Capitulo XXIV - Eu confio em você.

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— Que livro está lendo agora? — Norman perguntou, enquanto seus olhos vagavam entre olhar o menor ao seu lado, e o livro nas mãos do mesmo. E claramente, o albino resolveu focar seus olhos no moreno ao seu lado.

— Pior que nem eu sei. — O respondeu, enquanto sentia o olhar de Norman queimando sua pele — Pare de me encarar, por favor... — O moreno pediu, enquanto marcava a página e fechava o livro.

— Você é tão lindo que eu não me controlo, me desculpe, meu bem — O albino se desculpou, vendo um sorriso surgir no rosto do menor.

O albino enlaçou seus braços em volta da cintura do menor, enquanto via o mesmo apenas deitar a cabeça em seu peito, tímido.

— Como anda a fuga? — O menor perguntou, enquanto sentia seus cabelos serem acariciados pelo maior.

— Não pense tanto nisso, apenas aproveite por agora. Vou lhes informar tudo amanhã — O albino exclamou. Enquanto puxava o menor para sentar em seu colo de ladino.

— É meio difícil não pensar, mas vou tentar, por você — O menor exclamou. Sentindo o cheiro doce que exalava do albino, o mesmo cheiro que lhe acalmava sempre. — Apenas me prometa que já tem tudo, certo.

— Eu prometo, querido.

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Os tons mesclados de laranja, rosa e amarelo adentraram a janela do quarto. Fazendo os dois adolescentes acordarem com a luz do sol. Já era de manhã. Ray foi o primeiro a se levantar, e logo partir para o banheiro em busca de um banho.

Norman enquanto isso, apenas encarava qualquer canto da parede. Revisando todo o seu plano, e tudo que falaria para o resto do grupo. O albino pensava em como aperfeiçoar seu plano, e o deixar perfeito. Pois aliás, era uma fuga, não uma brincadeira. E todos teriam de sair VIVOS dali. Todos.

O albino ouviu a porta de abrir, mostrando a figura morena e baixa adentrando o quarto. Ray pareceu perceber o nervosismo do albino, então se aproximou, se sentando ao seu lado na cama.

— O que houve? — O moreno perguntou. Por mas que sempre fosse tão sério e com a expressão fechada. Ray se importava, ainda mais com o seu namorado.

— Amar é difícil — Norman exclamou, soltando um mísero suspiro cansado. Por mais que tivesse acabado de acordar — Eu quero o bem seu, e de todos do orfanato. Estou pensando na fuga, e no quão complexa ela é. E além de quem não se pode ter um único erro, por mais bobo que seja. Tem que ser perfeito. — Outro suspiro saiu da boca do albino.

— Sabe o que ajudaria no plano? Uma isca humana — O moreno sugere, dando início ao plano que apenas ele sabia. Norman o olhou surpreso. — Eu acho que sou a isca perfeita. Faríamos assim, meia-noite. No meu aniversário, eu sairia do quarto e iria até a cozinha, lá eu me acenderia em chamas...


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— Você tem problema!? — Emma exclamou, enquanto apertava Ray em um abraço. — Eu não vou deixar você fazer isso! E se der errado e você se ferir?

— Apenas confie em mim, Emma. Não ariscaria minha vida desse jeito — O moreno a assegurou. Enquanto o albino apenas os encarava.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒 < 𝑁𝑜𝑟𝑟𝑎𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora