Capitulo II - 12 de Outubro

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O dia seguinte viera em cheio, mais especificamente em seu rosto, a luz do sol batia no rosto de Ray, o mesmo se sentou na cama, e se viu com o uniforme e com tênis também, esfregou seus olhos com a parte de trás de suas mãos.

— Para que isso, Norman? — O moreno perguntou manhoso, vendo um sorriso sair ao rosto do albino, raios de sol batiam nas costas do albino, dando uma aparência angelical do garoto, Norman já era quase um anjo.

— Para você acordar! — Riu o albino, vendo as expressões sonolentas de Ray, que ainda não havia acordado direito.

— Babaca — Sussurrou, mas, de forma audível, que era justamente para Norman ouvir.

— Eu ouvi! — Respondeu saindo do quarto compartilhado, saiu com um sorriso estampado no rosto.

— Que bom! Quer dizer que você não é surdo! — Ray gritou em resposta, ouvindo-se risadas no corredor, que obviamente eram de Norman — Cabelo de Veio! — Murmurou para si mesmo, e logo foi se trocar.

Mais um novo dia, mas, não posso dizer que será um dia bom. Hoje seria a adoção de Conny, e Ray queria passar pelo menos uns minutos com ela, não muitos, para os outros não desconfiarem de nada, mas, pelo menos um tempinho.

O moreno foi até a sala de jantar, estavam todos sentados, desfrutando de seu delicioso café da manhã que Mama fazia, ele tinha de admitir, sua mãe tinha talento na cozinha. Mas, o moreno resolveu pular está refeição, indo direto para a biblioteca. Pegou o livro que leria no dia, e logo se sentou a mesa da biblioteca, abrindo o livro. Ficaria com Conny a tarde.

— Você não cansa de ler? — Norman perguntou, era difícil ouvir-se os passos de Norman, o mesmo era um tanto sorrateiro e tinha passos leves como os de um ladrão, mas, Ray já sabia os passos de todos daquele orfanato, ele sabia quando Norman chegava.

— Não, não canso — Respondeu-lhe sem tirar seus olhos do livro em que lia.

— Vai querer brincar de pega-pega depois do almoço e das provas? — Perguntou o albino, tirando uma risada curta do moreno.

— Dezessete anos e ainda brincando de pega-pega — Sorriu o moreno — Sim, Norman, eu quero.

Seu típico sorriso angelical dominou o rosto do albino, o mesmo sorriso que aquecia o coração do moreno, um sorriso lindo e perfeito aos olhos de Ray, o moreno amava ver as pessoas que ele amava sorrindo, amava vê-las felizes, é isso aquecia seu coração o preenchendo por dentro. Pensava que queria cuidar, cuidar destas pessoas, até elas acharem alguém melhor e o trocassem, não queria que nada acontecesse com seus amigos e não vai! Sua promessa ainda está de pé.

— Fico feliz em ouvir isso, Ray! Aliás, qual o livro de hoje? — Perguntou Norman, sabia que a cada dia, Ray lia um livro novo.

— " Plantas Venenosas " — Respondeu.

— Quer companhia? — Perguntou o albino, fazendo o moreno finalmente retirar os olhos do livro que lia, e encarar Norman.

— Se não for ficar falando, sim.

Norman se sentou ao lado do moreno, não era um livro de história, então, Ray não teria de voltar as páginas em que já havia lido para o albino o acompanhar na leitura.

Os dois garotos liam o livro atentamente, Ray decorava cada planta venenosa importante, por isso, Norman terminava de ler cada página mais rápido do que Ray. Ray ouviu passos, e reconheceu, sendo-os de uma certa ruiva, então, fechou o livro, vendo Norman estranhar, mas, logo ouviu os passos também, e se tocou do porque Ray havia fechado o livro.

Uma certa cabeleira ruiva apareceu na porta, logo adentrando a biblioteca, Ray conseguia sentir a animação e a alegria que Emma inalava, sempre anima e alegre, isto era uma coisa incrível de se ver.

— Finalmente eu os achei! Meu Deus! Estou procurando faz anos por vocês! — Dramatizou Emma — O almoço está pronto seus cabeças de vento! Venham comer! — Chamou-os, e então saiu na frente em direção a sala de jantar. Norman e Ray acompanhavam a garota que pulava pelos corredores.

[...]

Após o almoço, vieram-se as provas, a cada vez que faziam, elas ficavam mais difíceis, mas, não é como se isso mudasse alguma coisa, Ray era inteligente, incrivelmente inteligente, suas notas eram uma das melhores, as suas, as de Norman, e as de Emma. Os melhores.

— Emma, Norman e Ray. Meus parabéns! As melhores notas novamente! — Ouviram-se Mama exclamando.

— Norman! — Don se levantou batendo em sua carteira com as mãos, em um impacto nem tão forte assim — Te desafio a um pega-pega! — Sorriu o moreno animado, e confiante que iria ganhar do albino.

Norman sorriu como resposta.

[...]

Norman estava atualmente contando, enquanto Ray, Don e Conny estavam atrás de uns arbustos conversando. Ray contava o tempo em seu relógio de bolso também, isso era o tempo para procurar que Norman tinha.

— Trinta — Ray disse, se referindo que Norman já havia terminado de contar, e começaria a procurar agora mesmo — Ele já está vindo.

— Dessa vez ele não nos achará! Ele sempre bobeia! — Don sorria confiante.

Ray pegou na mão de Conny e a puxou para trás de outro arbusto, tampando a boca da mesma com sua mão que antes segurava a mão de Conny, sinalizou com a mão livre um sinal que era para Conny ficar quieta, a mesma assentiu, e Ray logo retirou a mão da boca da mesma.

Don falava sozinho virado de costas, o mesmo não havia percebido que Conny e Ray haviam-o deixado sozinho. Uma mão se foi posta ao ombro de Don, fazendo o mesmo se assustar com o ato, mas, logo se virar para trás, para ver quem era o dono da mão.

— Não sou eu quem bobeio, Don, é você! — Deu uma risada curta, Norman. O moreno apenas suspirou em resposta, e voltou para a árvore onde Ray sempre ficava, lá que Norman estava contando antes.

Norman saiu a procura de mais pessoas.

Ray e Conny saíram de seu esconderijo, procurando um lugar perfeito para ficarem sem serem pegos.

Um belo tempo se passou, e então, Norman sentou uma mão em seu ombro. Olhou para trás e viu o dono da mão. Era Ray, o mesmo apontava para seu relógio de bolso, seu tempo de procura havia acabado, olhou para o lado de Ray, e encontrou Conny ali, o albino sorriu. O jogo havia acabado.

Os três voltaram juntos para a árvore, vendo que todos os que foram encontrados estavam lá, sentados. Ray e Conny ganharam o jogo, sendo os únicos que não foram pegos.

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Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

William Shakespeare.

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Oioi! Mais um novo capítulo JUDAS para vocês! Espero que estejam gostando! Lembrem, fiz com muito carinho e esforço, como fiz cada parte dessa fanfic. Não tenho mais o que dizer. É isso! Até o próximo capítulo queridos leitores!

1167 palavras.
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𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒 < 𝑁𝑜𝑟𝑟𝑎𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora