Capitulo XIX - Você sabe o que é o amor?

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O albino estendia as roupas, enquanto esperava uma certa ruiva voltar para estender a parte dela das roupas, dessa vez não estenderia para ela novamente. O mesmo de repente escutou sons de passos — escutou por conta da grama do orfanato — olhando para trás, não se deparou com a ruiva, e sim com Ray.

— Olá, Norman. — O moreno disse, acenando com a mão, enquanto se aproximava apenas pegando a cesta de Emma, e começando a estender as roupas da parte dela.

— Por que está estendendo? Sua tarefa não era outra? — Perguntou o albino curioso.

— Emma pediu para trocar de lugar comigo — Revirou as belas orbes verdes escuras. Soltando um suspiro em seguida. Norman reparou. Os olhos do moreno estavam vermelhos, e o moreno parecia meio cansado.

— Ray... você dormiu hoje? — Perguntou o albino, se aproximando mais do moreno, para ver seu rosto.

— Eu tentei. A única coisa que consegui foi ficar olhando o escuro mesmo — As orbes verdes escuras foram reviradas, novamente.

— Vai lá com a Emma, eu posso estender "sua" parte da roupa — Propôs o albino. Sua voz demonstrava um tom de preocupação.

— Não precisa! Eu posso fazer isso. Só estou cansado, não é como se eu fosse morrer, Norman! — Exclamou o moreno. As vezes, Norman era preocupado demais, com qualquer um do orfanato. Isso o irritava, era como... se o albino achasse que por você estar cansado ou algo do tipo, que você não aguentasse! "Eu sei é idiota e infantil da minha parte, mas, me irrita!".

— Ok. Ok. Ray eu sei que você não vai morrer, e sei que você aguenta. Só estou propondo uma ajuda. Mas se você não quer, eu não vou te obrigar a me deixar estender a sua parte — Disse o albino. Erguendo as mãos em sinal de redenção, o que fez o moreno soltar um sorriso.

— Ótimo.

Voltaram a estender as suas partes das roupas. O lugar se encontrava em um total silêncio, os dois não queriam falar, — pelo menos o moreno não queria falar algo — e nem tinham muito o que falar mesmo. Antes conversavam sobre bastante coisas, mas, agora com a merda da nova descoberta, eles não tinham mais assuntos.

— Ray. — Chamou, vendo o moreno se virar para ele, esperando-o falar o que queria. — Pergunta aleatória... Você... sabe o que é amar? — O albino perguntou. Vendo o moreno abaixar a cabeça, pensativo.

— Não, não sei — O moreno o respondeu, erguendo a cabeça, e encarando os belos olhos azuis do albino. — Você sabe? — Perguntou curioso com a resposta do albino.

"É óbvio que eu sei... é o que eu sinto por você...".

— Sim eu sei.

— O que é amor, então?

— Amor... amor é um fogo que se arde sem ver, você não está vendo o fogo, mas está sentindo, amar... é quando você sabe que pode se queimar, mas não tem medo disso, entende? — Disse o albino, com suas palavras. "Se for para te amar, Ray. Eu não tenho medo de me queimar".

— Nossa, eu não achava que você me responderia, já parece um poeta, Norman! — Exclamou o moreno. Sorrindo.

Que sorriso... que sorriso que se mantia nos lábios do moreno, o sorriso que fez Norman sair da realidade, apenas fitando aquele sorriso, que para o albino, aquele sorriso era dos anjos, se perderia — e já se perdeu — facilmente nele.

— Norman... Norman... Norman! — Chamava-o o moreno, passou uma mão afrente do rosto do albino para acorda-lo de seu mundinho, o que deu certo.

— Está me chamando?

— Óbvio. Bestão. Tava pensando em que? Você não parava de me olhar! — Disse o moreno.

Ao perceber que era verdade, o rosto do albino queimou em vergonha.

— Desculpe-me. Me perdi nos meus pensamentos. — Respondeu. Desviando o olhar, vendo um moreno confuso.

— No que você estava pensando? — Perguntou o moreno. Curioso.

— Em nada.

— Que mancada, Norman! Eu perguntei todo curioso, e você nem para me responder! — Disse. Indignado pelo silêncio do albino.

Ao ouvir tais palavras da boca do moreno. O albino soltou uma risada curta e rápida.

— Vamos terminar logo de estender essas roupas. Se não, não sairemos nunca daqui —Disse o albino.

[...]

Após terminarem de estenderem todas as roupas. Os dois garotos foram até a árvore onde a ruiva se encontrava sentada. "Folgada" pensou o moreno, vendo que foi tirado do seu conforto, para dar o conforto para Emma. Estava indignado em como cedeu tão fácil.

Os dois garotos se sentaram ao lado da ruiva. Apenas observando as crianças brincarem. Esse era um dos poucos dias que tinham paz. Bom, pelo menos era o que dizia o moreno. Em um suspiro rápido, o moreno se deitou na grama.

Nesse movimento, a ruiva se aproximou do albino, para sussurrar em seu ouvido.

— Espere eu o ver sozinho. Vou perguntar se ele gosta de você, e pode deixar, meu trabalho vai ser bem cumprido! — Sussurrou a ruiva no ouvido do albino. Fazendo-o corar.

O moreno viu a aproximação dos dois, e não sabia o que era esse sentimento. Mas nessa hora, ele sentiu uma pontada em seu coraçãozinho. E num ódio repentino pela garota, não sabia o que era isso, mas já odiou o tal sentimento. "E aliás, por que desse sentimento?" Nem o moreno sabia. Apenas sabia que tinha que ignorar este sentimento.

A ruiva se afastou do albino, trazendo um sentimento de alívio para o moreno, mas ainda deixando o ódio pela garota, nele.

O moreno se sentou na grama. Logo se levantando.

— Vou buscar um livro. Já volto — Disse o moreno. Vendo os dois assentirem. Então o moreno apenas os largou lá.

[...]

— Assim que ele disser que gosta de você, você vai iniciar o plano "conquistar Ray". Eu sei, ele já vai estar conquistado, mas vai faltar você fazer ele querer namorar com você! Mas agora temos que pensar no topo do Ray... — A ruiva ficou uns segundos pensando. — Não tenho ideia do tipo dele, mas o provoque, aposto que ele gosta disso, ele provoca todo mundo, merece um pouco do próprio veneno, só que um veneno diferente né. Aquele irritante! — Fechou o punho, a maioria da ideia dela apenas veio pela chatice do moreno de ficar provocando todo mundo. Típico dele.

— Ok! Se ele não gostar disso a culpa é sua.

— Ok. Hoje a noite, vou falar com o Ray! — Avisou a ruiva. Vendo o albino sorrir com a ajuda do amigo.

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E eu me arrependi de ter olhado teu sorriso
Quando eu olhei eu me senti no paraíso
Quando eu vi em ti, tudo o que eu mais preciso

Kelly Mendes de Oliveira.

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Olá, queridos leitores! Demorei, mas voltei. Me perdoem pela falta de capítulo aqui. Estou ocupadíssima! Mas vou fazer o meu melhor para vocês não ficarem tanto sem capitulo! É isso. Até o próximo capítulo!

1.9 de ?
1124 palavras.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒 < 𝑁𝑜𝑟𝑟𝑎𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora