒖𝒂𝒓𝒕𝒂-𝒇𝒆𝒊𝒓𝒂, 𝟏𝟓 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒏𝒉𝒐, 𝟐𝟎𝟐𝟐

BAGUNÇA. A mais simples e pura bagunça. Nunca, em toda minha vida eu vi o quarto da Juliana desse jeito. Ela era uma pessoa extremamente organizada eu sou organizada, mas não tanto quanto ela. Lia resolveu fazer uma limpa no seu armário, tirando uma pilha de roupas, sapatos, coisas de cabelo, livros, parecia um bazar. A maioria eu ponho em uma bolsa enorme e levo para casa, as outras coisas nós levamos para alguma instituição ou para algum orfanato.

Ela jogou mais uma pilha de roupas no meu colo, comecei a selecionar as que eu queria.

— Essas duas são especialmente pra você. — ela disse jogando duas camisas do Borussia

Deduzi que não cabiam mais nela até perceber que só ficariam apertadas daqui a dez anos. Foi difícil escutar sua voz porque ela estava praticamente nadando no meio das roupas.

— Por que não quer mais essa camisa? Não vai querer ser minha companhia pra quando a gente for assistir os jogos do meu jogador? — fiz um biquinho vendo seu rosto se revelar no armário

— Quando vocês não namoravam e eu te chamei pro jogo a primeira coisa que você fez foi reclamar. Falou que eu parecia uma abelha com essa camisa. — a morena começou a listar contando nos dedos

— Primeiramente, você parecia sim uma abelhinha, só que uma abelhinha bonita. Segundamente, você não respondeu a minha pergunta.

— Flora, eu amo a arte do futebol, mas nunca parei pra escolher uma time específico. Minha mãe torce pro Borussia, meu pai pra um time coreano que eu nem lembro o nome, minha irmã pro time que o namorado dela joga. E agora que eu sou fotógrafa do City, eu com certeza vou torcer pra eles, eles que dão dinheiro pra eu pagar minhas contas. — ela lançou uma piscadela e se afogou novamente nas roupas

— Boa justificativa.

Coloquei as camisas na bolsa enorme e me deixei descansar por alguns segundos. Continuei arrumando as roupas, jogando algumas no chão, formando um montinho, ou talvez uma montanha de um metro e meio. Estávamos em um silêncio confortável, com apenas "Willow" da Taylor Swift tocando, até a porta se abrir em um estrondo desesperado revelando a loira meio ofegante. Seu rosto tinha um misto de desespero por ter corrido, mesmo que seu quarto fosse do outro lado do corredor. E ao mesmo tempo tentava conter um sorriso enquanto segurava um papel em suas mãos. Acho que no meio desse pequena leitura facial percebi seus olhos enchendo de lágrimas.

— Boa tarde Juliana, boa tarde Flora, tudo bem com vocês? — Juliana disse com uma voz cínica com apenas sua cabeça do lado de fora do closet — Vai contar que papel é esse ou correu meia maratona pra ficar parada com cara de idiota na porta do meu quarto?

𝑩𝑬𝑯𝑰𝑵𝑫 𝑻𝑯𝑬 𝑪𝑨𝑴𝑬𝑹𝑨𝑺 | 𝐽𝑢𝑑𝑒 𝐵𝑒𝑙𝑙𝑖𝑛𝑔ℎ𝑎𝑚Onde histórias criam vida. Descubra agora