Capítulo XXI - Uma declaração diferenciada [+16].

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O albino arregalou seus olhos, assustado com a pergunta repentina. Mas, cansado de tamanha enrolação, queria logo aquele moreno todinho para ele. Então, em um rápido suspiro, Norman lhe respondeu.

— Sim. Ray eu gosto de você! Espere... gostar é pouco, eu te amo! — Disse. Um pouco receoso da resposta que receberia, sabia que Ray gostava dele — vulgo, sinal feito por Emma — mas não tinha certeza, ele poderia ter visto coisas, imaginado aquilo, ou coisa do tipo. Só sabia que estava com medo, medo da resposta que levaria.

Esperava ansiosamente a resposta. O moreno havia travado ao seu lado. Mas, logo destravando, um sorriso surgiu no rosto daquele moreno, um sorriso de orelha a orelha. "Isso... era bom?".

— Norman... — O moreno não sabia como dizer que também gostava do albino, mais que um amigo. Não sabia o que dizer e também estava com vergonha de dizer algo. Então, depois de pensar tanto. Apenas tacou o foda-se.

O moreno ficou de frente para o albino. Logo se aproximando, tocando seus narizes. Seus olhos desviavam dos olhos azuis do albino, e iam direto a boca do mesmo. O albino, sorriu com aquela aproximação do moreno, "isso seria um sim, né?", então, se era um sim, ele agiria.

O albino levou sua mão direita para o rosto do moreno, acariciando sua bochecha. O mesmo não conseguia tirar os olhos dos lábios rosados de Ray, era como se seus lábios fossem um imã, e ele estava puxando os lábios de Norman para si.

Num suspiro rápido. Norman selou seus lábios nos de Ray, um beijo extremamente ansioso. Bom, pelo menos para o albino, desejava tocar, beijar, acariciar os lábios do moreno há tempos. Queria aqueles lábios, agora, talvez teria a chance deles serem todos seus.

Norman rapidamente pediu passagem para a língua, o que em seguida foi concedida. Não era um beijo perfeito, já que era a primeira vez deles, mas, estava até que bom. Pelo menos, para os dois aquilo era perfeito. Terem seus lábios um contra o outro, sentir o contato deles. Era tudo perfeito, tudo que eles queriam.

As línguas se tocando entre suas bocas, a sensação que sentiam, não da para se explicar, é uma sensação única. Que você sente quando beija — finalmente — quem você ama. E puta que pariu! Eles adoraram essa sensação. Esse sentimentos... essa... falta de ar.

Os dois se separaram quando sentiram que não conseguiriam aguentar mais, "merda de falta de ar". Recuperaram o fôlego. E o albino colocou suas mãos na cintura de Ray. Que suspirou com o contato, pelo susto que levou com o contato repentino.

Os dois se levantaram. Norman ainda segurando a cintura do moreno. O menor apenas rodeou seus braços em volta do pescoço do maior, o abraçando. Ao já estarem totalmente bem com a falta de ar passada. Colaram seus lábios novamente. Só que, dessa vez. Norman empurrava o moreno para trás. A procura da porta do quarto. Ao bater contra a porta, o moreno soltou um resmungo.

Ouviram-se apenas a trança da porta. Norman havia trancado a porta.

Se separaram do beijo novamente.

— Por que trancou a porta? A Mama prefere que deixemos aberta — O moreno perguntou, confuso.

— Quer mesmo que ela ouça algo agora? — Um sorriso malicioso se encontrava nos belos e rosados lábios de Norman — Que agora estavam mais rosados ainda por conta do beijo — .

Ray inclinou a cabeça confuso. Norman, vendo a cabeça inclinada do moreno, apenas levou rapidamente seu rosto para o pescoço do mesmo. Descendo beijos por toda a extensão do pescoço.

— O que está fazendo? — O moreno perguntou. Segurando os ombros do albino.

A pergunta se foi ignorada. Invés de responder. Norman apenas parou de deixar beijos pela extensão do pescoço, e começou a deixar chupões. O que fez o menor apenas apertar seus ombros. O menor não conseguiu segurar e soltou um gemido baixinho, mas alto o suficiente para o maior ouvir, e soltar um sorriso, ainda marcando o pescoço do menor.

Mãos foram direto para as coxas do moreno, o erguendo. O mesmo se assustou com o acontecimento repentino, apertando mais ainda os ombros do maior. Norman havia erguido o menor, o escorando na porta. Enquanto continuava a marcar o pescoço do garoto. Sentiu o moreno entrelaçar suas pernas em sua cintura. Então, soltou suas coxas, e subiu para sua bunda, a apertando. Fazendo o menor estremecer.

Carregou o moreno no colo, até chegar a sua cama. O jogou ali, mas antes, retirando a camiseta do menor, e retirando a sua própria também.

Viu o peitoral do moreno, viu sua cinturinha fina. Seu peitoral não era mil maravilhas, mas era lindo, não tão definido pois Ray não se importava com isso.

Já o peitoral de Norman já era um pouco mais definido, não sabia como, mas era. Ray não conseguia tirar seus olhos do peitoral do amado. Era um imã que lhe puxava. Levou suas mãos, passando-as pela extensão do peitoral do garoto acima de si.

Norman tinha as duas mãos ao lado da cabeça do moreno, o cercando abaixo de si. Encostaram suas testas, seus narizes. E finalmente os lábios. Num beijo cheio de desejo.

Norman se separou, descendo beijos pelo peitoral do moreno, beijava cada ponta daquele peitoral. Desceu até lá embaixo, mas subiu, beijando os mamilos do garoto a seu abaixo, que suspirou com isso. O que fez o albino sorrir, e começar a mordiscar o mamilo direto. O moreno se contorceu, e suspirou a seu abaixo. Se segurando para não gemer.

Desistiu dos mamilos, e desceu direto para um lugar mais abaixo. Tocou a barra da calça, mas logo encarou o lugar, vendo que já estava ereto. Ergueu os olhos encarando o moreno, que não tirava os olhos de si.

Já ia abaixando a calça do moreno.

— Norman... — Sussurrou. Não queria parar, sabia o que o albino iria fazer. Mas, não sabia que sentimento estava sentindo agora.

— Relaxa, amor.

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As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade.

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Que ansiosa que eu estava para começar a escrever isso, vocês não entendem! Mas finalmente cheguei nessa parte. E começo mal educado que foi esse? Olá! Queridos leitores. Até o próximo capítulo!🤍.

2.1 de ?
1138 palavras.

𝐉𝐔𝐃𝐀𝐒 < 𝑁𝑜𝑟𝑟𝑎𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora