Um Robô Humano | Satzu

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SANA ONN

Eu nunca acreditei em destino, embora eu ter passado cinco anos da minha vida estudando e criando um robô pra no final me ver completamente apaixonada por ele.

Quando eu vi Tzuyu pela primeira vez pronta, me senti satisfeita e orgulhosa de mim mesma, até os fios do cabelo dela eu escolhi com muita delicadeza.

Não foi fácil, passei por vários problemas, Beomgyu sempre tentando fazer com que falhe o meu projeto e eu sempre me reerguia e continuava.

Sem falar nas tentativas falhas dele de tentar separar eu e Tzuyu, ele sempre gostou de mim, já se declarou diversas vezes mas eu sempre o rejeitava.

Tá estampado na minha cara "eu sou lésbica", mas ele sempre falava que isso era uma doença e que poderia me "curar", fala sério quem é aquele cuzão  machista pra dizer isso pra mim?

Lembro do dia em que ele quis bater em Tzuyu, eu quase ri muito naquele dia, Beomgyu apanharia feio de Tzuyu.

Em falar em Tzu, minha garota está cada vez se tornando um humano de verdade, isso me assusta porque não parece que eu a criei e a inventei, porém ela está se destacando nos eventos que alguns cientistas são convidados e levam seus protótipos.

Os outros cientistas ficam de cara quando vêem Tzuyu ao meu lado, ela parece tão humana. Em falar em humana, gostaria de comentar aqui uma coisa que aconteceu com ela esses dias.

Tzuyu tinha ficado gripada, sim, gripada. Ela acordou indisposta e quando eu vi ela estava com febre, eu quase infarto pensando que alguém tinha trocado ela e colocado uma humana idêntica a Tzuyu, mas não, era minha Tzuyu dando mais um sinal de que estava mudando aos poucos.

Penso que seja pela convivência dos humanos, tem muitas pessoas ao seu redor, então ela meio que se adaptou perfeitamente aqui.

- Está pronta? – sou tirada dos meus pensamentos com Tzuyu me abraçando por trás enquanto eu terminava de me maquiar.

- Estou - digo me virando de frente pra ela, Tzuyu sorri e me dá um selinho.

- Que mulher gostosa eu fui arrumar – fala escondendo seu rosto em meu pescoço, cheirando o mesmo - Estou louca pra tirar esse seu vestido colado ao seu corpo - sussurra em meu ouvido me fazendo sorrir.

- Gostou?

- Amei, ele destaca bem o seu corpo e te deixa mais sexy - diz me olhando de cima pra baixo - linda.

(...)

Acabamos de chegar no evento que fomos convidadas e hoje seria a revelação de quais protótipos ganhariam em primeiro, segundo e terceiro lugar.

Pelo o que eu entendi, são os que mais se destacaram no ano, Tzuyu estava nervosa. Ela queria ganhar pelo menos em um desses lugares.

O prêmio do terceiro lugar seria um relógio onde quando o protótipo precisasse de ajuda, ele poderia tocar no relógio para alertar seu "dono".

Segundo lugar ganharia uma viajem com tudo pago para onde quisesse. E o primeiro e não menos importante, ganharia um coração humano.

Isso faria com que o robô se tornasse mais humano, não é como se os jurados arrancassem o coração de alguém e entregasse a um robô, mas era quase um coração humano, ele faria com que o robô tivesse batimentos cardíacos.