Capítulo IX - Possíveis Rastreadores?

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O trio se encontrava sentados abaixo da árvore onde Ray costumava ficar, discutiam sobre a fuga, o plano ainda não estava pronto, o trio resolveu deixar a parte do plano com Norman, já que o mesmo entre os três era o mais inteligente, e estrategista, o que ajudaria no plano.

— Hey! Querem me ouvir agora? Tenho que colocar minha opinião para fora! — Exclamou o moreno, dramatizando, fazendo o albino soltar uma leve risada com a dramatização do garoto — Não tem como levar todas as crianças! Já lhes disse isso! E tenho de dizer novamente! — Ray viu que a ruiva estava prestes a lhe interromper então falou rápido — Não! Não fale, Emma! Não tem como levar todos, as crianças menores vão nos atrapalhar! Vamos só nós três! Por favor! Se quiserem, tenho diversos argumentos, apenas para os convencer de fugir só nós três — O moreno então, terminou seu belo discurso, encostando a cabeça na árvore, deitando um pouco.

— Não! Nós não largaremos ninguém aqui! Elas são humanas como nós, são nossa família, Ray! — Doeu um pouco ouvir isso, mas, Ray aguentou — Não os deixarei aqui! Eles não viraram comida, nem a gente, vou cuidar de tudo isso, eu juro. Ninguém vai morrer.

— Isso! Ninguém vai morrer, Ray! — Norman enfatizou — O plano irá ficar perfeito, eu juro! Não teremos de nos arriscar tanto.

— Já estamos nos arriscando, apenas fugindo — Exclamou o moreno, mais para si mesmo, do que para os amigos ao seu redor.

— Mudando de assunto — Emma ignorou o que o moreno havia dito — Temos de contar para Don e Gilda! Eles são os maiores como nós! Tem de saber também, eles não se assustaram, bom, eu acho. Mas, eles precisam saber mesmo assim! — Exclamou a ruiva.

— Chamaremos-os na biblioteca hoje a noite, após a janta, e contaremos para eles — Marcou Norman.

— Mudando de assunto novamente. Vou direto ao assunto — Os dois amigos assentiram, vendo o moreno suspirar, e se deitar totalmente na grama, colocando a cabeça acima do livro que estava lendo, antes de o albino e a ruiva chegarem. — Acho que tem rastreadores em nós!

Curto e seco como sempre, fazendo Norman e Emma arregalarem os olhos, o albino logo comentou:

— Verdade, Mama sempre mostrou facilidade de nos achar — Os três olharam para a mulher adulta que cuidava das crianças no jardim — E ela sempre olha aquele "relógio de bolso"dela.

— Se temos rastreadores, aonde eles estão? — Perguntou a ruiva, vendo o moreno se arrumar deitado, e logo responder.

O moreno levou a mão a sua própria orelha esquerda.

— Cuidem de achar os rastreadores, procurem pelo corpo todo. — Pediu o moreno. — Aliás, para termos rastreadores no corpo, precisaríamos de baterias. Baterias de 18 anos...

— Nos não temos contato com o mundo exterior, mas, podem se ter mundo afora estás baterias — Exclamou o albino.

— Encontrem aonde está os rastreadores, e eu vou cuidar de retirá-los — Exclamou o moreno, não se importando se parecia suspeito ou não, Norman poderia perceber, mas, Emma não.

— Eu cuido de encontrá-los — A ruiva exclamou.

Ouviram-se gritos, era Mama os chamando para entrar, o trio se levantou, e seguiu a sala de jantar, a morena havia anunciado que chegaria uma nova cuidadora no orfanato, e junto dela viria uma nova criança.

Ao ouvirem o anunciando, o trio se encarou, mas, sem mostrar expressão, pois, Mama estava bem na sua frente, e a mesma sempre foi uma mulher observadora e astuta, nada lhe escapa. Acreditem, aquilo era experiência própria de Ray.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒 < 𝑁𝑜𝑟𝑟𝑎𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora