Capitulo VI - Descoberta

1.3K 140 61
                                    


『❖』

— Pense bem, Emma. Eles entregam começando dos doze até os dezoito que é o limite de idade — Norman dizia — Mas, porque disso?

— Talvez pelo tamanho do corpo. Não, se não seria pelo peso — Emma disse, raciocinando junto de Norman.

O albino se assustou.

— O cérebro! — Dizia com os olhos arregalados — Por isso de tantas provas, quanto maior sua inteligência, maior o cérebro! Eles comem o cérebro! — Norman exclamou, assustado com o que havia acabado de dizer.

— Merda! — A ruiva disse.

— Pense bem, de doze até os dezoito, a maioria das "mercadoria" daqui tem dezesseis anos, Ray, eu e você, Don, Gilda apenas nós temos dezessete, pensando assim o resto tem treze anos. 20% tem dezessete então, 30% tem treze, e 50% tem dezesseis. E em média todas as adoções que ocorreram antes de Conny, aconteciam de dois meses, em dois meses. Temos dois meses para fugir — Exclamou Norman. Terminando seu raciocínio. Apenas falando o último ponto dele — E como acabou de sair uma mercadoria "medriocre", o próximo é o Ray, como o demônio disse. Ray é um dos mais inteligentes daqui, se não for o mais. Mama tinha dito que traria uma mercadoria de ótima qualidade. Daqui dois meses, Ray será o enviado...

— Precisamos pensar num plano de fuga — Exclamou Emma — Vamos fugir pelo portão ou pela floresta. Se bem que... o portão sempre está fechado, exceto nos dias de "adoção" aí o portão está aberto. Mas, sempre tem demônios.

— Vamos checar a floresta — Norman afirmou.

[...]

Pularam a pequena cerca que se tinha, e correram ao resto da floresta. Pararam, e então ergueram suas cabeças, encarando o enorme muro.

— Puta que pariu! — Norman exclamou.

O mesmo correu para uma árvore alta, sabia que não conseguiria subir, então apenas chamou Emma para subir na mesma. A ruiva assentiu, e assim o fez, subiu na árvore e se sentou em um galho bem alto.

— O que você vê? — Norman perguntou lá de baixo.

— Apenas vejo árvores, e o muro parece ter uns dois, três metro de espessura — Emma exclamou. E logo desceu da árvore, indo direto para o muro, o tocando. — Ele é liso, sem nenhum rachadura, nem engrossamento, totalmente liso. Não se dá para escalar.

— Ele é silencioso — Norman encostou sua orelha no muro, tentando ouvir o lado de fora.

— Podemos subir com uma corda — Emma deu a ideia — Apenas precisamos de uma agora.

— Mas, qual seria o melhor turno?

— Bom, de manhã não podemos sair de dentro do orfanato por causa das provas e do café, almoço e tudo. A tarde no recreio, mas, a Mama sempre fica lá fora nos observando brincar, não daria certo. E a noite, precisaríamos de uma distração para isso, pois sempre estamos dentro do orfanato — Emma disse pensando em voz alta.

— Ótimo, na hora do recreio é o melhor horário. É isso, vamos fugir de dia.

— Mas, quando? — Emma lhe perguntou e Norman parou para pensar.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒 < 𝑁𝑜𝑟𝑟𝑎𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora